terça-feira, 1 de março de 2011

Mesinha de Cabeceira #5

de 1 março 2010

Hoje trago:
«O homem que plantava árvores» de Jean Giono








Este não é um livro novo, é um aclamado conto publicado em 1953, saiu em filme em 1987 (está disponível no Youtube e aconselho vivamente) e vou falar agora que sai uma nova edição, é um livro pequeno com bonitas ilustrações, mas com um conteúdo imenso.
Muito se falou deste conto de Giono cuja mensagem esteve muito adiante do seu tempo, na sua intenção de um mundo melhor – reflorestar para rejuvenescer o planeta. A sua personagem, Elzéard Bouffier, um pastor que chamou a si uma missão e todos os dias plantava árvores, tendo o especial cuidado de escolher previamente as melhores sementes. Como o local que plantava era longe de sua casa, veio a construir outra casa mais perto para não deixar de cuidar das suas ainda pequenas árvores, deixou a pastorícia com receio que as ovelhas estragassem a sua obra e dedicou-se à apicultura. Sabia de uma nascente e construiu diques, irrigou o terreno, transformou em poucos anos um vale árido e desolado numa floresta magnificente, o que valeu ao local tal fama que milhares de pessoas foram viver para lá sem saberem que aquele pastor lhes proporcionou essa felicidade.
Durante décadas o autor permitiu que fosse alimentado o mito que a personagem seria homenagem a uma pessoa real e que o narrador do conto o alter-ego do autor, mas só cerca de uma década depois de publicado, Jean Giono confessou, numa carta, que a sua personagem Elzéard Bouffier era ficcional e que a sua intenção era que os seus leitores gostassem de árvores, melhor ainda, que gostassem da ideia de plantar árvores. Dizia ainda como este seu conto havia sido traduzido em tantas línguas e os livros distribuídos pelo mundo gratuitamente, que não tinha ganho nada com o livro e contudo, era o texto de que mais se orgulhava de ter escrito.
Para terminar, quero realçar que este livro pequeno é impresso em papel reciclado e dá a garantia que por cada livro vendido, uma árvore é plantada.

Depois, gostava só de salientar estes livros que vêm em embalagem de dois e na compra de um exemplar, a editora 7 dias e 6 noites e o autor oferecem outro às crianças de Moçambique ou Cabo-Verde. E ainda incitam o comprador/leitor a fazer uma dedicatória no exemplar de oferta!
«O rei e a estrela» de Vanda Furtado Marques com ilustrações de Lurdes Silva
«Aliane e Zaneah» de Francisco Fernandes com ilustrações de Sílvia Neto Gonçalves
«Uma lágrima chamada Sal» de Hélder Reis com ilustrações de José Nelson Pestana Henriques


O Filme de 1987 - vale a pena ver




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