domingo, 17 de dezembro de 2017

Desafio aos leitores Ao Km 32

Comecei por falar a um leitor, depois a outro, hoje desafio todos! 
A ideia consiste em tirar uma foto com o livro "Ao Km 32", colocá-la no meu mural de FB (identificar-me), e escrever sobre a primeira impressão assim que o livro lhe chegou às mãos. 
No final do texto desafiar 2 amigos a fazerem o mesmo (foto com o meu livro, identificando-me + frase primeira impressão), que por sua vez desafiarão mais dois...
As primeiras fotos já chegaram:

Isabel Lopes
Isabel Lopes - "Não leio livros até ao fim faz muito tempo pode ser que seja este o momento de viragem para um recomeço de emoções em que o Amor a Gratidão e os Sorrisos são parte de mim deixando-me levar sem medo do que vou sentir... Muito Grata Ana Martins pela oportunidade beijinhos e muitos sorrisos  ❤ Namasté"

José Amaro
José Amaro - "Ana Martins, no remo segurança primeiro!"

De todos os ensinamentos e ideias que foram sendo debatidas comigo e pela fantástica equipe da Secção Náutica - Remo do Clube dos Galitos de Aveiro, esta foi a mais controversa: como podia colocar a personagem André a remar na Rua da Pêga? 
José Amaro
(não podia, não deveria), mas era tão tãooooooo importante para a história que decidi salvaguardar a personagem (e a boa prática deste desporto), com a frase do José Amaro que assim salvou a situação: “quebrando todas as regras de segurança que aprendera no remo...” e lá está o André a remar, com a mão amiga de todos que me ajudaram a construir esta faceta no amigo da Hala, o André, num dos momentos mais cruciais do livro.

Isabel Lopes
Isabel Lopes - "Estou aqui agora e sempre ao teu km 32 por toda a Eternidade...❤ Grata
«A cada quilómetro teu, Wael, eu es-ta-rei con-ti-go!»
in "Ao Km 32" de Ana Martins"
Manuela Coelho

Dia 19 Dezembro às 18h estarei em Lisboa para a apresentação do livro.

Temos a habitual fusão literário-gastronómica a cada evento de livro meu, sempre em parceria com a Paula Gamito (ou como mais a conhecem, a nossa Paula Bem Me Quer) e sim, o Bolo de Chocolate mais Feio de Lisboa marca a sua presença. Será o elemento congregador, já que representa a primeira e última palavra do livro: AMOR!

e entretanto chegam mais fotos:

José Noronha - "Ler é um prazer. De pernas para o ar é mais difícil mas nunca desisto de um bom livro."
José Noronha
José Noronha
Andreia Coelho - "Obrigada Ana Martins por esta criação! Adorei cada palavra... Só é pena ter ficado sem companhia para o sofá."
Andreia Coelho
Andreia Coelho




E ainda mais surpresas preparadas para os meus queridos leitores e amigos!


Espero-vos de coração cheio. Até já!!

Para encomendas clicar aqui





quinta-feira, 30 de novembro de 2017

o primeiro Ao Km 32

- Ana? - telefonema da minha editora - estou aqui com uma situação que te quero expor: vou agora fazer o envio pelos correios das primeiras encomendas, mas a primeira de todas, percebi por uma conversa vossa no facebook, é uma senhora que vai estar contigo no sábado no lançamento para lhe assinares o livro e, sendo amanhã feriado, se o envio agora só o recebe na segunda-feira. Ora, sendo a primeira encomenda de todas e conhecendo-te... queres tratar de forma diferenciada?

Claro que quis. Telefonei à Aldina e expliquei-lhe a situação. Vimos a agenda do nosso dia de quinta-feira e encontramos o nosso momento. Eu quis entregar-lhe o seu novo livro em mãos. 

Obrigada Paula, minha querida editora, por me conheceres tão bem, por saberes que presto atenção aos detalhes, que dou importância a cada um dos meus leitores. 

