tag:blogger.com,1999:blog-27527777718930966632024-03-19T09:36:13.327+00:00anamartinscomAna Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.comBlogger165125tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-51321555297874544872023-06-01T12:21:00.007+01:002023-10-15T17:45:23.983+01:00Silly Season <p> Quando disseram: "Ela mudou", estava apenas a evoluir. </p><p>Quando disseram: "Está a isolar-se", estava somente a curar-se. </p><p>Quando disseram: "Ela não tem importância", foi por essa altura que Ela encontrou a Paz em si. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEityoG05TYYoDR9g57hyphenhyphenzQLiTEzQEv9NEjO8MxhWNl3uz-B9IOu5nezI1h-X_79Yqv-77q4b_TpN1_iVBrXP0a6dgVTMwYk9mPWQevegXR-nCD46mGRvOyQarLgXVb3uMZ5AtK0Ou6J1VvF0RyJYBTg-wglQztiO8mjPQFu0BmoKiOFUu11im3zvbQuUAw/s736/ruiva-dente-de-leao.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="461" data-original-width="736" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEityoG05TYYoDR9g57hyphenhyphenzQLiTEzQEv9NEjO8MxhWNl3uz-B9IOu5nezI1h-X_79Yqv-77q4b_TpN1_iVBrXP0a6dgVTMwYk9mPWQevegXR-nCD46mGRvOyQarLgXVb3uMZ5AtK0Ou6J1VvF0RyJYBTg-wglQztiO8mjPQFu0BmoKiOFUu11im3zvbQuUAw/w640-h400/ruiva-dente-de-leao.jpg" width="640" /></a></div><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-67825455281682117942023-04-25T07:00:00.117+01:002023-04-25T11:37:47.053+01:00Onde estavas no 25 de Abril de '74? <div style="text-align: justify;">Neste dia de Liberdade, publico um excerto do meu livro "Azul e branco às riscas", cujo título do Prólogo é:</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmInN1MnZhc3-vY481bYPgwUVmrAfgwsWcx0kk6fKRawxsWahSMHrolf2qELn8lsC1CemgYBpcS1_XDVM1Ik4Cyzm-aZaoaPX0ts0chBmyWdLeCvPd7UZ5KTOHxx5mIq52NG_YYmO5rhWBPuFJEA2wxPt_2lOiAXOfORGw-UzvPqjeBzsuki1wVKhg/s1800/6%20Mockup%20Azul%20e%20branco%20%C3%A0s%20riscas.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1800" data-original-width="1379" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmInN1MnZhc3-vY481bYPgwUVmrAfgwsWcx0kk6fKRawxsWahSMHrolf2qELn8lsC1CemgYBpcS1_XDVM1Ik4Cyzm-aZaoaPX0ts0chBmyWdLeCvPd7UZ5KTOHxx5mIq52NG_YYmO5rhWBPuFJEA2wxPt_2lOiAXOfORGw-UzvPqjeBzsuki1wVKhg/w325-h426/6%20Mockup%20Azul%20e%20branco%20%C3%A0s%20riscas.png" width="325" /></a></div><br /></div><h1 style="text-align: justify;"></h1><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><h1 style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><div style="text-align: justify;">A Malta do Liceu </div></span></h1></blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b>Lisboa, quinta-feira - 25 de Abril de 1974 - 07:00h </b></span></p><div style="text-align: justify;">Alice Vaz Guedes tinha quase 19 anos quando se deu o 25 de Abril de 1974 e lembrava-se perfeitamente do local onde se encontrava, o que estava a fazer. </div><div style="text-align: justify;">Naquela madrugada o telefone ressoou pela casa adormecida. Alice prontamente saltou da cama, correu para a sala rumo ao aparelho e atendeu a chamada telefónica, estranhando em primeiro lugar a hora matutina e depois o tom sombrio, quase enigmático, com que o pai, uma vez chamado, respondia ao amigo do outro lado do fio. </div><div style="text-align: justify;">Nem as meninas foram à escola - a mãe recomendou-lhes que estudassem - nem o pai saiu para o emprego. </div><div style="text-align: justify;">Ficaram recolhidos naquela manhã a ouvir baixinho na telefonia o que só mais tarde Alice entenderia como o fim de uma era. </div><div style="text-align: justify;">Os quatro em silêncio, apenas quebrado quando a sua irmã afiou o lápis ou com o continuado calcar dos dentes paternos na ebonite da boquilha do seu cachimbo mordiscado. </div><div style="text-align: justify;">Recordava-se de outra curta ligação telefónica: do pai num breve movimento a fazer-lhe sinal para que se levantasse e fosse ligar de imediato o aparelho de televisão. </div><div style="text-align: justify;">De aguardarem. </div><div style="text-align: justify;"> Lembrava-se do tempo que esperaram e como contaram, segundo a segundo, no relógio Omega que o ecrã do televisor mostrava, até aparecer a imagem do Fernando Balsinha. Estava muito compenetrado no seu papel de anunciar aos telespectadores que, naquela tarde e a partir daquele momento, a rede emissora da Rádio Televisão Portuguesa estava totalmente controlada pelo Movimento das Forças Armadas. </div><div style="text-align: justify;">Outra chamada telefónica, agora de um tio a perguntar como estavam com a situação em Lisboa (se estavam todos a salvo) que soube quando os filhos foram ter com ele ao trabalho e o alertaram. Os rapazes seguiam normalmente a telescola e mandaram-nos para casa, visto que a emissão fôra tomada pelo M.F.A. </div><div style="text-align: justify;">Alice não se recorda muito bem do que o Fialho Gouveia leu na emissão especial do telejornal; não entendeu porque proclamavam à nação o propósito de salvação do país e ainda menos entendeu a necessidade de o libertar de um regime que há longos anos o oprimia. Oprimia?… Regime?…
A estranheza fez Alice distrair-se do estudo. Fixou-se no diálogo que se admirou ouvir dos seus pais: a mãe a ordenar que as meninas se recolhessem de imediato ao quarto - ainda no relógio Omega passavam os segundos na imagem do televisor - e o pai a sobrepor a sua opinião, afirmando que deveriam fica r na sala. Alice não entendeu a mudança repentina: iriam permitir-se ter conversas de adultos frente às duas gémeas? Nunca o haviam feito! </div><div style="text-align: justify;">Ficaram, entreolharam-se desabituadas de tanta circunstância de que foram a vida inteira protegidas, não compreendendo o que eram os acontecimentos revolucionários que os dois locutores liam uma e outra vez. Alice lembrava-se de reparar que estariam algo nervosos: enquanto Fernando Balsinha lia as notícias e Fialho Gouveia fumava ininterruptamente. </div><div style="text-align: justify;">No final, Alice recordava-se, para além do tom solene da Sinfonia nº 3 de Beethoven, que reteve daquelas horas iniciais um nervosismo desconhecido, tanto em casa observando os pais, como percepcionando-o nos locutores, de que esse estado de espírito foi dando lugar a uma felicidade que não teve capacidade de assimilar qual a sua origem, mas que com facilidade se deixou contagiar. </div><div style="text-align: justify;">Recordava a estranheza que sentiu quando o pai, contrariando o aviso que os locutores repetiam, saiu para a rua. </div><div style="text-align: justify;">Admirou-se que a mãe cantarolasse “E depois do Adeus” do Paulo de Carvalho, cantor pelo qual em casa não nutriam particular simpatia.
Reparou no crescendo com que o Fialho Gouveia foi largando o cigarro a cada actualização que lhe entregavam, como as lia com maior ênfase e satisfação, até ao empolgamento final, com que agradeceu a fineza de trato que os militares do M.F.A. cuidaram ter para com todos, desde o primeiro momento que ocuparam a estação televisiva. </div><div style="text-align: justify;">Recordava-se exactamente do livro que estava a estudar naquele dia 25 de Abril, mais pela peculiaridade do dia do que pelo seu significado, já que a sua ingenuidade não a deixava entender. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Da candura e estranheza, a deixar-se mergulhar na nova época que esse dia anunciou, foi uma mudança demasiado rápida e fácil. Ninguém a preparou para a abrupta passagem da rigidez na educação paterna e das austeras regras escolares, para uma quase vulgaridade nas normas, valores e costumes em que foi embarcando, dançando e cantando de braço no ar, revolucionando o que nem compreendia.</div><div style="text-align: justify;">Alice, mais afoita que a comedida irmã, queria experimentar, tomar o pulso a tudo, receosa que a liberdade tivesse chegado com breve prazo de validade e tivesse de voltar ao recato do seu estudo. </div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><div><br /></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-72467497628835852542023-03-13T09:21:00.028+00:002023-03-14T02:17:52.224+00:00Ana, porquê este livro novamente? <div class="separator"><div class="separator" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="167" data-original-width="500" height="67" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2kwSzahhKWNdHEvuljO4dI_gCzRQp2U-BJUJP8RRFhyRZKTzt56HQ_f9T5JzpNdcLql5LSUinrvU27sH-9d9qwcAwdW5YP1C_FNyHA0nchTqgY4GARGA7zQAqtLfCXu7CqAGHner-OKllPkguOiYycwpn6riSYZ8npUXzyFSIbHo3mnu6wCoX5yBG/w200-h67/infinito-azul-trans.png" width="200" /></div></div><span style="text-align: justify;"><div style="text-align: right;"><span><span> </span>E alguma vez saiu das nossas vidas? </span></div><div style="text-align: right;"><span>É uma resposta interessante, uma vez que, muito depois de estar esgotado, continuou a ser veementemente pedido – quase exigido!, – pelos leitores: foram os que emprestaram e não lhes foi devolvido, foram os que o queriam oferecer (à sogra, à madrinha, à professora, à terapeuta), de forma a “poder explicar o seu filho”, e, foram os que também queriam ler o livro pela primeira vez. </span></div></span><div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='299' height='528' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyaFk0tz7z_WdeK3zWANpPQrDeK4j0Keof6iCEl_A3Oq01ZuU8fzMVUTPZ7-RIAU4bA4rYSVVFog1gAPjo3Yw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Deu-se um fenómeno aquando do lançamento em 2006 e ainda continua a ser um romance tão actual – Autista, quem…? Eu? – continua a ser verdadeiramente “um manual de boas-vindas ao autismo”. </div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Na releitura e revisão deste livro tomei a decisão de não mudar nada! O livro que ainda continua tão presente foi publicado em 2006, tal como as nomenclaturas que se usavam na época - Kanner, Asperger, def, criança 319 - que agora estão (estarão?) desactualizadas e/ou não são bem aceites socialmente. </div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirYh6pkCp1U5q7cwdl4ftURHtAttK5t7MNBK6paHVzcp5-TZmc0bDU68wccodAZIAq_w5QUAAsRhNRvrJxU4nuv-wHhwWegFPuxfvhyC_rbBHHBmzg-GX4KEHaTomudD9OZJPprF71p1Agjf9-LI1JY6jmaXR9LXw4uGzxSfvmlMkAw-R3_34iCD5J/s1200/(mockup)_autista-quem-eu%20nova%20vers%C3%A3o%20transparente.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1179" data-original-width="1200" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirYh6pkCp1U5q7cwdl4ftURHtAttK5t7MNBK6paHVzcp5-TZmc0bDU68wccodAZIAq_w5QUAAsRhNRvrJxU4nuv-wHhwWegFPuxfvhyC_rbBHHBmzg-GX4KEHaTomudD9OZJPprF71p1Agjf9-LI1JY6jmaXR9LXw4uGzxSfvmlMkAw-R3_34iCD5J/s320/(mockup)_autista-quem-eu%20nova%20vers%C3%A3o%20transparente.png" width="320" /></a></div><span> </span></div><div style="text-align: justify;">Na leitura deste livro, ficamos a saber de uma forma muito concreta a opinião que esta família tem acerca do chamado politicamente correcto…</div><div style="text-align: justify;"> Nem sequer mudei detalhes que são tão despropositados agora, mas absolutamente adequados em 2006, como não ter rede de telemóvel no Metro ou a noção de que jamais se deveria comparecer a um jantar calçando sapatos de ténis. </div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Decidi igualmente utilizar o mesmo prefácio porque nenhum outro faria sentido! A Arq. Isabel Cottinelli Telmo é, para todos nós, uma voz que jamais será esquecida!, embaixadora do autismo pelo mundo afora, defendeu acerrimamente os direitos desta população como ninguém até então.</div><div style="text-align: justify;"><span> </span>A personagem/narrador Xavier, que nada sabe de Perturbação do Espectro do Autismo (PEA), vai tomar o leitor pela mão e, à justa medida que vai questionando e entendendo o Xico, vai acompanhar o leitor através do seu natural raciocínio na sua descoberta do autismo. </div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Mais do que tudo, com este livro, pretendi que o leitor compreendesse e aceitasse esta população desconcertante, quiçá validasse também o meu filho…
Jamais poderia imaginar o público que atingiu e o impacto que teve em mim, autora, ter a real percepção de como toquei a vida de tantas pessoas – e, aparentemente, continuo a tocar. </div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Nasceu uma nova geração de crianças com autismo e, aos novos pais, este livro tem passado de mão em mão; foi-lhes emprestado e cobrada a devolução. Sei porque me contam. Esse ripple effect continua a chegar até mim que o percebo continuadamente através das redes sociais, por email ou mensagem. As histórias continuam a ser-me confiadas, desabafadas num impulso ou explanadas ao detalhe. A todos ouço e respondo. Eu? Já comecei esta minha difícil travessia da “porta da dor” há 33 anos. </div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Eu sei. Não há quem nos entenda, a não ser as famílias onde o autismo pousou.</div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Sim, temos médicos e técnicos que nos são próximos e nos ajudam pela vida afora!, mas às 18h tiram a bata e por muito próximos que sejam… não sabem.
E ainda bem que técnicos de saúde e os outros pais de meninos ditos normais não o sabem! </div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Não podem saber! A porta da dor está, felizmente, numa outra dimensão que só quem a passa, sabe até onde dói. Diria até à unha do dedo grande do pé, e isto sou eu, que tenho muita resistência ao embate da dor. Quem pode aferir a dor alheia…? </div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Porém, após a tempestade, dizem que sempre vem a bonança. E é de momentos felizes que também este livro é feito. </div><div style="text-align: justify;"><span> </span>A forma absolutamente desconcertante como um filho com autismo vê e percepciona este planeta onde vivemos, tira-nos o fôlego – porque convenhamos – podemos amar um filho até à Lua e voltar, mas não o podemos pôr numa redoma à espera que um Universo perfeito apareça como por milagre, venha, e encaixe nas particularidades de cada um dos nossos filhos! Este é o Mundo que temos para lhes oferecer, podemos, isso sim, mudar a nossa própria percepção, do que nos rodeia e ter uma visão diferenciada da que sempre nos acostumámos. </div><div style="text-align: justify;"><span> </span>Uma geração inteira nasceu entre a estreia deste livro e esta edição nova que vos apresento. Atravessemos esta dura porta da dor juntos. Porque 33 anos de mãe ensinaram-me muita coisa e a primeira que me ocorre, caro leitor, é que estamos nisto juntos – não está só. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMbP3omVBKw9Tamomih0EvgwFO-wtXTPjqyY2d0iIUVy_fiqW3-i4eHcVblxFOjE5_slxbXjWHm8SgtAh2UxsNkXrz6Ns7BKE5xdZxzySGJMv0-IqbqjqiksOjaCX6GlgdiAHORLpPRNk/s1600/assinatura.bmp" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMbP3omVBKw9Tamomih0EvgwFO-wtXTPjqyY2d0iIUVy_fiqW3-i4eHcVblxFOjE5_slxbXjWHm8SgtAh2UxsNkXrz6Ns7BKE5xdZxzySGJMv0-IqbqjqiksOjaCX6GlgdiAHORLpPRNk/s1600/assinatura.bmp" /></a><br /><div style="text-align: center;"><b><br /></b></div></div></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-5797139706298480202022-12-24T00:00:00.014+00:002023-01-18T18:08:14.447+00:00Um pequeno conto de Natal <div style="text-align: justify;">Tinha chegado o momento de abrirem os presentes e a mãe foi sentar-se no sofá, bem junto do filho. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqDuVnrvfs4M4KlwBQZtCltBpGpCUKzmp4VdRI1qoxCqFclaXIKg6fQU-1Hss7WewPYOcMgR4ILXAx9AYxGZ5UUrjH7jrBgD6ZnCd4Vv4sDxbZ684wQ6AsDl_WCtYt8klsLOAY66Eh5L5BRz8kaqVwtbpQGua2A0aYraIJHuJYesgfB1U0MEl-Ehiq/s1578/321298069_463220696010055_6043619586568643979_n.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1578" data-original-width="640" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqDuVnrvfs4M4KlwBQZtCltBpGpCUKzmp4VdRI1qoxCqFclaXIKg6fQU-1Hss7WewPYOcMgR4ILXAx9AYxGZ5UUrjH7jrBgD6ZnCd4Vv4sDxbZ684wQ6AsDl_WCtYt8klsLOAY66Eh5L5BRz8kaqVwtbpQGua2A0aYraIJHuJYesgfB1U0MEl-Ehiq/w260-h640/321298069_463220696010055_6043619586568643979_n.jpg" width="260" /></a></div><br /></div><div style="text-align: justify;">O pai acompanhou-a no gesto, sentando-se do outro lado, reacomodou-se até que os joelhos tocassem os do filho e, acto-contínuo, pousou no colo dele uma caixa leve, rectângular, indicativa de mais um par de sapatos de ténis. Enquanto desembrulhava, a mãe olhou para o pai e pousou a mão no joelho do filho, e o pai, repetiu o gesto. </div><div style="text-align: justify;">O jovem ficou pasmo, ao abrir a caixa e desvendar pela translucidez da tua folha de papel de
seda, com que dentro da caixa, envolviam um inesperado par de sapatos. Retirou-os da caixa, sem palavras. A mãe acariciou a pele macia dos sapatos e encaminhou a sua mão pelo corpo do filho até chegar junto ao coração. O pai, sem quebrar o silêncio que gritava na sala, levantou o braço, passou-o pelos ombros do rapaz e, sentiu-o, tremular. A mãe também compreendeu o medo ou embaraço que o jovem poderia estar a sentir, quiçá acuado, a ponderar que era agora ou nunca e teria de falar ou calar-se, numa eterna negação. </div><div style="text-align: justify;">Então a mãe, esfregando o peito do filho, enroscando o outro braço no do marido, criando um elo de tranquilidade e amor, disse ao seu trémulo filho: </div><div style="text-align: justify;">- Meu amor, tu sabes que, a nós, podes contar tudo! </div><div style="text-align: justify;">O jovem ainda atemorizado, olhou para a mãe e, no encontro desse olhar, só viu paz, amor e anuência. </div><div style="text-align: justify;">O pai apertou o afago do abraço, enleando ainda mais o jovem filho e disse-lhe garantido: </div><div style="text-align: justify;">- Sim, connosco e com todo o mundo. Esta é a tua vida, meu filho, vive-a intensamente, voa, brilha, sê feliz! </div><div style="text-align: justify;">A mãe rematou: </div><div style="text-align: justify;">- Esconde dentro de ti o que, desde sempre, não foi invisível aos nossos olhos. </div><div style="text-align: justify;">O filho respirou fundo, demorou a responder enquanto pousava os sapatos no colo e se embrulhava no abraço quentinho com os seus pais, deixou-se por fim aninhar. </div><div style="text-align: justify;">Respondeu em forma interrogativa: </div><div style="text-align: justify;">- Sempre souberam…? </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><br style="text-align: left;" /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-73264130765023710782021-12-05T15:30:00.009+00:002022-05-30T10:17:25.210+01:00Cartas em Castelo <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7hrNdqct2nrHELtXbXDukxMPN0ZO04qEHhdZuDeI2UNQ87cRHh050hoE-CA7nf9_hSry-9ow-TbMTxIHta8padN3XxS_VuK5PVmtyOZx2Lt1rMk05JBb1M-ANRHqujKkJeDr7jP3cKwc/s1350/Cartas+em+Castelo+capa.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1350" data-original-width="962" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7hrNdqct2nrHELtXbXDukxMPN0ZO04qEHhdZuDeI2UNQ87cRHh050hoE-CA7nf9_hSry-9ow-TbMTxIHta8padN3XxS_VuK5PVmtyOZx2Lt1rMk05JBb1M-ANRHqujKkJeDr7jP3cKwc/w285-h400/Cartas+em+Castelo+capa.jpg" width="285" /></a></div><div style="text-align: justify;">Queridos leitores, </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Poderia ter dado a este livro o previsível título "Azul e branco aos quadradinhos", caso fosse a continuação do anterior. Para fugir dessa monotonia, arrisco num outro voo pelo tempo que não é medido no pulsar de um relógio. </div><div style="text-align: justify;">Cartas em Castelo é o segundo livro de uma trilogia que começou com o "Azul e branco às riscas", e que concluirei com um terceiro a que não darei o título de "Azul e branco às bolinhas". Os três romances serão de leitura independente com uma fina linha de pozinhos de perlimpimpim que os enlaça em tons de azul. </div><div style="text-align: justify;">Cartas em Castelo é o meu sétimo livro. </div><div style="text-align: justify;">Ao longo dos anos fui-me dando conta de que após a leitura, de qualquer um dos meus romances, os leitores procuram outro e muitas são as vezes que me surpreendem agradavelmente ao perceber que leram todos. </div><div style="text-align: justify;">Poderá ter muitas interpretações, cinjo-me ao facto que essa escolha do leitor me deixa imensamente feliz. </div><div style="text-align: justify;">No meu sétimo livro, sendo um número que envolve ciclos completos, como os dias da semana, as notas musicais ou as cores do arco-íris, resolvi nesta minha sétima volta a esta pescadinha de rabo na boca, fazer um miminho especial para com os leitores que já leram os outros meus livros. </div><div style="text-align: justify;">Como? </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> Deixo-vos um abraço bom, </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div><div><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMbP3omVBKw9Tamomih0EvgwFO-wtXTPjqyY2d0iIUVy_fiqW3-i4eHcVblxFOjE5_slxbXjWHm8SgtAh2UxsNkXrz6Ns7BKE5xdZxzySGJMv0-IqbqjqiksOjaCX6GlgdiAHORLpPRNk/s1600/assinatura.bmp" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: left;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMbP3omVBKw9Tamomih0EvgwFO-wtXTPjqyY2d0iIUVy_fiqW3-i4eHcVblxFOjE5_slxbXjWHm8SgtAh2UxsNkXrz6Ns7BKE5xdZxzySGJMv0-IqbqjqiksOjaCX6GlgdiAHORLpPRNk/s1600/assinatura.bmp" /></a></div></div></div></div>
<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/8MhN6d8N5CA" title="YouTube video player" width="560"></iframe></div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-85473977478934630262021-11-07T07:00:00.027+00:002021-11-07T07:00:00.216+00:00Sinopse do livro Cartas em Castelo <p>Queridos leitores, </p><p>Hoje revelo-vos a sinopse do livro Cartas em Castelo: </p><div style="text-align: justify;"><div><b><span style="font-size: large;">SINOPSE </span></b></div><div><br /></div><div>Aquela rapariga... </div><div>Teresinha reflectia amiudadas vezes, como a vida, nas voltas que dava, era tão ironicamente engraçada: </div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5o3MyoIYfHJIkypblHFWDM1l0ArAW6bBt6asXqHV4nkrvuhmcnNp5l4mR5dUaMKV59gPXxHI1DwqNusc7eeO-JcSRDEotasxCvCIXqrAHHALLnJ1obGMna0h5z_DqfdRY52ABTi03phE/s1500/Carta_mockup.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1453" data-original-width="1500" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5o3MyoIYfHJIkypblHFWDM1l0ArAW6bBt6asXqHV4nkrvuhmcnNp5l4mR5dUaMKV59gPXxHI1DwqNusc7eeO-JcSRDEotasxCvCIXqrAHHALLnJ1obGMna0h5z_DqfdRY52ABTi03phE/w400-h388/Carta_mockup.jpg" width="400" /></a></div>Madalena com quase 20 anos, a vida toda pela frente, nunca tem tempo para nada, vive a correr! Já Teresinha, com os seus 78 anos, tem todo o tempo do mundo e mais um dia, pensa e actua como se se movesse num tempo diferente. </div><div>Num suspiro, o mundo pára e tudo muda. </div><div>Isoladas durante a quarentena de 2020, a bisavó em Castelo Novo e a bisneta, em Castelo Branco encontram tempo para uma cumplicidade que começa por uma carta. </div><div><br /></div><div><div>Deixo-vos um abraço bom, </div><div><br /></div><div><div style="text-align: left;"><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMbP3omVBKw9Tamomih0EvgwFO-wtXTPjqyY2d0iIUVy_fiqW3-i4eHcVblxFOjE5_slxbXjWHm8SgtAh2UxsNkXrz6Ns7BKE5xdZxzySGJMv0-IqbqjqiksOjaCX6GlgdiAHORLpPRNk/s1600/assinatura.bmp" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMbP3omVBKw9Tamomih0EvgwFO-wtXTPjqyY2d0iIUVy_fiqW3-i4eHcVblxFOjE5_slxbXjWHm8SgtAh2UxsNkXrz6Ns7BKE5xdZxzySGJMv0-IqbqjqiksOjaCX6GlgdiAHORLpPRNk/s1600/assinatura.bmp" /></a><br /><div style="text-align: center;"><b><br /></b><br /></div></div><div><br /></div></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div></div></div></div><div><br /></div><div><br /></div></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-28728752858868867522021-11-06T16:20:00.016+00:002021-11-06T23:25:38.453+00:00Como reservo o livro Cartas em Castelo? <div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-P8wxHflkNnCDfyOZUCIyN8V8CGWIOSL3USwaNvUvzZvHauR-suTlreKFi_UaNzEmW_GhF0HqJZ6nW3wnCnO5zo8jyEy2aek4Wrotlz-ny8rE6M9IJ6tgl3Ue628fBznRYlqvfxgd5II/s1316/cartas_em_castelo+tranparente.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1316" data-original-width="1296" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-P8wxHflkNnCDfyOZUCIyN8V8CGWIOSL3USwaNvUvzZvHauR-suTlreKFi_UaNzEmW_GhF0HqJZ6nW3wnCnO5zo8jyEy2aek4Wrotlz-ny8rE6M9IJ6tgl3Ue628fBznRYlqvfxgd5II/w394-h400/cartas_em_castelo+tranparente.png" width="394" /></a></div><span style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;">Queridos Leitores, </div></span></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Começa agora e vai até ao lançamento do livro Cartas em Castelo: pode reservar!<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao reservar já o seu exemplar terá a oferta de um presente, que revelo serem conteúdos absolutamente originais, exclusivos e grátis; um dos miminhos que preparei apenas para os primeiríssimos leitores. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cartas em Castelo é o meu sétimo livro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao longo dos anos fui-me dando conta de que após a leitura, de qualquer um dos meus romances, os leitores procuram outro e muitas são as vezes que me surpreendem agradavelmente ao perceber que leram todos. </div><div style="text-align: justify;">Poderá ter muitas interpretações, cinjo-me ao facto que essa escolha do leitor me deixa imensamente feliz. </div><div style="text-align: justify;">Por isso, decidi mimar os leitores mais fiéis das mais variadas maneiras, até com surpresas ao longo da leitura do livro...