Até sábado queridos leitores e amigos! 

Para encomendas clicar aqui











terça-feira, 28 de novembro de 2017

Lançamento do Livro Ao Km 32

Queridos leitores a amigos!! 

É com enorme gosto que vos convido a juntarem-se a este alegre momento de nascimento de mais um livro, depois de tanto me acarinharem durante os dois anos em que pesquisei e o escrevi. 

Nasce dia 2 de Dezembro às 15 horas, no Museu de Arte Nova, em Aveiro, a bonita cidade que é pano de fundo de muitos dos cenários maravilhosos deste meu, agora vosso romance. 

Apareçam! Estou mesmo muito feliz!!

Atentem os lisboetas que este Rossio é em Aveiro!



Eventos Ao Km 32 em Dezembro

Dia 1 Dezembro às 14h

Divulgação do Livro "Ao Km 32" no Glicínias Plaza, Aveiro

Dia 2 Dezembro às 15h

  • Lançamento do Livro "Ao Km 32" no Museu Arte Nova
  • Sessão de Autógrafos no Cais da Fonte Nova
  • Presença no podium da Maratona São Silvestre na cerimónia de entrega de medalhas para entrega de livros
Dia 5 Dezembro às 17h
Apresentação do Livro "Ao Km 32" no Auditório Livraria da Universidade Aveiro

Dia 12 Dezembro às 9:30h

Palestra "Ao Km 32" na Biblioteca da ES Dr. Mário Sacramento, Aveiro

Dia 15 Dezembro, Lisboa?

(data local a serem confirmados)







sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Fui multada... que bom!

Hoje, o dia que acabo de escrever justamente os agradecimentos e o meu livro "Ao Km 32" segue para a editora, sou multada! E em que momento isso é bom, perguntaram? Neste que vos passo a contar.
É uma das muitas situações que me fazem amar a cidade de Aveiro: está sempre a acontecer algo, programas culturais mais ou menos institucionais, espectáculos de rua, acções que envolvem habitantes e turistas, momentos como este, prosaicos que simplesmente nos fazem sorrir. E sorrir, como sempre digo, tem um efeito de leque magnifico! Todos, à vez, sorriem à nossa volta!
Fui multada hoje, por me ter sido detectado um índice elevado de felicidade, para cima de 900 ml de boa disposição por litro de sangue. 

E deixo-vos o texto da ocorrência: 

"Hoje, tomamos a liberdade de te escrever. Parece-nos que hoje é um bom dia para ser feliz e por isso decidimos que o teu dia devia terminar de forma diferente. 
Por esse motivo, hoje surpreende, liga a quem tens saudades, agradece a quem gosta de ti. É dia de oferecer uma flor, fazer surpresas, deixar aquela mensagem que nunca dizes, um obrigado ou um simples abraço. Hoje escolhe ser feliz e fazer feliz de forma incondicional. E se a vida é feita de escolhas, então hoje escolhe elogiar, escolhe amar, escolhe sorrir mais!
E depois disso?! Faz como nós, multiplica essa vontade de fazer os outros felizes." 

A entidade reguladora desta bonita acção assina U.DREAM e de cada vez que me surpreendem... eu amo! 

Hoje, logo hoje, que terminei de escrever justamente os agradecimentos no meu livro!
São tantos os momentos que revisitei nestes dois anos de construção deste projecto maravilhoso, ao recordar cada pessoa a que quis agradecer a sua contribuição neste romance pelo qual estou completamente rendida! E precisamente por o ter feito, pela ponta dos meus dedos escrevendo, abracei mentalmente tantas, mas tantas pessoas que comigo estiveram nesta jornada! Escrever - dizem - é um acto solitário. Será. Faço-o a solo, porém, transformo-o num acto de amor em equipe! 
Por isso, fiquei tão feliz por me terem multado assim que saí à rua, porque é justamente como me sinto, a transbordar de felicidade!! 
Estou expectante pelo início, pelo raiar do do mês de Dezembro, pelo momento  de todos os meus leitores terem o livro nas suas mãos e ler, fruir, encantarem-se com este romance, "Ao Km 32", que acima de tudo, é uma história com muito amor!