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para garantir os conteúdos exclusivos, valide a reserva do seu livro! </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='316' height='316' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwmnJ2SzyH7dRidmu-1xe_BuepuqK41HwjI5bwqjHYbsPR7oPVDZZTg4iN1fscOz1q8EnpZwEgHwOYYCXOl7g' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div> E eu estou feliz! </div><div style="text-align: justify;">O livro Cartas em Castelo em breve nasce e chega às nossas mãos; ainda está no útero, mas já com contracções... sim, sinto cada um dos meus livros como um filho, de tantas fases passo, sinto-as como uma gravidez! </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Deixo-vos um abraço bom, </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMbP3omVBKw9Tamomih0EvgwFO-wtXTPjqyY2d0iIUVy_fiqW3-i4eHcVblxFOjE5_slxbXjWHm8SgtAh2UxsNkXrz6Ns7BKE5xdZxzySGJMv0-IqbqjqiksOjaCX6GlgdiAHORLpPRNk/s1600/assinatura.bmp" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMbP3omVBKw9Tamomih0EvgwFO-wtXTPjqyY2d0iIUVy_fiqW3-i4eHcVblxFOjE5_slxbXjWHm8SgtAh2UxsNkXrz6Ns7BKE5xdZxzySGJMv0-IqbqjqiksOjaCX6GlgdiAHORLpPRNk/s1600/assinatura.bmp" /></a><br /><div style="text-align: center;"><b><br /></b><br /></div></div><div><br /></div></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div></div></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-19198859242420206462021-10-19T13:44:00.004+01:002021-11-06T16:24:35.922+00:00Novo Livro - Cartas em CasteloOlá queridos leitores, <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJs_j8E4q7qS5VsyNByyqOhuZDfmOhZ-6OlRMKqNGf3BtKr3hJYCoWYk9vgKpPN9jH00Sf_1mJfGcmPTQVC9H8Lu-ZoNZafcTcDZyPrcyoi7zGT_UWEG3I9dievVS5YZz-j4a3PEpGCPc/s1284/carta+inicial.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="612" data-original-width="1284" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJs_j8E4q7qS5VsyNByyqOhuZDfmOhZ-6OlRMKqNGf3BtKr3hJYCoWYk9vgKpPN9jH00Sf_1mJfGcmPTQVC9H8Lu-ZoNZafcTcDZyPrcyoi7zGT_UWEG3I9dievVS5YZz-j4a3PEpGCPc/w400-h191/carta+inicial.jpg" width="400" /></a></div><div><br /><div>Escrevi exactamente há um ano esta carta. </div><div>Sendo fiel à essência do livro e tendo começado esta ideia numa longa conversa com a Madalena, senti um ímpeto de lhe escrever. </div><div>O livro está pronto! </div><div>Está a ser tratado com muito carinho para chegar às vossas mãos ainda antes deste Natal. </div><div>Será o meu sétimo "filho" e revelo hoje o seu título: </div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-large;">Cartas em Castelo </span></div><div><br /></div><div>Hoje escrevo esta nova carta para convidar todos os meus queridos leitores para a apresentação presencial - sim presencial - esperemos, já sem máscara e muitos abraços. </div><div><br /></div><div>Até breve! </div><div><br /></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMbP3omVBKw9Tamomih0EvgwFO-wtXTPjqyY2d0iIUVy_fiqW3-i4eHcVblxFOjE5_slxbXjWHm8SgtAh2UxsNkXrz6Ns7BKE5xdZxzySGJMv0-IqbqjqiksOjaCX6GlgdiAHORLpPRNk/s1600/assinatura.bmp" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMbP3omVBKw9Tamomih0EvgwFO-wtXTPjqyY2d0iIUVy_fiqW3-i4eHcVblxFOjE5_slxbXjWHm8SgtAh2UxsNkXrz6Ns7BKE5xdZxzySGJMv0-IqbqjqiksOjaCX6GlgdiAHORLpPRNk/s1600/assinatura.bmp" /></a><br /><div style="text-align: center;"><b><br /></b><br /></div></div><div><br /></div></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><div><br /></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-66883682999426885252021-04-30T00:00:00.007+01:002021-04-30T00:00:00.202+01:00Banca dos afectos <div style="text-align: justify;">O que secretamente mais desejamos? </div><div style="text-align: justify;">Posso arriscar pensar que, nesta fase em que vivemos, seja um abraço. </div><div style="text-align: justify;">Desafiaram-me a "montar uma banca dos afectos" à porta de casa e, de forma virtual, <span style="text-align: left;">aceitei a simpática provocação. </span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><br /></div><span style="text-align: left;"></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixCHpTdwxom3Ym4fMRUg9EWiWPkdIzS5HLxBJN41iNOGspkTMyTwofc62H1Il12zsS-dm5BVK_aMDS9GFTpIz6a2E65PPhpsH41NipliS9ytHONIjSNQ2EH65nba6QWhT_QR7M_e2ESUc/s564/6a080140cb3d7d709aa8c11ef7c3ff7e+%25281%2529.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="564" data-original-width="564" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixCHpTdwxom3Ym4fMRUg9EWiWPkdIzS5HLxBJN41iNOGspkTMyTwofc62H1Il12zsS-dm5BVK_aMDS9GFTpIz6a2E65PPhpsH41NipliS9ytHONIjSNQ2EH65nba6QWhT_QR7M_e2ESUc/s320/6a080140cb3d7d709aa8c11ef7c3ff7e+%25281%2529.jpg" /></a></div>Durante o mês de Abril decidi publicar, a cada dia, imagens e frases que em algum momento, abraçaram cada um de nós. </div><div style="text-align: justify;">Excertos dos meus livros logo pela manhã e de outros autores pelo final do dia. </div><div style="text-align: justify;">Fui percebendo o alcance que esta pequena e afectuosa banca estava a ter pelas estatísticas que me chegavam.</div><div style="text-align: justify;">Estas publicações foram sendo lidas, comentadas e partilhadas nas redes sociais aqui e além fronteiras. Atravessou o oceano, abraçou a carência, desencorajou o julgamento, desalinhou o obstáculo e enfrentou o medo. </div><div style="text-align: justify;">Eu sei o impacto que causou em mim reler passagens de todos os meus livros, a serena busca pela frase certa e a cuidadosa escolha da imagem que melhor se adequava. </div><div style="text-align: justify;">Sei o que me fez pensar e sentir. </div><div style="text-align: justify;">Ao leitor, posso apenas imaginar. Ou perguntar: </div><p style="text-align: center;"><span style="font-size: x-large;">Até onde foi este enternecido abraço durante todo o Abril? </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-86361639464128187102021-03-22T09:21:00.017+00:002021-03-22T14:04:43.874+00:00Spoiler alert novo livro II<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOAqMluxDpiOgQa-7MwaFOWe5teg_TT-xWnGmWGTc4N1j2bolIP9CTHqCUuZJmXlZJo80-gPy2Rpz5H3ZdP9PZ_VKaFYJ21Gv4jcgjmAYxZCy89q3t_ykuOyRYxfExbzH0lmGnJjeRpr4/s1294/4+personagens.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1294" data-original-width="1166" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOAqMluxDpiOgQa-7MwaFOWe5teg_TT-xWnGmWGTc4N1j2bolIP9CTHqCUuZJmXlZJo80-gPy2Rpz5H3ZdP9PZ_VKaFYJ21Gv4jcgjmAYxZCy89q3t_ykuOyRYxfExbzH0lmGnJjeRpr4/s320/4+personagens.jpg" /></a></div>Estas imagens dão uma ideia de como eu vejo as minhas personagens deste novo livro. <br /></div><div style="text-align: justify;">Quatro mulheres, quatro gerações, quatro histórias envolvidas em castelo. </div><div style="text-align: justify;">E depois o Gil. Ahhh... e o Ernesto!?</div><div style="text-align: justify;">Este livro terá mais personagens que não mostro agora. </div><div style="text-align: justify;">É apenas um <i>appetizer</i>, gosto da provocação, revelar mais seria estragar tudo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiehnVShNoqYYhZlIjnLA0NKcSeF6tYn-LQm89ctuFbk5NtAUUcC11S9O1hiaKFLxYxQHDQzCF0VfdsVVQXAcvpxhLkQ3x8P4iYxgyg2sN33sV1xjqSJvtydmgtZu7uVw6xN9ydpGaX190/s1664/Teresinha.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1664" data-original-width="1125" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiehnVShNoqYYhZlIjnLA0NKcSeF6tYn-LQm89ctuFbk5NtAUUcC11S9O1hiaKFLxYxQHDQzCF0VfdsVVQXAcvpxhLkQ3x8P4iYxgyg2sN33sV1xjqSJvtydmgtZu7uVw6xN9ydpGaX190/s320/Teresinha.jpg" /></a></div>Teresinha </b></div><div style="text-align: justify;">"Houve tantas complicações querida bisneta – pensou – ganhos e perdas, preconceito, inveja e lágrimas. Dor. Muita. Inultrapassável. Cair de joelhos no chão e não conseguir ver para além do horizonte. Mas se houve trovoadas, houve o apaziguamento após cada borrasca. Orgulho quebrado, nariz no ar. Afundar e voltar à superfície. Cada conquista com travo amargo-doce transformado num sereno renascer adoçado com canela e açúcar amarelo e sempre a entrega e o muito amor em tudo o que fiz na vida.
Sorriu. Tudo se resumia a que estava bem. Sim, era feliz." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS65G6upRrANNZwRcWs2a4qiqouN25kUrA5-H2BdFW7aUSFxo87_ndqwASBpVYV7QwtEBnJnOu9S1BDfMZjqSPL-JoabVsFrzq8tDpgQLgIXm6aTnPUSmD4P38Wf8HGtX3H3jspSEV1BY/s294/Lili.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="294" data-original-width="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS65G6upRrANNZwRcWs2a4qiqouN25kUrA5-H2BdFW7aUSFxo87_ndqwASBpVYV7QwtEBnJnOu9S1BDfMZjqSPL-JoabVsFrzq8tDpgQLgIXm6aTnPUSmD4P38Wf8HGtX3H3jspSEV1BY/s0/Lili.jpg" /></a></div>Lili </b></div><div style="text-align: justify;">"Teresinha e Ernesto tiveram só essa filha a que chamaram Liberdade, num período que foi um desafio feroz ao regime. Já a menina, quando teve idade para entender o peso do seu nome, escolheu ser apenas Lili." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRDQ34XH_QkDA-RBvEbEHemJ7F67d9cowKynn7Wg16zv4sY0A7JV-mvCLhsa5jDoSMSo9UwPs3rewGwl3ef8BjpTzYUmfWUoQp7PTAs82-7PP6wbQKhhepKrmc3pZsPQbxssAMOASsScI/s961/Sara.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="609" data-original-width="961" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRDQ34XH_QkDA-RBvEbEHemJ7F67d9cowKynn7Wg16zv4sY0A7JV-mvCLhsa5jDoSMSo9UwPs3rewGwl3ef8BjpTzYUmfWUoQp7PTAs82-7PP6wbQKhhepKrmc3pZsPQbxssAMOASsScI/s320/Sara.jpg" width="320" /></a></div>Sara </b></div><div style="text-align: justify;">"Sara era uma mulher diferente da força da natureza que era a mãe, ou até a avó. Teresinha por vezes pensava que teria sido devido ao divórcio atribulado, por Sara ter tido um pai completamente ausente na sua vida, mas essa falta também acontecera à Lili nos nove anos que Ernesto esteve preso pela P.I.D.E." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuup6tECLRhy29MLxSJOYXMe2hZ4hCQDC6C4NmibJ9t1L1zhUcFxapiTPLTjSZo8PhFV6N4RvMvweTKYPp4vUz1HxT17I80jGAGaPgnDX497hZekyVjMqGHxcXX8Ee5iPYiJ6Wk5tApCY/s961/Madalena.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="951" data-original-width="961" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuup6tECLRhy29MLxSJOYXMe2hZ4hCQDC6C4NmibJ9t1L1zhUcFxapiTPLTjSZo8PhFV6N4RvMvweTKYPp4vUz1HxT17I80jGAGaPgnDX497hZekyVjMqGHxcXX8Ee5iPYiJ6Wk5tApCY/s320/Madalena.jpg" width="320" /></a></div>Madalena </b></div><div style="text-align: justify;">"Teresinha tinha verdadeira paixão pela sua bisneta que tinha uma personalidade forte; não saíra tanto à Sara, herdara toda a fibra de Gil! Era uma miúda pispineta, respondona e impaciente, mas dedicada, meiga e atenciosa." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhrKp63X_Sv4Wd1GAzYEu4DivCVbwmd-NefeiBAn9s_PKXcKOn7YxahTUfiMyuYw83_1ne_izTp_4m9gsOxIHI4gFhhBuP9BIqmaq9U-e5ySetKjTtgqrwSgt3J0aVrzxB650iyrtR558/s1177/Gil.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1177" data-original-width="1125" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhrKp63X_Sv4Wd1GAzYEu4DivCVbwmd-NefeiBAn9s_PKXcKOn7YxahTUfiMyuYw83_1ne_izTp_4m9gsOxIHI4gFhhBuP9BIqmaq9U-e5ySetKjTtgqrwSgt3J0aVrzxB650iyrtR558/s320/Gil.jpg" /></a></div>Gil </b></div><div style="text-align: justify;">"Gil escolhera ser médico de família, voltar à terra onde era o rapaz, a cidade que todos o conheciam, sentar-se no consultório sem olhar para o computador, encostar o rosto na palma da mão e perder-se no olhar do paciente, escutá-lo e fazê-lo sentir-se especial no tempo que a consulta demorasse."</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwgtXJIIIqgFK8XCkg5a1DvT81nS4H62nxFFhF5Q2zFCDidklIOGPPudb88wS2k_mCUzmr1sI8PTJXWBCkpKAnmKjEiWsnbI6g-bUSbDxwi23GKiLWCoJr__CRNvmVPipkXvOWuZO1sz0/s960/145371631_140418397916405_1166646234182763529_n.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="901" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwgtXJIIIqgFK8XCkg5a1DvT81nS4H62nxFFhF5Q2zFCDidklIOGPPudb88wS2k_mCUzmr1sI8PTJXWBCkpKAnmKjEiWsnbI6g-bUSbDxwi23GKiLWCoJr__CRNvmVPipkXvOWuZO1sz0/s320/145371631_140418397916405_1166646234182763529_n.jpg" /></a></div>"Saltar nua de mãos dadas com o Ernesto para um rio, para um lago, para o mar… sempre que podiam faziam-no."<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><br style="text-align: left;" /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-16465443389931851332021-03-04T13:12:00.003+00:002021-03-22T13:17:53.215+00:00Spoiler alert novo livro <p style="text-align: justify;"> Sim, já tem título. </p><p style="text-align: justify;">É sempre por onde começo um novo livro. Tenho hábitos de que gosto e enrosco sempre um início na mesma espiral: o título, o que quero contar, as personagens que vão desenhar a minha história, um caderninho para ideias e pesquisas. Pensá-las. Escrevê-las.</p><p style="text-align: justify;">Permito aos meus leitores que espreitem alguma personagem por uma porta que deixo entreaberta, um vislumbre através de um esvoaçante véu que não permite propositadamente uma visão abrangente.</p><p style="text-align: justify;">A protagonista deste livro será a Teresinha. A sua história de amor maior com Ernesto. Eis como a imagino em vários momentos da sua longa vida. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8Zv7IOfF97_7HNigdyFaQDk7dmgrSJOtpyErDh0-UNCxdcCsOAO09yPS8Qo_Cb5-dVabjnd2TNN1G4bEttp_IZUggyOieT_FwD7F6sNywf2mffeePKchJn_Kz26lG5wwbAZ-5V5ulzVI/s846/silver1.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="846" data-original-width="564" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8Zv7IOfF97_7HNigdyFaQDk7dmgrSJOtpyErDh0-UNCxdcCsOAO09yPS8Qo_Cb5-dVabjnd2TNN1G4bEttp_IZUggyOieT_FwD7F6sNywf2mffeePKchJn_Kz26lG5wwbAZ-5V5ulzVI/w266-h400/silver1.jpg" width="266" /></a></div><p></p><div style="text-align: justify;">"Houve tantas complicações querida bisneta – pensou – ganhos e perdas, preconceito, inveja e lágrimas. Dor. Muita. Inultrapassável. Cair de joelhos no chão e não conseguir ver para além do horizonte. Mas se houve trovoadas, houve o apaziguamento após cada borrasca. Orgulho quebrado, nariz no ar. Afundar e voltar à superfície. Cada conquista com travo amargo-doce transformado num sereno renascer adoçado com canela e açúcar amarelo e sempre a entrega e o muito amor em tudo o que fiz na vida.