terça-feira, 3 de outubro de 2017

A história de Martim Pescador e Sr. Gaspar

A mágica história do pequeno guarda-rios apanhou-me desprevenida. Conhecia o bonito traço nas ilustrações com que o Pedro Suárez nos seduz e faz sorrir, todavia arrebatou-me a narrativa enriquecida, fazendo bom uso de um vocabulário inusitado num autor de tão pouca idade.
Martim o Pescador, o pequeno pássaro de luxuriante plumagem azul é, desde a Primavera em que nasce, humanizado pelo autor, dando-lhe a par da capacidade de bordejar rio acima, de só mergulhar após uma paciente, porém frutífera pescaria, como bom guarda-rios que aprende com o senhor pássaro seu pai a ser, concede-lhe a inverosímil possibilidade de se quedar biquiaberto com cartas por ele escritas em papel de junco, ou impaciente, de meter duas patas de conversa, sem nunca dar a asa a torcer. 
O autor, à medida que vai construindo com musgos e líquenes a casa e vida do pequeno e atrevido Martim, vai-nos apresentado as deliciosas personagens que o rodeiam e cautelosamente vai-nos deixando, aqui e ali, pistas a entreler uma velada sequela, qual Harry Potter alado em azul-metálico. 
O Senhor Gaspar, a centenária e sapiente tartaruga de lento assobio musical, só nos é apresentada mais tarde, desfazendo um precipitado e imerecido julgamento do jovem passarinho. A abismal diferença de atitude e idade entre estas duas personagens não é fruto de um mero acaso, se não de uma perfeita analogia em que o autor nos guia até ao amadurecimento de Martim. 
Ao longo de todo o livro, sentamo-nos confortavelmente no largo cadeirão de veludo verde-escuro, deixamo-nos bailaricar ao entrar na casa-árvore quando sorrindo, afastamos com uma mão a exuberante cortina de heras, tomamos pelo outro braço um cesto com pão com uma garrafa de licor e rodopiando um pouco mais, inebriamo-nos na frescura das hortelãs e das cidreiras já totalmente envoltos na doçura das camomilas e das flores de trevo, enquanto as subtis notas das tílias cantam para os confiantes funchos. 
Ahhh…! O Pedro foi passarinho para escrever um bom livro!



sábado, 26 de agosto de 2017

Melhor Dia!

Melhor Dia – diz o Pedro quando quer expressar a sua felicidade a cada momento que sente especial. Hoje para mim é um melhor dia.