Sorriu. Tudo se resumia a que estava bem. Sim, era feliz." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD9sM2nivzyuqgyX5zTwzZfxQEb_w_upi4quTtSuiCsjLKoSZsAEpQhatRHzhPtmo8fFCJuyPr16QY2qsAExRkv5xR7Q2O65C3rf_J55WqS87gF3HFhTJ6OYgLn8X-jYWlRYlGIwWRSLo/s635/17-abril-convivio-espontaneo-nos-jardins-da-a-a-c-e280a8reconhecem-se-jose-campino-carlos-guimaraes-e-barbosa.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="635" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD9sM2nivzyuqgyX5zTwzZfxQEb_w_upi4quTtSuiCsjLKoSZsAEpQhatRHzhPtmo8fFCJuyPr16QY2qsAExRkv5xR7Q2O65C3rf_J55WqS87gF3HFhTJ6OYgLn8X-jYWlRYlGIwWRSLo/w400-h299/17-abril-convivio-espontaneo-nos-jardins-da-a-a-c-e280a8reconhecem-se-jose-campino-carlos-guimaraes-e-barbosa.jpg" width="400" /></a></div>"Teresinha era uma sonhadora – presença assídua nos convívios estudantis, a intrépida miúda que tocava guitarra para os colegas da universidade, sendo de entre as vozes femininas, a mais destacada, criativa e promissora." <br /><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyamY03MDMGB-xm1TbinzeeXs2hyphenhyphen0TBIwYmj6jGl4s920v2s0ftBPHrpPDrSBydCD2T8KiiVz6tQEgUKf_WqVayuNuHv0vNOA7RvmdRNr7t_VHUkLqHnn6Z-trcEJvNY-BSQiCfSuHNpA/s630/1-de-maio-assembleia-magna-no-ginasio-da-a-a-c-e280a8que-decide-a-continuidade-do-luto-academico-e280a8reconhecem-se-jose-barata-silva-pinto-barbosa-osvaldo-fernanda-bernarda-barros-mo.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="630" height="301" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyamY03MDMGB-xm1TbinzeeXs2hyphenhyphen0TBIwYmj6jGl4s920v2s0ftBPHrpPDrSBydCD2T8KiiVz6tQEgUKf_WqVayuNuHv0vNOA7RvmdRNr7t_VHUkLqHnn6Z-trcEJvNY-BSQiCfSuHNpA/w400-h301/1-de-maio-assembleia-magna-no-ginasio-da-a-a-c-e280a8que-decide-a-continuidade-do-luto-academico-e280a8reconhecem-se-jose-barata-silva-pinto-barbosa-osvaldo-fernanda-bernarda-barros-mo.jpg" width="400" /></a></div><span style="text-align: left;">"Já Ernesto, o marido, era um protector – um fervoroso defensor do corporativismo estudantil, sem que isso beliscasse o seu excelente percurso académico, pois fazia parte das cúpulas associativas estudantis, sempre engajado numa nova luta que advogava com vigor, embaraçando o regime, cada vez com mais audácia." </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Wxt_rKg9VmVY2KWJEwqozHOLGPOdzucISoiAbvoQcMLh2PEP6vaFxu9IjZQk4n-O-FcXxZDZtvGyFFuIq0eAtzX4AZ5AtY29jkkQLuDKxlPk8cskmaHk0vCsM2PjJnS8wCpVWDO0kOg/s960/151097585_421171112308248_4896916562274823150_n.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="901" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Wxt_rKg9VmVY2KWJEwqozHOLGPOdzucISoiAbvoQcMLh2PEP6vaFxu9IjZQk4n-O-FcXxZDZtvGyFFuIq0eAtzX4AZ5AtY29jkkQLuDKxlPk8cskmaHk0vCsM2PjJnS8wCpVWDO0kOg/w375-h400/151097585_421171112308248_4896916562274823150_n.jpg" width="375" /></a></div><span style="text-align: left;">"Saltar nua de mãos dadas com o Ernesto para um rio, para um lago, para o mar… sempre que podiam faziam-no." </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7gzlsGchA4g72UQaF9dCWCz8kdQ10NHooMiWv4C6fuKJkCj5lvFJRhurr5zBFwrnju-k5LkQV6b5STQQMVYD0IKmxh4EmtazhEo6t9xctErKrr4uYFdbp3lSrYgsp1_05nuJNNou5DWA/s1080/Rosa-Santa-Terezinha.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1080" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7gzlsGchA4g72UQaF9dCWCz8kdQ10NHooMiWv4C6fuKJkCj5lvFJRhurr5zBFwrnju-k5LkQV6b5STQQMVYD0IKmxh4EmtazhEo6t9xctErKrr4uYFdbp3lSrYgsp1_05nuJNNou5DWA/w400-h266/Rosa-Santa-Terezinha.jpg" width="400" /></a></div>"tendo por pano de fundo o soberano portão ladeado do antigo muro de granito enleado com as rosas de Santa Teresinha." <br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><br style="text-align: left;" /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div></div></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-14532414103233032652021-02-14T10:30:00.004+00:002021-02-14T12:02:59.468+00:00A primeira vez <div style="text-align: justify;">Hoje é o aniversário deste site. </div><div style="text-align: justify;">Nasceu de uma brincadeira tola no Twitter, em 2009, quando perguntei “Onde posso publicar um texto para lerem?” uma voz disse: </div><h4 style="font-family: "Trebuchet MS"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; line-height: normal; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; margin: 0px; padding-bottom: 2px; padding-left: 15px; padding-right: 0px; padding-top: 7px; padding: 7px 0px 2px 15px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #3d85c6; font-size: x-large;">“Faz um Blog!”</span></h4>
<div style="text-align: center;">Se eu não queria escrever num Blog, ter um Blog menos ainda! </div><div style="text-align: center;">Encantei-me com o contacto directo que obtive com os meus leitores! <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfuRIuOCpR_E2vvMl8kjgMYqucnhLbpt68YdGulELCt2wkOEMt7CId2zA9mnUse6-ewvOTw_t_K73Dl6wSTpxOSZ58iJMwlh1OqjVoimzKN3rBZ0XuJEhrX_qeGsqavNo9YzjkMMPHB1g/s1500/91AUK%252Bx9BRL._AC_SL1500_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfuRIuOCpR_E2vvMl8kjgMYqucnhLbpt68YdGulELCt2wkOEMt7CId2zA9mnUse6-ewvOTw_t_K73Dl6wSTpxOSZ58iJMwlh1OqjVoimzKN3rBZ0XuJEhrX_qeGsqavNo9YzjkMMPHB1g/s320/91AUK%252Bx9BRL._AC_SL1500_.jpg" /></a></div></div><div style="text-align: center;">Já não é apenas Blog, cresceu a Site – dou a cara e o nome. </div><div style="text-align: center;">Assim mesmo, de ganga vestido. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPBbWaDi5wRv9ORbqzsjERxD_U4ekh-ICrPUoNndlz3uxTxQnkKeBQh3QAtRhujVCbK3uoLcTzsNZVjyqQyhKt6JZNpKfna_PqGKc_zvzJBLazOHxF5-rPf2jHXg0B0ZnAf_DzMQVBXZY/s1240/site+ana+martins+escritora.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="248" data-original-width="1240" height="80" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPBbWaDi5wRv9ORbqzsjERxD_U4ekh-ICrPUoNndlz3uxTxQnkKeBQh3QAtRhujVCbK3uoLcTzsNZVjyqQyhKt6JZNpKfna_PqGKc_zvzJBLazOHxF5-rPf2jHXg0B0ZnAf_DzMQVBXZY/w400-h80/site+ana+martins+escritora.png" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b>Porquê dia 14 de Fevereiro? </b></div><div style="text-align: justify;">Não deixa de ser irónico, festejar o aniversário deste meu espaço logo numa data que não tenho grande respeito (porque, a meu ver, namorar, namora-se todos os dias) o blog nasceu com este conto </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs2vh0Iaxvdkomm9L4thIR0xjA9xuXt-8WdegR1WeS6viD69fq_eA35QAsTJVdty5H1s_Pk8ccRR_SykbjfDnQ3KcVo3Os7x3hp3AV2aqO2-WO0Kqgh4HHE2zz8BftIO2zyvaaZeSsU9g/s1164/dia+dos+namorados+-+ana+martins+escritora.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="194" data-original-width="1164" height="66" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs2vh0Iaxvdkomm9L4thIR0xjA9xuXt-8WdegR1WeS6viD69fq_eA35QAsTJVdty5H1s_Pk8ccRR_SykbjfDnQ3KcVo3Os7x3hp3AV2aqO2-WO0Kqgh4HHE2zz8BftIO2zyvaaZeSsU9g/w400-h66/dia+dos+namorados+-+ana+martins+escritora.png" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;">veio posteriormente a ser publicado no livro MAL ME QUERO</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">Hoje ofereço este conto de novo aos meus leitores </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='470' height='317' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwRcPUit2Ru_avy5j5DHWYddArccbCO9Afnyjvh5uJjT-XeglZnIDG3jliNBi73VyUh4voZj3PcIN5S_wyInA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcIIld7Jxh6E3wIfLgDMcZKszg-dlM-H4yHqCGORWUuqAaQZsHN3dNK1PfNhhjgCCFThlBpksA0g_b1IuLtoDtlqHrar8dlHFvJm554S9Eg4UFbhusKTvbvdcbr08qESDt9bkqfFTeK_A/s1164/dia+dos+namorados+-+ana+martins+escritora.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="194" data-original-width="1164" height="107" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcIIld7Jxh6E3wIfLgDMcZKszg-dlM-H4yHqCGORWUuqAaQZsHN3dNK1PfNhhjgCCFThlBpksA0g_b1IuLtoDtlqHrar8dlHFvJm554S9Eg4UFbhusKTvbvdcbr08qESDt9bkqfFTeK_A/w640-h107/dia+dos+namorados+-+ana+martins+escritora.png" width="640" /></a></div></div><div><span style="font-size: x-large; text-align: justify;"><span style="color: #3d85c6;">Irene</span> </span><span style="text-align: justify;">já se tinha esquecido: há muito tempo prometera a si própria que nunca mais sairia à noite num dia de namorados. Mas aconteceu. Com amigas, alheadas da comemoração, na sua nova “solteirice”, combinaram ir todas ao Japonês.</span></div><div style="text-align: justify;">Ao entrarem no restaurante habitual depararam-se com um invulgar burburinho – infernal!, nem conseguiam avistar o dono! Todas as mesas estavam preenchidas apenas com casalinhos, até ao redor da zona Teppan-yaki – coisa que pretendiam – estava ocupada por parzinhos, claro!, restaurante da moda e caíam lá todos que nem tordos na noite de saída!</div><div style="text-align: justify;">“Socorro! Saímos no Dia-Oficial-do-Manel-levar-a-Maria-à-rua!!!!” – Brincou. Alguém sugeriu mudar de restaurante, mas não adiantaria àquela hora, sem marcação, estariam todos a transbordar de Manéis&Marias.</div><div style="text-align: justify;">Antes, imagina-os:</div><div style="text-align: justify;">Olhou à volta. Irene não tinha nada a opor ao amor ou a sua celebração, apenas o que chamava de “Dia Oficial”, uma representação patética do que deveria ser, por definição, celebrado todos-os-dias-e-todas-as-noites-das-nossas-vidas.</div><div style="text-align: justify;">O Manel pespega uma beijoca à sua Maria logo pela manhã antes de sair para o trabalho – ela falou tanto nisso na véspera, entre o intervalo do futebol e o creme de noite que ele teve pesadelos do mês sem sexo que sabia, ela imporia, se ele ousasse esquecer…</div><div style="text-align: justify;">A Maria, nesse dia sorri feliz, usa roupa nova, vai ao cabeleireiro – muita laca, muito caracol – compra um postal cor-de-rosa já preenchido, tipo-basta-assinar e uma prendinha bem fofinha para o seu Manel pôr no carro – coisa que ele jamais usará ao lado do galhardete do seu clube do coração…</div><div style="text-align: justify;">O Manel, mais pragmático, compra o que ela discretamente lhe pediu durante a última semana toda, incluindo, a seguir à beijoca matinal sem sumo.</div><div style="text-align: justify;">A Maria papagueia com as suas colegas de trabalho onde poderá ser levada mais logo a jantar. Todas graciosamente fazem crer umas às outras que não sabem o local e/ou a prenda.</div><div style="text-align: justify;">O Manel, à tardinha, entre bejecas e tremoços, ri com os amigos que, este dia dos paleios cor-de-rosa, até foi uma coisa bem inventada: é uma noite que seguramente elas não irão passar a ferro até tarde, lhes doerá a cabeça ou terão o período…</div><div style="text-align: justify;">A Maria já passou em casa da Mãe, depositando os filhos com um bem disposto: “Até amanhã!”</div><div style="text-align: justify;">O Manel foi à florista.</div><div style="text-align: justify;">A Maria chegou a casa mais cedo, tomou uma chuveirada e rapou os pêlos.</div><div style="text-align: justify;">O Manel passou horas na fila da florista, rosnando.</div><div style="text-align: justify;">A Maria passa o gloss mais uma vez pelos lábios ainda bonitos e com pouca procura.</div><div style="text-align: justify;">O Manel chega a casa com um previsível ramo de rosas vermelhas, reclama por lhe ter custado 50 euros e, claro, «a» prenda.</div><div style="text-align: justify;">Ouve-se na casa do Manel e da Maria uma palavra inusitada: Amo-te</div><div style="text-align: justify;">Saem para a rua. Está tanto trânsito como de dia. Vão a um restaurante com folhas de papel branco por toalha.</div><div style="text-align: justify;">O Manel pensa: “A TV desligada, que má sorte a minha, espero que alguém repare… se digo alguma coisa, lá se vai a queca.”</div><div style="text-align: justify;">A Maria suspira: “Ele vestiu a camisa mais velha, logo hoje… qualquer dia rasgo-a e faço panos para os vidros.”</div><div style="text-align: justify;">Irene respirou fundo e olhou em volta enquanto ainda esperavam mesa. Sentiu um ambiente dengoso nas mesas. Não se distinguia a música do ruído. Contrastava a elegância dos pratos deste espaço usualmente relaxante, seguro pela perplexidade serena dos empregados com o frenesim de tão inusitados clientes que até pediam, imagine-se… karaoke.</div><div style="text-align: justify;">Irene lembrou-se daquela outra noite, não há tantos anos em que ficara inoculada da noite dos namorados. Presa num extraordinário trânsito para aquela hora tardia, olhou à sua volta: Estupefacta, viu o Manel ao volante com a Maria ao lado em todos os carros! Havia a versão casados-há-muitos-anos visivelmente enfadados pela demora e os namoradinhos que ainda disfarçam hostilidades cortesmente. Olhara para o João, o seu marido, para o seu olhar vazio esperando que o trânsito fluísse. Sentiu um arrepio: era apenas mais um Manel, o que, lamentavelmente, fazia dela mais uma Maria.</div><div style="text-align: justify;">Decidida a que o Manel e a Maria não lhe estragariam mais nenhuma noite, olhou de novo à volta, desta vez com a sua firmeza acutilante.</div><div style="text-align: justify;">O frete.</div><div style="text-align: justify;">Estavam todos a fazer frete! Tinham saído à rua somente porque tinham de fazê-lo!… Todos sorriam complacentemente enquanto gramavam polidamente a estopada.</div><div style="text-align: justify;">Todos não.</div><div style="text-align: justify;">De indicador em riste anunciou, peremptoriamente, às suas amigas cansadas de estar em pé:</div><div style="text-align: justify;">“O único casal a sério nesta sala, é aquele ali do canto.”</div><div style="text-align: justify;">“Como sabes?” Perguntara a Bárbara.</div><div style="text-align: justify;">“Sei. Sinto. São os únicos que estão a conversar.” Argumentou encolhendo os ombros.</div><div style="text-align: justify;">Contrapuseram, estando num restaurante repleto de sons estridentes, com outros pares que tagarelavam demasiado alto.</div><div style="text-align: justify;">“Estão apenas a falar. Reparem no olhar, estão apenas a falar, não estão a conversar.”</div><div style="text-align: justify;">“Na mesa mesmo atrás de nós estão os piores espécimes de Manéis&Marias – sussurrou rindo a Maria Clara enquanto se sentavam – os broncos!</div><div style="text-align: justify;">Olhavam causticamente para trás. Versão cromanhon-namoradinhos, diziam à socapa. Tinham de estar dois pares</div><div style="text-align: justify;">à mesa! Claro!… aos pares, se não, com quem é que eles haveriam de conversar???</div><div style="text-align: justify;">Sem estranheza, Irene ouviu um dos rapazes protestar bem alto, com os pauzinhos em riste, pedindo talheres de gente, o outro palerma reclamar do peixe estar mal passado, uma das Marias dizer que o gengibre eram «pétalas de flores comestíveis», que «tinha lido numa revista» até ao momento hilário em que um comeu de uma só vez o “pistachio”, urrou que nem um urso que o tinham enganado… sem mencionar a boa parte da noite a ouvi-los contar anedotas pouco edificantes sobre mulheres… que apropriado! – pensou – mas o melhor ainda estava para vir. Quando entrou uma figura típica da noite, empunhando a habitual braçada de rosas, uma daquelas Marias deu uma valente murraça na mesa afiançando ferozmente:</div><div style="text-align: justify;">“Eu hoje vou querer uma rosa!!!”</div><div style="text-align: justify;">Até os outros Manéis&Marias das demais mesas tiveram dificuldade de suster o riso… Resta acrescentar o que já todos sabíamos, se calhar, até ela: não a teve.</div><div style="text-align: justify;">A pouco e pouco todos os Maneis e Marias foram saindo. Era noite de festa lá em casa ou no banco traseiro do carro! Há casais que são abusivos durante todo o ano, seja verbal, física ou psicologicamente, mas Deus os livre de não festejarem o dia dos namorados!</div><div style="text-align: justify;">Ficaram embrenhadas na conversa boa e no último sake gelado, depois do ritual de sabores nipónicos numa refeição memorável onde, como manda a tradição, nem um único bago de arroz foi desperdiçado, quando o tema de início de conversa, voltou à baila: As únicas mesas ainda ocupadas, agora sim, naquele tranquilo e prazenteiro restaurante, eram apenas a das amigas e a do tal casal do canto.</div><div style="text-align: justify;">Ficaram a reparar e comentar ostensivamente nos detalhes sem que nunca sequer dessem conta. Era a mulher que estava virada na direcção delas. Tal como as amigas, não tinha estreado roupa nova, não tinha ido ao cabeleireiro, não havia nenhuma rosa vermelha do ké-frô na mesa.</div><div style="text-align: justify;">Era particularmente bonita, como só uma mulher segura de si consegue pôr um lápis a segurar-lhe o cabelo, vestir uma qualquer t-shirt branca com jeans e… estar bem.</div><div style="text-align: justify;">Irene entretanto contava uma situação que ouvira num supermercado na véspera. Estava no corredor dos desodorizantes quando tomou atenção numa frase: “Olha, não tenho ideia nenhuma, pode ser já isto? Ficava já despachada para amanhã.” Irene sorrira ao se aperceber que falavam da prenda para o Dia Oficial. Que romantismo!, claramente uma Maria! Continuando as suas compras, ficou com atenção ao diálogo: “…ou então, pode ser este perfume…?, é que nem sequer é caro!”</div><div style="text-align: justify;">O grito masculino ecoou pelos corredores:</div><div style="text-align: justify;">“N-Ã-Ã-Ã-O!!!!”</div><div style="text-align: justify;">As pessoas, às compras, entreolharam-se, mas ninguém se pronunciou quando a discussão estalou. Num casamento, quem vai meter a colher? Irene também olhou por cima do ombro. Pensou que fossem mais velhos, mas era um casal muito novo, reconheceu a vergonha só no tremor do queixo daquela rapariga que continuava a dizer tontices com ar subserviente enquanto ele lhe virava as costas e a deixava a falar para as prateleiras.</div><div style="text-align: justify;">Respeito. A ligeira diferenciação entre um casal e um Manel&Maria.</div><div style="text-align: justify;">Quando saíram do restaurante, o casal da mesa do canto continuava a conversar. Nunca deram pelas outras pessoas que tanto os observaram.</div><div style="text-align: justify;">Irene deu um último relance ao casal antes de sair.</div><div style="text-align: justify;">Apeteceu-lhe, por um momento, que soubessem que eram o seu prémio casal da noite, afinal fizeram-na acreditar que não eram apenas os Manéis e as Marias que saltavam para fora de casa nesta noite… mas, sempre soube que casais como este, não celebra o seu Amor apenas porque algum grupo de comerciantes resolveu importar uma moda que nem é nossa para aumentar um pouco mais as vendas – criaram portanto este pomposo evento a comemorar – leia-se a comprar.</div><div style="text-align: justify;">Sorriu ao casal da mesa do canto e pensou, apesar de ter escolhido o divórcio para si, viver a dois, vale realmente a pena – quando vale a pena, respirou fundo e imaginou todos os casais que sabem: alimentar o amor é uma tarefa diária, construtiva, constante… todos-os-dias-e-todas-as-noites-das-nossas-vidas.</div><div style="text-align: justify;">Podia estar sozinha nessa noite, poderia continuar sozinha na vida, mas Irene sorriu. Enquanto esperavam para pagar, abriu o seu Moleskine e escreveu: </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #3d85c6;">“Há, é uma forma diferente de ver e viver a vida, o que nos torna loucos aos olhos dos que levam uma vidinha triste e sem sabor. A nossa, sabe a morangos com chocolate, até, quem sabe, sake e wasabi, se e quando deixamos a parte picante entrar na nossa vida.”</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkv72veS8ymlN3qiwxqjMII9y65MPP-m_0nP7GEWgtdGyU4590FmyCZL4Fe3v5DUwWm2Pq2fkyj64URAnKfizYJ0c6jnNF0xIHGw4Tv1AM8zERo216xiTDnZT0AfKWmT5TCVtC7phpGP0/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkv72veS8ymlN3qiwxqjMII9y65MPP-m_0nP7GEWgtdGyU4590FmyCZL4Fe3v5DUwWm2Pq2fkyj64URAnKfizYJ0c6jnNF0xIHGw4Tv1AM8zERo216xiTDnZT0AfKWmT5TCVtC7phpGP0/s1600/risco+de+ganga.JPG" /></a></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6BsBI4zQ3VR7KI8kZSvGmPAHnP4Zo_E2Vm3lonG5m2lnvynGfTObElyGwdYBA9IeDqXHoh_41B4TBBISkZ9PRHqbc6pxPwPgiaCVTbBMOTeaxJWCleOwyebu9-mvSmbuvt8bAbF9LJR0/s1600/AOsite.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="40" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6BsBI4zQ3VR7KI8kZSvGmPAHnP4Zo_E2Vm3lonG5m2lnvynGfTObElyGwdYBA9IeDqXHoh_41B4TBBISkZ9PRHqbc6pxPwPgiaCVTbBMOTeaxJWCleOwyebu9-mvSmbuvt8bAbF9LJR0/s320/AOsite.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><br />
</div></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-25569193342811231052021-01-07T13:45:00.001+00:002021-03-22T13:16:33.769+00:00Rosa Pressa. <div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRXU7d0hhFFEt29laVN9KsUvNJY0-T9133lDfeQk4Pr9ZB-LcnGvqzG0pGA1qyypho8EE-eW6T4Yl4wkvGWQNl4e0oCrsaMngPvt6ifaWeYT8N4DO0M6YQ6pSrwEtFepspe7aVetTdELA/s400/Blue+Rose.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="307" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRXU7d0hhFFEt29laVN9KsUvNJY0-T9133lDfeQk4Pr9ZB-LcnGvqzG0pGA1qyypho8EE-eW6T4Yl4wkvGWQNl4e0oCrsaMngPvt6ifaWeYT8N4DO0M6YQ6pSrwEtFepspe7aVetTdELA/s320/Blue+Rose.jpg" /></a></div>Distracção. </div><div>Páro no maior parque de estacionamento da cidade, arrumo o carro e saio disparada para a marcação que tinha ao meio-dia. Sou pontual e detesto chegar atrasada. <br /></div><div>Quando regresso, bate-me: não memorizei onde deixei o carro… fila por fila, percorro todo o estacionamento, ando para cá e para lá e a certa altura, porque ia de phones ao telemóvel, comento: está aqui uma senhora ao mesmo, não deve saber onde deixou o carro… </div><div>A senhora ouve-me e encetamos um diálogo, é verdade, também não sabe. </div><div>Gracejo: Vai ver, estão ao lado um do outro! Vamos continuando a procurar e eu continuo na minha conversa telefónica e de repente oiço: achei! Dirijo-me ao som da sua voz respondendo: onde está? Porque o meu deve estar perto!! Rimos e quando chego à beira da senhora com pronúncia do Porto (que eu adoro), responde-me: Que marca é o seu? Eu ajudo-a! </div><div>Tanta delicadeza, penso e respondo-lhe: Ohhh... tão querida!, não é preciso… </div><div>Mas já me interrompe, deixei a minha filha na universidade e vou ficar a fazer tempo, a sério que carro é o seu? Eu digo-lhe a marca e modelo e descrevo o exacto tom de meu – é de um azul celeste cor de dia de trovoada. Agradeço-lhe e começamos à procura. </div><div> Já adivinharam… estavam lado a lado, com um carro apenas pelo meio! </div><div> Que momento mágico!
Despedimo-nos meio a rir meio emocionadas e lembro-me de me apresentar: qual é o seu nome? Eu sou Ana. </div><div>E a magia continua… diz: eu sou Rosa. </div><div>Não resisto e partilho com ela: Rosa?!?... Rosa era o nome da minha avó favorita! </div><div>Desejamos um bom ano e cada uma segue a sua vida.
Nunca mais a irei ver, nem reconhecer – ambas de máscara, como convém em tempos covidianos – a não ser que o acaso queira que a Rosa seja uma das minhas queridas leitoras desta maravilhosa cidade que tão bem me acolhe há 5 anos. </div><div>Mas venho para casa a conduzir feliz num dia tão frio, mas com imenso sol na hora de almoço e na alma quando escrevo este texto. </div><div>Quanta magia pode andar no ar, se estivermos atentos, se nos dermos de coração e nos entregarmos a cada momento. </div><div>Eu sou de dar-me, e nunca me arrependo. Sou de amar e de ser amada. </div><div>Obrigada Rosa. Que tenhas uma vida feliz!</div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both;"><br style="text-align: center;" /></div></div><div><br /></div><div><br /></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-75426992498841330222020-11-25T00:00:00.005+00:002020-11-25T00:00:10.065+00:00Ou ele ou eu 25 de Novembro é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres. <div>Um conto meu do livro "Mal Me Quero", porque este romance escrito há tantos anos, ainda é tão actual. </div><div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPYBuqY8vzpZvIUTlYlEEq_W3IXJA6zPpX8GtT1ybGHj9daomKwVGM57uJIiOGAjozGT_02dv1oMebwCWsD-S3rAK0s06HE_mfz5YGmut0vJZDNPJ8jzsawHrc2yEty3Yamepf4jCT3uMC/s1600/Porque.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPYBuqY8vzpZvIUTlYlEEq_W3IXJA6zPpX8GtT1ybGHj9daomKwVGM57uJIiOGAjozGT_02dv1oMebwCWsD-S3rAK0s06HE_mfz5YGmut0vJZDNPJ8jzsawHrc2yEty3Yamepf4jCT3uMC/s1600/Porque.gif" width="640" /></a></div><br /></div><div style="text-align: justify;">Mais do que o Manel que bate na Maria, fixei-me nos casos de que ninguém fala, os que não fazem queixa à polícia, os que não contam nem à própria sombra, os que chamei "os números calados". </div><div style="text-align: justify;">De toda a pesquisa que fiz, não contei uma história verdadeira. São todas ficção, porém as personagens vão parecer-lhes familiares. Uma tia-avó? A vizinha do 2º esq.? O irmão mais velho? Aquele colega de trabalho?<br />Sim.<br />A violência doméstica acontece mesmo debaixo do nosso nariz, aproveita-se do silêncio, vence no medo que a vítima vai tendo de enfrentar ou contrariar a tendência crescente do agressor ou agressora, medra ao mesmo tempo que a inércia, não se compadece de pedidos de perdão e-ai-que-nunca-mais-vou-fazer que só servem para os abusadores ganharem tempo e terreno, porque acreditem - fazem de novo e outras tantas vezes mais sem que a saciedade lhes chegue. Acontece debaixo de telhas bem perto de nós, onde não suspeitamos ou, até mesmo sabendo, não nos metemos porque entre marido e mulher não há quem queira meter a colher. </div><div style="text-align: justify;">Toda esta pesquisa ensinou-me a meter a colher. </div><div style="text-align: justify;">Desde 2010, a reacção a este livro é curiosamente calada. As pessoas não dizem publicamente que o leram, antes contam-me à boca pequena, no silêncio de um longo email como gostaram, aproveitam para contar a sua própria história, a passada e também muitas vezes a presente. Há pessoas que compreenderam que são vítimas ao ler uma história em que se revêem, há pessoas em que pressinto a mensagem verdadeira quando me confessam que não conseguiram ler tudo até ao final e aplicam um determinado motivo para o explicar.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfnSkKTJrSSepKBiBxgBG-Eyfb-FtyflyQZ5iCLHpJam27eUYBzuuhKD8VqWKVoV3zsWEV924QJ0YK0SVk5zXf5sKo5DQFVTH0ejSqKWW4DRgAle0g_Ij-WOwgw7IEixy8xpW7KcH8lpml/s1600/dedicatoria.gif" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfnSkKTJrSSepKBiBxgBG-Eyfb-FtyflyQZ5iCLHpJam27eUYBzuuhKD8VqWKVoV3zsWEV924QJ0YK0SVk5zXf5sKo5DQFVTH0ejSqKWW4DRgAle0g_Ij-WOwgw7IEixy8xpW7KcH8lpml/s1600/dedicatoria.gif" width="400" /></a>Eu compreendo e aceito-o em silêncio. Evito dar conselhos (quem sou eu...?) na verdade para os meus leitores não tenho mais palavras a dizer para além das que escrevi neste livro. </div><div style="text-align: justify;">Mas acreditem, aprendi a comportar-me como cidadã e a perguntar a cada situação que veja na rua com voz bem firme: </div><div style="text-align: justify;">- Precisa de ajuda?<br /><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: right;">Fico muito grata a meus leitores por me continuarem a ler.</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBNdX0X6KNzA1YxfTDGi0EhkRLlKKqcazA4MV1o6Xgj_lkrZ5rNEJJ4lcStfaouszUKz86uToR3K6i9weQi-tQ_42mLn1PigL_LNV-eUN3SXnzf18rK2bg-OyQdSpqmqcxIjAeX9J8YdI/s1600/assinatura.bmp" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: right;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBNdX0X6KNzA1YxfTDGi0EhkRLlKKqcazA4MV1o6Xgj_lkrZ5rNEJJ4lcStfaouszUKz86uToR3K6i9weQi-tQ_42mLn1PigL_LNV-eUN3SXnzf18rK2bg-OyQdSpqmqcxIjAeX9J8YdI/s1600/assinatura.bmp" /></a></div></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiUX6y5QH9jAzB7mSVok7C8jmjNaNJG_BS3WBaPQUWbErhvvp-CRcVigE9MgXT1erzEpSk5bo9-mXZhu8HrV11OxNhz4PL_C-vJL3efRH2pLYz-U6t9KCQxESmhzUiJLfw4F_Z-hjpG_KP/s1600/separador.png"></a><div><br /></div><div><div style="text-align: center;"><br /></div><h1 style="text-align: center;"><span style="color: #349e09; font-family: verdana; font-size: large;"><b><br /></b></span></h1><h1 style="text-align: center;"><span style="color: #349e09; font-family: verdana; font-size: x-large;"><b>Conto "<u>Ou ele ou eu</u>" in Mal Me Quero </b></span></h1><div><span style="color: #349e09; font-family: verdana; font-size: large;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAFz4hQuNrX-fBIilZrXq1_LJMnUTzms4aHb_ZL_YXvj4pkJ6r4SDt0QkR45VCyYt0j4pdFkU25V7AYS9fYht1AlVfVIZbixlO0De0G6KwQ9mNynmG2IDM3kzDMkjw9kji_gQIao6hVt-z/s1600/frase.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAFz4hQuNrX-fBIilZrXq1_LJMnUTzms4aHb_ZL_YXvj4pkJ6r4SDt0QkR45VCyYt0j4pdFkU25V7AYS9fYht1AlVfVIZbixlO0De0G6KwQ9mNynmG2IDM3kzDMkjw9kji_gQIao6hVt-z/s1600/frase.png" /></a></div>
De repente ficou desorientada, como se tivesse tomado consciência do que tinha acabado de fazer. Nunca lhe passara pela cabeça, nem nas ocasiões mais perversas que, um dia, pudesse chegar a este ponto. Mas esse dia era hoje.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4gL0Edz423Xar1JdgiHRxRyq5Uo53yoJAhzcBfUskBCuXz8hc53jhhLpCuPoRn9ahxizDReI5LTZz0c4seWwvNnMgB67B2erdtE27a6YYkraHSrAZ9u8eD4Im5ZZwvAQCnqVPSLUoUAbN/s1600/ele+ou+ela.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4gL0Edz423Xar1JdgiHRxRyq5Uo53yoJAhzcBfUskBCuXz8hc53jhhLpCuPoRn9ahxizDReI5LTZz0c4seWwvNnMgB67B2erdtE27a6YYkraHSrAZ9u8eD4Im5ZZwvAQCnqVPSLUoUAbN/s1600/ele+ou+ela.jpg" width="400" /></a></div>
E agora? Não era alívio o que sentia, tão pouco culpa... como explicar o que não concebia?, uma grande confusão de sentimentos contraditórios. Estaria em choque? Se estivesse, pensava, não seria tão consciente de todos os seus movimentos, pois não? Os que tinha acabado de fazer, os passos que teria forçosamente de executar de seguida, a falta de motivação e o poder irresistível de, por o ter feito, ter mudado todo o curso da sua vida. Arrependimento? Nem sabia. Fora um impulso, a oportunidade surgiu e nem pensou noutra coisa senão... morrer ou matar.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="25" src="//www.youtube.com/embed/jC7Smqxk68A" width="300"></iframe><br /></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não tinha visto toda a sua vida em flash-back como dizem nos livros. Agora sim, as imagens sucediam a uma velocidade vertiginosa: sabia que não tinha pretendido fazê-lo, mas, num momento de loucura, como fora este, teria realmente, por algum segundo, pensado em acabar com todo o seu martírio, ao pegar naquele horrível martelo dos bifes? Outro pesadelo estaria agora a começar, sabia-o bem. A cristalina consciência da sua situação era tão evidente quanto veloz: não parava de pensar que, provavelmente, estaria em estado de choque.<br />
Olhou para o vaso derrubado com petúnias que tinha comprado para o jardim, havia terra por todo o lado. Se num primeiro impulso pensou em levantar a planta e limpar a terra, no seguinte, recordou os filmes da TV, em que não se devia mexer no local do crime. Crime...? Cometera um crime, sim! Ela perpetrara o mais terrível delito: matara uma pessoa, a mesma a quem prometera amar, respeitar, estar ao lado na saúde e na doença, até que a morte os separasse...</div>
<div style="text-align: justify;">
Seria presa, certamente. Quem iria acreditar na sua palavra se alegasse legítima defesa? Ninguém nunca iria crer que, logo eles os dois, tinham um casamento onde imperava o medo, o cinismo, a dissimulação. </div>
<div style="text-align: justify;">
E sim, a cobardia. </div>
<div style="text-align: justify;">
A dele, por a atingir a cada olhar, a cada ameaça, a cada murro.