«Amanhã faço 28 anos, igual ao da Carris», disse-me o Pedro ontem. 
Ao longo da nossa vida de mãe e filho fui escrevendo muito, partilhando uma experiência única de ser mãe a solo de uma criança diferente a quem ensinei tudo, até a sorrir. 
Cedo percebi que o que outra mãe tinha como garantido e natural, para mim teria só após longa conquista. Ensinar um filho a sorrir foi, talvez de tantas, a experiência de que guardo a recordação mais agridoce. O Pedro era um bebé lindo com um profundo olhar aborrecido para a vida e eu, abracei interiormente a ideia de o trazer para a minha vivacidade e alegria. Foi um moroso processo de muitas fases, desânimos e superações, demorou longos oito meses essa primeira de muitas conquistas e, quando o meu filho por fim me sorriu com aquele sorriso encantador que tem, foi um momento avassaladoramente maravilhoso de único, contudo, nesse momento tão feliz, eu mãe não tirei foto, eu chorei. 
Ainda hoje sinto esse momento de forma tão vívida, por ter sido o ponto que marcou toda a diferença: iria sempre ser assim. Eu não iria ter a leveza que as outras mães tinham na vida de, a cada momento feliz, a cada sorriso dos seus bebés, tirarem uma foto, imprimirem e mandarem aos avós babados. A comunidade médica foi dura e desenganava-me a cada consulta e exame durante os primeiros dez meses de vida dele: o meu bebé nem iria ter vida, não iria fazer, não iria conseguir. Porém eu respirei fundo e acreditei nele. E o Pedro fez e o Pedro conseguiu. Chegou à adolescência como um jovem promissor, chamavam-lhe a estrelinha da companhia por ter superado tanto, por ter conseguido o inimaginável. Até ao dia que ele tomou consciência que não teria o futuro que desejava. 
Eu sei que criei, mais que tudo, uma pessoa boa, com valores, carácter e bom coração. E sei que ao meu filho dei vida duas vezes. A terceira, a que eu sonho para ele, falhei. Até ver. Na vida, às vezes, temos de dar um passo atrás para depois conseguir caminhar os dois seguintes em frente. 
Escrever e catarse são grandes amigas que vivem de mãos dadas e eu abracei-as profusamente desde a adolescência até à idade adulta do meu filho. Quando releio algo meu, tenho dificuldade em relembrar que foi assim e logo sou assaltada por memórias que escolhi esquecer. 
Gostaria que tivesse sido diferente, ao amargo Inverno que atravessamos nos últimos dez anos. 
Tornou-se impossível vivermos juntos, e de tantas decisões difíceis que tomei como mãe a solo, esta foi a mais dolorida e amarga. Foi também a mais sã. Eu sei, a coragem que tive para dar esse passo foi imensa, submergi muitas vezes, no antes e no depois, mas sempre com o olhar posto na linha de água. 
Hoje o Pedro faz 28 anos. Há muito que amadureço a ideia que vou ter coragem de mais um passo que sinto tenho de dar para voltar a ser gente: voltar a estar com o meu filho sem sentir medo dele. Foram dez anos de uma profunda e horrenda violência de que não tenho vontade de voltar a escrever. Antes desejo muito chegar ao capítulo seguinte, mas sinto que não posso folhear, passar em frente sem vivenciar cada página desta nossa história, deste medo insano que escondo até de mim. 
Hoje vamos estar juntos, hoje vamos ter um melhor dia! 
O Pedro não sabe. Vai ser uma surpresa para ele. Nem poderia ser de outra forma, já que na ansiedade da antecipação do que tanto anseia, perde-se. Eu quis muito encontrá-lo, ao Pedro que se perdeu pelos 16 anos. Talvez eu mesma tenha aprendido da pior forma que o mundo das minhas expectativas é um e o real é outro. Talvez eu não tenha tido tempo de crescer como mulher, presa que estava a ser mãe. A par de ensinar o Pedro a sorrir, guardei a Ana numa gaveta para depois mais tarde a viver. Tinha 25 anos. Só vim a reabrir essa gaveta com 52 e não soube o que fazer com aquela menina, não me reconhecia nela, mas também não sabia o que a de 52 queria. Então dei-me esse tempo, “permiti-me pensar-me” e aconteceu: cresci. 
A esperança é uma malandra que sempre correu na minha frente, abanando o rabiosque, fazendo caretas, desafiando-me. A menina da gaveta ficou onde deveria permanecer: no passado. Tal como o meu Pedro brilhante e promissor. Hoje é o adulto que completa 28 anos que perdeu muitas dessas capacidades. Mas tem tantas outras! E a génese, o que eu amo profundamente no meu filho, está lá toda! Bendita esperança que me faz ver a sua bondade – de quem literalmente tira do corpo para dar a outro, o seu intenso sentido de justiça – quando fala claro o que os seus pares não verbalizam para se poderem defender, a pureza cristalina do seu sorriso – quando me olha directamente nos olhos e faz com que apareça em linha de rodapé a incontornável melodia da sua vozinha a bradar bem alto: «Melhor dia!»




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