A sua, por o esconder, o encobrir e o perdoar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda a limpar as mãos na toalha da cozinha, cuidou que o tinha visto respirar. O peito parecia que subia e descia! Aproximou-se a medo. Lembrou-se quando, em pequena, viu um morto num acidente de viação, também o peito dele subia e descia e nem estava no estado que o marido estava... Impossível estar vivo com a cara naquele estado! Deu-lhe um pontapé no pé. Morto. Só podia ser algum reflexo involuntário, alucinação sua, uma brincadeira de mau gosto da sua mente. </div>
<div style="text-align: justify;">
Seria presa, decididamente. Fugir não era opção. Só foge quem quer escapar de algo que fez de errado. Teria sido assim tão errado matá-lo? Ele ia matá-la, senão desta vez, da próxima, ou na seguinte. Sabia, havia muito tempo, que eventualmente morreria às suas mãos. Seria tão errado não querer para si esse fim? Seria assim tão errado querer viver?, fugir desse filme de terror em que se transformara o lindo romance de amor que deveria ser o seu casamento?, se não vivessem todas sempre à espera do príncipe e do cavalo branco, pensava, talvez as expectativas não fossem tão altas, quiçá, tendo fechado o canal cor-de-rosa, pudessem avistar um calhorda na roupagem alva logo à distância!</div>
<div style="text-align: justify;">
Devagar, tacteou a cara. Conseguia ver as suas próprias bochechas, devia estar jeitosa... a toalha húmida soube-lhe bem no rosto dorido. </div>
<div style="text-align: justify;">
Porque é que permitiu tanto? Porque é que perdoou tanto? Podia ter acabado as coisas antes do casamento. Sim, naquele longínquo dia, devia ter percebido que não se iria meter em coisa boa, mas já tinham comprado a casa, os convites já tinham sido enviados e os sofás eram tão bonitos... hoje parecia-lhe uma futilidade de motivos, mas percebia agora, claramente, que já era o medo a nidificar em todos os poros do seu ser, serenamente, sem permissão, sem deixar sinal, a impossibilitá-la de pensar no assunto, de reagir. Podia ter sido no dia do casamento, quando o seu antigo namorado telefonou e lhe pediu para não o fazer, podia ter sido no primeiro dia em que a desancou sem motivo, podia ter sido... ontem!, mas nunca conseguiu verdadeiramente pressionar o botão agir... Mas, seria preciso matá-lo? Seria. Mil vezes, seria! Jamais teve ou teria coragem de mexer-se! Jamais respondeu empregando semelhante tom, nunca virou ou viraria as costas, nem tentou ou tentaria argumentar, fugir então...</div>
<div style="text-align: justify;">
Aproximou-se. Mortinho da silva! Agora não a atingiria. Aproximou-se mais um pouco. Tentou decifrar o significado da expressão intacta no lado direito do rosto desfigurado. Estranheza? Pasmo? Estupefacção? Não. Não era isso. Era... sim, era medo! </div>
<div style="text-align: justify;">
Ele tinha sentido, no último momento da sua vida, medo dela. Ele tinha tido medo!
A primeira sensação foi sentir-se vingada, mas não era bem um gosto a vitória, sabia a amargo. Veio a tristeza. Ele tinha uma cara tão bonita, a mãezinha dele, sua sogra querida, nunca a perdoaria... </div>
<div style="text-align: justify;">
A euforia. Precisava de ajuda... não sabia como ou o que fazer, para onde ir ou ligar, mas... ele estava ali, no chão, caído, ela matara-o, mortinho, matado!</div>
<div style="text-align: justify;">
Era tão frágil a vida humana, um gesto, num ápice e ceifa-se uma vida. A poça de sangue escuro nauseava-a. Limpava continuadamente as mãos ao pano. Nunca pensara deveras quão precária pode ser a existência do ser humano. Num ápice azarado, podemos apanhar com o vaso do inquilino do segundo esquerdo que, sem se dar conta, sacode despreocupadamente um tapete, ou inocentemente atravessar uma estrada no momento errado, em que um condutor zeloso, para se afastar da clássica situação, a criancinha que corre atrás da bola, vira repentinamente e, ao escolher a direcção contrária, atinge-nos sem sentido, ou então, pode simplesmente acontecer, como hoje, quando a nossa cara-metade nos faz a cara em metade. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tão forte que ele era, pensa, tão fácil que foi. Acabou. Mal, ele não lhe faz mais! Acabou. Respira profundamente. Passa as mãos pelo cabelo, afastando-o do rosto dorido. Está horrorizada com o formato inócuo e desresponsabilizado que todo o seu ser parece adoptar em relação ao que acabou de causar, a facilidade com que o fez, a displicência de quem não tem nada a fazer ali, contudo, no mesmíssimo segundo, sabe e sente a culpabilidade, aguarda a punição, a espera: foi um acto que não tem desculpa possível, nem sequer a do instinto de sobrevivência, de ter estado a lutar para salvar a sua própria vida. Nunca deveria ter permitido que o rumo dos acontecimentos tomassem o leme na sua existência, devia ter feito... poderia ter feito tanto! </div>
<div style="text-align: justify;">
Pensou na mãe, na sua mãe, no que sentiria quando lhe dessem a notícia, como reagiria quando a soubesse presa? No emprego, certamente iriam preencher o seu lugar quando a soubessem uma assassina! Os amigos, os vizinhos, o que iriam dizer? </div>
<div style="text-align: justify;">
Foi até à janela e ficou a olhar as gotas de chuva que escorriam pela vidraça. Amanhecera. Caía uma chuvada valente de pingos grossos. Abriu a janela para escutá-la melhor. Sorriu ao cheiro bom de terra molhada. Aspirou-o profundamente, como que a degustar o seu novo momento. Paz...? Estranhamente, não tinha vontade de chorar, como, achava, seria normal acontecer. Engoliu em seco, doeu-lhe a garganta. Veio-lhe à lembrança as mãos bojudas em torno do seu pescoço, a correria pela casa... olhou em volta – parecia o cenário de uma guerra. Não era o que tinha sido? Desta vez tinha lutado firmemente, não se resignara em apanhar umas biqueiradas placidamente, como se a reacção tivesse sido mandada de folga, desta vez reagiu! O seu marido tinha ficado atónito com a primeira caçarolada na cara, nunca o havia feito e apanhou-o desprevenido. Acto contínuo, como seria bom de ver, ficou mais violento, bateu-lhe com as duas mãos bem abertas, como tão bem fazia, mas, desta vez esqueceu a precaução de não a marcar no rosto e bateu até a ver com a cara num bolo. Devagar, tacteou de novo a cara. Incomodava-a o inchaço, poder ver as próprias bochechas... </div>
<div style="text-align: justify;">
Recordou esse instante... Sim, claro!, ela não tinha tido a intenção de o matar! Fechou a janela e voltou a olhar para aquele corpo inerte. Chegou bem perto e afastou-lhe a franja no lado intacto da cara. Amava-o apesar dos pesares... Ele parara de bater, olhou-a no rosto e viu o que tinha feito: ela achou que tinha terminado a investida do dia. Já suspirava de alívio quando sentiu que ele abrira a gaveta dos talheres e, enquanto remexia, ameaçava: <i>“Achas bem a colher de pau, querida? Já estão fora de moda! Hoje vou usar uma faca, ou preferes um martelo, não deve ser giro?” </i></div>
<div style="text-align: justify;">
Não fora nada giro. Inicialmente apenas fugira, quando encurralada, ela ainda achara que não a iria matar, apenas a queria intimidar, era o costume, este era apenas um novo instrumento, mas um brilho novo no seu olhar que, momentânea e estupidamente, a fez lembrar o capitão Gancho, assustou-a. Era desta! O seu inferno ia ter um fim. Gritou. Gritou muito alto. Ele tapou-lhe a boca. Ela nunca gritava, e os vizinhos?! </div>
<div style="text-align: justify;">
Fora aquele o instante. O martelo deposto ali ao lado... <i>nunca mais... nunca mais... nunca mais... nunca mais me tocas... nunca mais me bates</i>. – Murmurara a cada investida. </div>
<div style="text-align: justify;">
O céu estava carregado. Ia ser outro dia de chuva forte, tinham dado trovoada. </div>
<div style="text-align: justify;">
- ‘Tá lá? É do 112? Olhe, desculpe, mas eu matei o meu marido. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div><br style="text-align: left;" /><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div></div>
</div></div>Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-50549297943183229342020-10-25T00:00:00.002+01:002020-10-25T14:07:45.649+00:00A hora do nada <div style="text-align: justify;">Sempre que acontece a mudança de hora, em que recuamos uma hora nos nossos relógios, nas nossas vidas, a minha imaginação dispara nas múltiplas possibilidades do que pode ou não acontecer a cada um de nós numa hora que não existe e que de uma forma utópica mude a forma de estar e ser para sempre. É claro que esse momento nos pode surgir em qualquer hora de nossas vidas, mas muito mais poético se for naquela hora mágica que só se designou (não) existir uma vez por ano, poético e definitivamente uma excepcional história para, um dia contar aos seus netos. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpmIWdZMwsIcFlEF0eGEZf96HnI0k4jf7Skc7cEIkGtjd3Bx587YimIjjphQZ1r1wTs0XEL_bOUn6CVoK0RLL7-r7ML3qjYrgGXPABxQ2Sg5Z-33cT6NKNXYJ-bZoDQF0KTXQl9bWgPlI/s1000/Mockups_mal_me_quero.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="819" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpmIWdZMwsIcFlEF0eGEZf96HnI0k4jf7Skc7cEIkGtjd3Bx587YimIjjphQZ1r1wTs0XEL_bOUn6CVoK0RLL7-r7ML3qjYrgGXPABxQ2Sg5Z-33cT6NKNXYJ-bZoDQF0KTXQl9bWgPlI/s320/Mockups_mal_me_quero.png" /></a></div>Não seria o caso de Sandrine, se fosse o caso desta minha personagem de livro ser real. É uma das muitas caras sem rosto que dão cor ao meu livro "Mal Me Quero" que sendo um romance de ficção, aborda realidades vividas por muitas Marias e Sandrines. Nem sempre mulheres, nem sempre Marias, e sim, também o reforço no meu livro com personagens masculinas, apesar de o rosto mais visível da vítima da violência doméstica seja o feminino.<br />
Deixo-vos com a Sandrine, quiçá para ser lido na hora do nada deste ano, acompanhado pelo som de Billy Joel - num dos contos deste meu livro de ficção (que pode ser tão real, silenciada debaixo das telhas de cada casa) "<a href="http://anamartinscom.blogspot.com/p/livros.html">MAL ME QUERO</a>" - páginas 53 a 56 - "A hora do nada". </div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="48" src="https://www.youtube.com/embed/gI-7lvnAlYw" width="320" youtube-src-id="gI-7lvnAlYw"></iframe><br /><br /><a href="https://www.youtube.com/watch?v=gI-7lvnAlYw&ab_channel=333shouichi" target="_blank">Billy Joel - She's always a woman to me</a></div>
<div style="text-align: center;"><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqXYTZ8WDLFJR3QQxK0GukTd0YXbWmiaz2lCfGbdlcRLSuXxqtYX7SbJ0pyZhgwzbLKtP14IPx-KJU6MrlVL27M0va5aVZFnl_CX8YvuG8dj8O00xWXGU6ijVGAaBPB950xQPLbSJi0rk/s1600/AO.site.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqXYTZ8WDLFJR3QQxK0GukTd0YXbWmiaz2lCfGbdlcRLSuXxqtYX7SbJ0pyZhgwzbLKtP14IPx-KJU6MrlVL27M0va5aVZFnl_CX8YvuG8dj8O00xWXGU6ijVGAaBPB950xQPLbSJi0rk/s640/AO.site.png" width="33" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #38761d; font-size: x-large;"><b>A Hora do Nada</b></span><br />
<div>
<br /></div>
</div>
Sandrine convenceu-se que não tinha acontecido. Até porque fora só daquela vez e aquela vez não tinha existido.</div>
<div style="text-align: justify;">
Engraçado os mecanismos que a nossa cabeça arranja para se defender do lixo mental que não queremos ver, ouvir, cheirar, sentir, menos ainda saborear.</div>
<div style="text-align: justify;">
O Ruben tinha aquele hábito horrível de beber bagaço com a bica do jantar. O pai dela também o fazia, quando imigraram para França, dizia sentir-se mais português por comer bacalhau, chouriças e beber bagaço. Esse era um fedor que se lhe entranhava nas roupas, junto com esse, o do tabaco dos outros da taberna, entrava pela cama lavada a cheirar a alfazema e roubava-lhe o odor a casamento feliz que tanto queria sustentar.</div>
<div style="text-align: justify;">
A mãe e o pai ainda tinham um casamento composto, tinham lá as suas coisas, mas qual o casal que não as tem? Viria a ser assim com o Ruben também. Era um bom homem, amigo de trabalhar, um bocado rude devido à educação que tinha tido. A princípio, quando vinha nas férias, até o achara peculiar e pensava que se poliria com o tempo, o convívio e o ficarem juntos em Portugal.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas era o Portugal dele. Não o seu. Não agora.</div>
<div style="text-align: justify;">
O marido era de perto da terra dos seus pais, uma zona de quintas bem perto de Lisboa. Visitavam os avós todos os verões, no mês habitual e o namoro com o moço despontou. Coisa de miúdos, quando se encontravam nos passeios de bicicleta, pelas pequenas florestas onde depois brincavam. Sandrine recordava-se sempre das histórias de bruxas quando passava por lá, devido ao marulhar esfregadiço das folhas quando havia vento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj39zZeYNvwu5JcRduvZoCZoAzeu8aOqtL6CoL2OPsEl1vFruMXBELrHPiFIm0n1ZV5AMhyphenhyphenMUFulgHi021ezdJDjFVPsjefzCH2kjAeRmXukZxOstPuEsnlQNILYrhhFxJNrqi8vu2C410/s1600/alfazema1.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="155" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj39zZeYNvwu5JcRduvZoCZoAzeu8aOqtL6CoL2OPsEl1vFruMXBELrHPiFIm0n1ZV5AMhyphenhyphenMUFulgHi021ezdJDjFVPsjefzCH2kjAeRmXukZxOstPuEsnlQNILYrhhFxJNrqi8vu2C410/s200/alfazema1.jpg" width="200" /></a>Só nos seus 16 anos levararam o namorico da menina mais a sério num amargo fim de Agosto: Sandrine não queria, porque não queria voltar à França deles e pedia: porque não ficava a viver com os avós? Nascera lá, mas o coraçãozinho de jovem ficara só às últimas chuvadas de Verão porque os pais não permitiram que a sua menina de ouro interrompesse a escola e o sonho de a vir a tornar alguém na vida. A promessa de trabalho dos tios do marido, o sonho adolescente de um casamento perfeito e um irredutível Ruben de mochila às costas frente à casa dos pais sem aviso prévio, fizeram-na deixar os pais aos dezoito anos e vir para uma terra que nunca viria a sentir sua.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Três filhas depois sentia-se sugada, estupidificando a cada dia, numa casa sem graça no bairro escuro, como se um vagaroso torpor tomasse lugar da menina inteligente para os livros de escola, enquanto a sua bicicleta enferrujava nas traseiras do quintal.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aquela noite não tinha existido. Não naquele momento mágico em que a hora de Inverno anda para trás e por isso mesmo nada tinha acontecido. Todos os dias pensava nisso e tentava focar-se apenas na ideia da hora que não tinha acontecido, por isso era tão fácil convencer-se! Contudo, nada ficou igual depois dessa hora em que nada, mas tudo aconteceu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Ruben chegou da taberna tarde como vinha sendo habitual. Estranhou quando o ouviu dar uma volta na fechadura da porta do quarto, apenas cerrou mais os olhos, encostou o nariz no lençol e fingiu dormir, como já se tornara seu hábito, tentando reter a lavanda nas suas narinas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Só teve tempo de estranhar ele não se sentar pesadamente do outro lado da cama e atirar com as botas sem pensar que por baixo dormiam vizinhos: Estava do seu lado da cama e...</div>
<div style="text-align: justify;">
Pôs as mãos dentro da sua camisa de dormir e... fez o que não lhe foi muito confortável.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sabia o nome da coisa, porque tinha dito veemente e repetidamente NÃO.</div>
<div style="text-align: justify;">
Honoré de Balzac dizia «Pode-se perdoar, mas esquecer, isso, é impossível.» Sandrine tentava esquecer, tentava ferozmente esquecer, sem se dar conta que nem perdoar conseguia. Talvez o que mais lhe custava desculpar fosse aquele momento, logo no início, quando se debateu, fechou as pernas e disse, “NÃO FAÇAS ISSO”, a valente chapada na cara e aquela voz bagacenta a ordenar: “ESTÁ QUIETA!”</div>
<div style="text-align: justify;">
Está quieta...?</div>
<div style="text-align: justify;">
Como se não fosse dona do seu ser, do seu querer ou não querer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não se ajeitou, tão pouco lhe facilitou a coisa. Parvamente recorda quando, desesperada, olhou para cima e na escuridão do quarto viu o neon da luz do despertador e se recordou que teria de mudar a hora.</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois...</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando ele saiu para o toillete, rolou na cama e limpando as lágrimas com o pulso dorido, recuou a hora do despertador. Esboçou um sorriso tonto e tentou evadir-se para o campo ensolarado lilás da plantação de alfazema que havia na propriedade onde os pais trabalhavam na sua França enquanto apertava o relógio contra si. Foi a primeira vez que lhe ocorreu esse pensamento a que se agarrava até hoje: A hora do nada. Porque se não existira, logo, nada se passara!</div>
<div style="text-align: justify;">
Havia ocasiões em que ponderava e a culpa era dela. Era um dever conjugal a que se esquivava frequentemente quando o Ruben bebia e, verdade se diga, recusava muito. Não suportava aquele cheiro a entrar-lhe pelas narinas e a bloquear-lhe a líbido. Era mais fácil fingir que dormia e dormia muito.</div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca falaram sobre aquela noite.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele solicitava e ela não se debatia. Assim. Função cumprida. Todos os dias.</div>
<div style="text-align: justify;">
Até que uma noite – daquelas em que Sandrine agora dormia mesmo muito com uns comprimidos que, entretanto, comprara – acordou e não o sentiu na cama a seu lado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Nessa noite em vez de sentir alívio por ele não estar a seu lado... gelou.</div>
<div style="text-align: justify;">
As meninas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sorrateiramente foi espreitar o que podia estar a acontecer, mas um sonoro sopro anal vindo do toillete anunciou a localização de Ruben.</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivg5m8OCOzXdAaXOG4glYwvIRWf6qyPCLSHglC60Ryj6WYzpMMJcmqlIm8A-IM_Vt7eG3M_bGJh1TqF7THfk4NBsjPhAq9gh56o9SUa4bm91cKBzZLnCvjGFR6tlor3hHdY1KeV-5nHZs/s1600/alfazema.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivg5m8OCOzXdAaXOG4glYwvIRWf6qyPCLSHglC60Ryj6WYzpMMJcmqlIm8A-IM_Vt7eG3M_bGJh1TqF7THfk4NBsjPhAq9gh56o9SUa4bm91cKBzZLnCvjGFR6tlor3hHdY1KeV-5nHZs/s200/alfazema.jpg" width="200" /></a>Entrou no quarto das meninas e foi beijar e aconchegar uma a uma no soninho descansado. Cheirinho a Alfazema. Perfumava-as sempre depois do banho antes de as deitar. E se... Não. NÃO!</div>
<div style="text-align: justify;">
Sabia que no bairro havia uma Associação de Imigrantes. Sabia que eram bastante activos com a população em perigo, não iriam negar ajuda a uma mãe com três filhas, como tinha conhecimento não negavam a ninguém. Uma vizinha cabo-verdiana perto dela andava a ser ajudava por esses senhores da associação, a outra família lá além também e percebia claramente tanto empenho e dedicação.</div>
<div style="text-align: justify;">
Deu duas voltas à chave do quarto das meninas e deitou-se na cama com a mais pequenita. Inspirou bem profundamente o ar impregnado de lavanda.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não pensou no que tinha de comprar na mercearia na manhã seguinte: Mentalmente soube onde iria assim o sol amanhecesse. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5U1_c2cPd4Xqf5ZcR6vzmqtchru1EkKXTyf9r7Tws8GsvVGkSZAAj0OfBzg-HbWT_Qep9rqlAQw6eFb9yD3DlYdpdwtSwdtxGMG3OeduAwx7QCbTwdC7jJ0SyqRO0rZ_ztmlzLpye0_0/s1600/risco+de+ganga.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5U1_c2cPd4Xqf5ZcR6vzmqtchru1EkKXTyf9r7Tws8GsvVGkSZAAj0OfBzg-HbWT_Qep9rqlAQw6eFb9yD3DlYdpdwtSwdtxGMG3OeduAwx7QCbTwdC7jJ0SyqRO0rZ_ztmlzLpye0_0/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-64489526944647361072020-05-15T09:21:00.000+01:002020-05-15T09:21:04.509+01:00novos livros para a sua mesa de cabeceira <div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrHJZvCJMS4-WvC7WgiZxiFwt8z4J6pwKJNpHm8R32lCLh3W0myAZmLs_LKt7C22GjWJiwjUYIJjJSKs3YcqFgkuOvzdboyF1vKWmZybu93ftRzK8ukkTvre9rfqs8e6-g12msDX2qJ6w/s1600/faixa_Azul_novidades.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="1600" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrHJZvCJMS4-WvC7WgiZxiFwt8z4J6pwKJNpHm8R32lCLh3W0myAZmLs_LKt7C22GjWJiwjUYIJjJSKs3YcqFgkuOvzdboyF1vKWmZybu93ftRzK8ukkTvre9rfqs8e6-g12msDX2qJ6w/s400/faixa_Azul_novidades.png" width="400" /></a><span style="text-align: justify;"></span><br />
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;">Ana Martins regressa com todos os seus romances, agora com preço reduzido. </span></div>
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;"><b style="background-color: white;"><span style="color: #0b5394; font-size: x-large;"> 10 euros </span></b></span></div>
</div>
</div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis3IpXCHYKXhBm2mCgpfTI17O5JzOKUa29Bg1U4nzs6Mjhsibr7IdOKO-RlyHJBzq8u13YMyX7a9aCf_VReINheJEY6j6bBtylATZctPp242DDZ2_HS7XFAvRBolwUhC-mirARbGC0nJY/s1600/IMG-4383.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="709" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis3IpXCHYKXhBm2mCgpfTI17O5JzOKUa29Bg1U4nzs6Mjhsibr7IdOKO-RlyHJBzq8u13YMyX7a9aCf_VReINheJEY6j6bBtylATZctPp242DDZ2_HS7XFAvRBolwUhC-mirARbGC0nJY/s640/IMG-4383.JPG" width="282" /></a></div>
<div style="text-align: start;">
<br />
<span style="color: #0b5394;">Em tempo de pandemia receba os livros na sua casa em segurança e autografados. </span><br />
<br />
<br />
<span style="color: #0b5394;">É simples.</span><br />
<span style="color: #0b5394;">Contacte-me.</span><br />
<div>
<span style="color: #0b5394;">Por mensagem ou <a href="mailto:anamartins.com@gmail.com" target="_blank">e-mail</a> </span></div>
<div>
<span style="color: #0b5394;"><br /></span>
<span style="color: #0b5394;"><br /></span></div>
<div>
<span style="color: #0b5394;">Se já leu, escreva-me, qual foi o seu preferido?</span></div>
<div>
<span style="color: #0b5394;"><br /></span>
<span style="color: #0b5394;"><br /></span></div>
<div>
<span style="color: #0b5394;">Mais detalhes abaixo </span>🔽</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
</div>
<div style="text-align: start;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSwoJheiq0VlMnxwe0umEVg6vTk-zTD2dCpBwI9cgtKV2SL2ORt7ikvhTdJVWqltNZeb27Jo_0CbETqCx_etJmZSbSca_g-qMEkJeAMJxoiIY14yUPMDmIwX6VLY4HbXWChuvgPdEuMB4/s1600/Titulo2.png" imageanchor="1" style="clear: right; display: inline; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="173" data-original-width="1600" height="68" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSwoJheiq0VlMnxwe0umEVg6vTk-zTD2dCpBwI9cgtKV2SL2ORt7ikvhTdJVWqltNZeb27Jo_0CbETqCx_etJmZSbSca_g-qMEkJeAMJxoiIY14yUPMDmIwX6VLY4HbXWChuvgPdEuMB4/s640/Titulo2.png" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWY0t0Ev2mxw6tzO-G_nMy6U0zADrYXBcm8GejAhDhdjJ9UDTJy74rNGvozfgZoyL7ENiSMMaYPAz2ngkQ4qc_5w8pkI0n07GsbxWNAyY5XFzNUd7uIwqevIi7csYpNrtEFbvPlOHKYoM/s1600/Pref%25C3%25A1cio+Tom%25C3%25A9+Pires.png" imageanchor="1"><img border="0" data-original-height="1139" data-original-width="1224" height="595" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWY0t0Ev2mxw6tzO-G_nMy6U0zADrYXBcm8GejAhDhdjJ9UDTJy74rNGvozfgZoyL7ENiSMMaYPAz2ngkQ4qc_5w8pkI0n07GsbxWNAyY5XFzNUd7uIwqevIi7csYpNrtEFbvPlOHKYoM/s640/Pref%25C3%25A1cio+Tom%25C3%25A9+Pires.png" width="640" /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc7X6kmTtHQma7pnZExHGjLG609n06ImZNd77YA881aDpubnuOlZubu6BfzpTSV1dJEXvzJREwjiIJ-IPx4VgcjZtRl9Lpk6vnbC-tSvRB6t3v9Rg7xYv_xMBKLN3fN6ToqHfUQiuWXYs/s1600/Mockup+Azul+e+branco+a%25CC%2580s+riscas.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1226" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc7X6kmTtHQma7pnZExHGjLG609n06ImZNd77YA881aDpubnuOlZubu6BfzpTSV1dJEXvzJREwjiIJ-IPx4VgcjZtRl9Lpk6vnbC-tSvRB6t3v9Rg7xYv_xMBKLN3fN6ToqHfUQiuWXYs/s400/Mockup+Azul+e+branco+a%25CC%2580s+riscas.png" width="306" /></a><span style="text-align: justify;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #0b5394; font-size: large;"><b>O livro da maturidade e do amor </b></span></div>
<br />
Ana Martins escreveu um verdadeiro «thriller» do amor e da felicidade que se desenrola entre Lisboa e o Alentejo.
Uma história a saborear para esquecer a dureza dos tempos.
Um livro azul e branco, mas não cor-de-rosa, repleto de Alentejo: com humanidade, sotaques, gastronomia, paisagens vislumbradas, e mesmo uma banda sonora.
Um livro para escutar, sobretudo o coração das personagens: Ana Martins adora tanto as suas personagens que nós acreditamos quase no impossível.
Um livro cheio de amizade, de bom senso e de sentido da vida.
«Foi Flora que conseguiu falar em primeiro lugar: - Adoro como o Universo nos põe no momento certo com as pessoas certas sem nos darmos conta!»
Este livro fala-nos e gostaríamos de responder.
</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: start;">
<span style="text-align: justify;"><br /></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyVAPCjWaxo7nB3ssu3E-tpPTbVCsLx8gomktkACq0sKX4rJv3d1JcoO_7rQHWUcVY1Zl1UKRNiMZKoZnMGwDJNMoR8vTNXwDaSs6snGA-xJ1L95TlS-yx_jikOTJCDLNMvD88IMBERtk/s1600/Ao+km+32.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="241" data-original-width="1153" height="65" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyVAPCjWaxo7nB3ssu3E-tpPTbVCsLx8gomktkACq0sKX4rJv3d1JcoO_7rQHWUcVY1Zl1UKRNiMZKoZnMGwDJNMoR8vTNXwDaSs6snGA-xJ1L95TlS-yx_jikOTJCDLNMvD88IMBERtk/s320/Ao+km+32.png" width="320" /></a><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ3pvcyMoAVcv1TNUpoUkCdc6GtNexsRjud8lls7i1y-FpgBDMkHXYT4htBxcpHQAh93fsZN8pTpJ0Lg-iD7pP4j7b1QSiFi4wBIrVBGWVPgQ3LeyRjxgM5_ESkn8vGH7Zfg3frTyzEf0/s1600/pref%25C3%25A1cio+Ao+Km+32.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="835" data-original-width="1085" height="490" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ3pvcyMoAVcv1TNUpoUkCdc6GtNexsRjud8lls7i1y-FpgBDMkHXYT4htBxcpHQAh93fsZN8pTpJ0Lg-iD7pP4j7b1QSiFi4wBIrVBGWVPgQ3LeyRjxgM5_ESkn8vGH7Zfg3frTyzEf0/s640/pref%25C3%25A1cio+Ao+Km+32.png" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: start;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY_aXs0ZckMY-dme-fo1g7y6SbhyphenhyphenR10v2A4rNt3_RX93wHKbbLmjMoDjJT_QHU4pc67CCmcrtdxVLOwnWECW-otMUn_FOYdCXA9-RnDLtr9BmItcQ20f99Vy5FFqL0ThhC7YXnUcXZh4Y/s1600/capa+do+livro+Ao+km+32.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="968" data-original-width="766" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY_aXs0ZckMY-dme-fo1g7y6SbhyphenhyphenR10v2A4rNt3_RX93wHKbbLmjMoDjJT_QHU4pc67CCmcrtdxVLOwnWECW-otMUn_FOYdCXA9-RnDLtr9BmItcQ20f99Vy5FFqL0ThhC7YXnUcXZh4Y/s320/capa+do+livro+Ao+km+32.jpg" width="253" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
O livro “Ao km 32” conta, através da história de amor das personagens Hala e Wael a guerra na Síria, e mais do que o drama dos refugiados que se vê na TV ou se lê nos Media, a autora aborda com elegância e subtileza o que não se vê, o não se conta: tráfico humano e de órgãos, as controversas travessias de barco para as praias gregas, dá-nos conta da fuga pela vida até à liberdade, da busca dos que estão bem pelos seus desaparecidos, a superação para além de todas as adversidades, sem nunca perder o prumo de conseguir contar a guerra com amor. "Ao Km 32" é, acima de tudo, uma história com muito amor: é através do namoro de sentir absoluto de Hala e Wael que a autora nos conta a guerra, tira-nos o fôlego numa criativa maratona de emoções até ao desfecho, traz-nos um romance apaixonado que começa e termina com a mesma palavra: AMOR! </div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="819" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj41v4f6UBh0ZIdJVKQ2dl1bHaJ0iq1TeAA8QFTv8fftAIrdOgVva-DmVsjcLHz0vWTGyDSeYvhAXx4E_f7YdOl7WCyRhVKV0pS5nC_NFZA8q5B3Zr2yFK8zj2k4z9F_mdy9lEAWwpLSvk/s320/Mockups_mal_me_quero.png" width="262" /></div>
<br />
<div style="margin: 0px;">
<div style="text-align: left;">
</div>
</div>
<br />
<b></b></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<b style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-size: x-large;">Mal Me Quero </span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Violência doméstica não é só quando o clube perde e o Manel bate na Maria! Cada conto deste livro é pura ficção, se alguma personagem, evento ou circunstância lhe parecer familiar, não é pura coincidência, é apenas porque as histórias aqui contadas – contos curtos, incisivos e perturbadores – realmente acontecem. Ao nosso lado, debaixo do nosso nariz, onde menos esperamos, da forma mais perniciosa e inesperada. </div>
<div style="text-align: justify;">
Para além do mal querer de qualquer vítima, há e haverá sempre, a perene certeza que existe o momento de dizer: BASTA!<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLRNmQ5DBypQ89-ulg44ww2W10B46l_Ca3KjJesSbZrWwuzyvE41Si8HmGMJFgrJg1XcSipnNv6hg4pjZBS6MUJqT_o42QywpNg5GcXnmSgPoAjlIlh9GOEkXOkrxrhGUnDgI-iPbPsaE/s1600/Mockup_Evo.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="899" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLRNmQ5DBypQ89-ulg44ww2W10B46l_Ca3KjJesSbZrWwuzyvE41Si8HmGMJFgrJg1XcSipnNv6hg4pjZBS6MUJqT_o42QywpNg5GcXnmSgPoAjlIlh9GOEkXOkrxrhGUnDgI-iPbPsaE/s320/Mockup_Evo.png" width="239" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: #0b5394;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">Evo </span><span style="font-size: large;">(ou amar para sempre) </span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">(esgotado, disponível em ebook) </span></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
Sendo Evo cronologicamente o primeiro livro de Ana Martins, contam os amigos que decidiu guardá-lo, evitando publicar até um improvável dia mais tarde na vida. Décadas depois resolve, sem mexer no texto inicial, dar-lhe uma roupagem de contemporaneidade ao juntar um inusitado narrador que abraça e respeita o que a menina escreveu, mas nos revela com mestria a mulher que hoje escreve.</div>
<div style="text-align: justify;">
Honrando os amigos que sempre lhe disseram para o publicar, além de finalmente aceitar o pedido (e de lhes dedicar o livro), desafia-os: Uma frase sobre o Evo. As respostas foram todas céleres e emotivas – partilhadas agora com todos os leitores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdr9hEO2yanmvJ0hLvY3Lv09VoTWn8VaTmdVcgwHUqNeBviNNnYrQw5_BXM6Z9HLIAwvsLDfCMJtTY7cWSJbvgKxFjb6cC90XcbATzYiFNGBZl51H9Xa5kCmjF9vfMa0a64hNheon1rfU/s1600/Mockups_autista_quem_eu.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; font-weight: 700; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="819" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdr9hEO2yanmvJ0hLvY3Lv09VoTWn8VaTmdVcgwHUqNeBviNNnYrQw5_BXM6Z9HLIAwvsLDfCMJtTY7cWSJbvgKxFjb6cC90XcbATzYiFNGBZl51H9Xa5kCmjF9vfMa0a64hNheon1rfU/s320/Mockups_autista_quem_eu.png" width="262" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><span class="Apple-style-span" style="color: #0b5394; font-size: x-large;">Autista, quem...? Eu? </span></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">(esgotado, disponível em ebook) </span></b></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Autismo, esse fantasma que assombra e ao mesmo tempo ilumina as vidas que vai tocando. Viver com o autismo é uma fonte constante de sobressalto e criatividade que a Autora retrata através da descrição do narrador.<br />
<br />
SINOPSE<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E se um primeiro emprego, temporário, lhe modificasse a vida? Quando Xavier Duarte, 22 anos, aceita ser baby-sitter de uma criança autista jamais imaginava que iria entrar num mundo completamente diferente. Desconhecedor das acções, reacções, motivações e obsessões que movem uma criança autista, Xavier vê-se confrontado com emoções contraditórias. De um modo inteligente, a autora, Ana Martins, faz-nos entrar na pele desta personagem levando-nos a sentir, à medida que viramos cada página deste livro, um mundo enigmático, poético e, sobretudo, desconcertante.<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc2dq45pbct0izpt0h7XE2CvEMpILzJ3uAQ5xlbetG1FIvQsFzQWfB9Z6nK4af4jfrQ3wLtdbfQ5zP1s5tWxtdtRhPVQSJ5kkwN3xCTIiliZpu8D2PwF47soDWLJXCfcrKATcK6qEtxV8/s1600/Mockups_contos_verao.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="819" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc2dq45pbct0izpt0h7XE2CvEMpILzJ3uAQ5xlbetG1FIvQsFzQWfB9Z6nK4af4jfrQ3wLtdbfQ5zP1s5tWxtdtRhPVQSJ5kkwN3xCTIiliZpu8D2PwF47soDWLJXCfcrKATcK6qEtxV8/s320/Mockups_contos_verao.png" width="262" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: #0b5394;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;"><span style="color: #0b5394;">Contos de Verão</span> </span></b></div>
<br />
Colectânea de contos publicado no âmbito de um concurso da Editora Coolbooks. Os melhores 30 autores seriam publicados. Eu ganhei com dois contos sendo assim o livro publicado com 29 autores.<br />
<br />
Promessas de Verão<br />
Miguel e o Sol<br />
<br />
Este livro já não se encontra disponível uma vez que a editora foi comprada e o stock existente infelizmente foi para pasta de papel. Aparentemente pratica comum que me desagrada profundamente. Poderiam ter sido oferecidos a bibliotecas escolares!<br />
Contudo nem tudo fica perdido, decidi colocar os dois contos disponíveis para leitura neste site -- <a href="http://anamartinscom.blogspot.pt/p/ler.html" target="_blank">clique aqui</a> --<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsGvEm5EiPHAG735W_6V4gB3xug8_TZ-dX63LdY3r1IIl_w7ASUhAEM9JReZuzvqpgtNZF2M29y3Mo1BDcISGGztKQp_EEDAXrK8GgfhZQeScgq3V1ESS3fITw6Wn6M1AyTfezCnJgrD0/s1600/risco+de+ganga.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsGvEm5EiPHAG735W_6V4gB3xug8_TZ-dX63LdY3r1IIl_w7ASUhAEM9JReZuzvqpgtNZF2M29y3Mo1BDcISGGztKQp_EEDAXrK8GgfhZQeScgq3V1ESS3fITw6Wn6M1AyTfezCnJgrD0/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8h3ucxJjnOIS8FXs580mWW7xa_ytAm_w7TayaHRg94eeeQbEKwOBPyvMHPULZvfXGj8YWpXuX3mfkpWLCyA0JeFN8geX6E4e-6vt729R93qIBnBq0EqrzncpzfKXoyeTlQK4GSCBoXYc/s1600/AOsite.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8h3ucxJjnOIS8FXs580mWW7xa_ytAm_w7TayaHRg94eeeQbEKwOBPyvMHPULZvfXGj8YWpXuX3mfkpWLCyA0JeFN8geX6E4e-6vt729R93qIBnBq0EqrzncpzfKXoyeTlQK4GSCBoXYc/s400/AOsite.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br /></div>
Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0Aveiro, Portugal40.6405055 -8.653753940.592309 -8.7344349 40.688702000000006 -8.5730729tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-23396774399112780182020-05-12T09:21:00.000+01:002020-05-12T15:38:13.651+01:00A mal contada fábula da cigarra e da formiga <div style="text-align: justify;">
Na quarentena dei comigo a pensar na opinião que sempre tive acerca da forma como se conta a fábula da cigarra e da formiga. </div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0kHdqZK4NQ4SB1Iojdr-JrGLKsmhxA7c408U35GFnwSfvWxsG_JOlF55lTja2yiLbs4hQNPKLv2xFeOdkPo-pxtwL77NfRipjQP3TOT2x0XmYTCh7mb6L8Nk6Y8omzyIv7iOlUy5AN6k/s1600/cig.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; display: inline; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="280" data-original-width="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0kHdqZK4NQ4SB1Iojdr-JrGLKsmhxA7c408U35GFnwSfvWxsG_JOlF55lTja2yiLbs4hQNPKLv2xFeOdkPo-pxtwL77NfRipjQP3TOT2x0XmYTCh7mb6L8Nk6Y8omzyIv7iOlUy5AN6k/s1600/cig.jpg" /></a>Povoámos a nossa mente com admiração, ao termos sempre escutado como a sofrida formiga acartava zelosa e diligentemente um respeitável peso para a sua fraca compleição, carregando dia e noite as provisões para o seu formigueiro, servindo abnegadamente a comunidade.<br />
Em contraponto, sempre nos foi incutido um certo desdém pela conduta boémia da cigarra que preguiçando pelos prados cantava dia e noite.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Uma das recordações mais antigas de raciocínio em tenra infância que tenho, prende-se com esta fábula.<br />
Observante dos bichinhos que me rodeavam e com a imaginação sedenta de histórias, guardo a lembrança das quentes noites de Agosto, a tentar conciliar o sono, deleitando-me a escutar os sons da natureza, encantada com o estridular das cigarras a cortar o silêncio profundo e a embalar os meus sonhos. Eram as minhas cantoras favoritas! Talvez por isso nunca compreendia o final daquela história em que só a formiga era louvada pelo seu árduo trabalho.<br />
<span style="text-align: start;">Hoje compreendo. Fui educada numa família que valorizava as artes. Tive o privilégio de crescer rodeada de livros que o meu pai me incentivava a ler, ao som de discos de vinil que pavimentaram a minha vida, ou o deslumbramento sentido da primeira vez que a minha mãe me levou à Gulbenkian assistir ao bailado Quebra-nozes. Esta infância criativa marcou indelevelmente a minha personalidade. Penso mesmo que </span>os teatrinhos que encenava para toda a embevecida família, foram certamente as primeiras histórias que criei, tão pequenina, imaginando-as ainda antes de as saber escrever!<br />
Outro dia perguntaram-me o que quis ser em miúda quando crescesse. Depois dos sonhos infantis de bailarina e veterinária, eu sempre quis escrever. No entanto, já adulta, sempre que escrevi tive outros empregos paralelos para poder pagar contas.<br />
Sempre considerei que o trabalho árduo da cigarra tem tanto valor quando o da formiga. Quantas vezes os artistas são intitulados de sonhadores, no entanto, sabem respirar fundo, descer à terra e têm outros e diferentes sofridos empregos para se sustentarem e poderem alimentar os seus sonhos. É uma dicotomia difícil de ser explicada ou conciliada.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Se há lição que escuto dizerem deste tempo que todos tivemos de nos confinar em quarentena é que nos teria sido incomensuravelmente mais complicado se não tivéssemos acesso a um livro que nos fez sair de casa sem sair do sofá, escutado uma música que nos fez dançar sozinhos, assistido a um filme que balançou as nossas emoções e que nos fez rir, chorar.<br />
Impedidos de formigar para os nossos empregos vimos à nossa volta tanta criatividade cigarrear - do vídeo engraçado na internet ao pão no forno.</div>
<br style="text-align: start;" />
<span style="text-align: right;">O poeta brasileiro José Paulo Paes sempre foi um apaixonado pelos livros. </span><br />
<span style="text-align: right;">Após ter estudado química e trabalhado durante anos num laboratório farmacêutico, um dia resolveu escrever poesia, inicialmente para adultos, só depois para crianças. Ao abandonar a rigidez da química </span><span style="text-align: right;">nos 25 anos seguintes entregou a sua alma à edição de livros e traduções. </span><span style="text-align: right;">Esqueceu-se de formigar pela química e entregou-se à magia de cigarrear pela poesia infantil, aprendeu a brincar com as palavras e escreveu um mundo maravilhoso para as crianças viverem. </span><br />
<span style="text-align: right;"><br /></span>
<span style="text-align: start;">"Enquanto a formiga </span><br />
<span style="text-align: start;">Carrega a comida </span><br />
<span style="text-align: start;">Para o formigueiro, </span><br />
<span style="text-align: start;">A cigarra canta, </span><br />
<span style="text-align: start;">Canta o dia inteiro. </span><br />
<span style="text-align: start;"><br /></span>
<span style="text-align: start;"> A formiga é só trabalho. </span><br />
<span style="text-align: start;">A cigarra é só cantiga. </span><br />
<span style="text-align: start;"><br /></span>
<span style="text-align: start;"> Mas sem a cantiga </span><br />
<span style="text-align: start;">da cigarra </span><br />
<span style="text-align: start;">que distrai da fadiga, </span><br />
<span style="text-align: start;">seria uma barra </span><br />
<span style="text-align: start;">o trabalho da formiga."</span><br />
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: center;">
<span style="text-align: start;">José Paulo Paes</span></div>
</div>
<br />
Se "A Cigarra e a Formiga" é uma das fábulas atribuídas a Esopo na Grécia antiga ("O Gafanhoto e Formiga" no original) e só veio a ser popularizada mais tarde pelo francês Jean de La Fontaine, eu penso que em 1989 o poeta <span style="text-align: right;">José Paulo Paes trouxe-a finalmente à sua verdadeira dimensão: a união, a compreensão, a aceitação e o respeito pela diferença do labor do outro. </span><br />
<span style="text-align: right;">Afinal todos são especializados, todos são fruto de muito empenho, de horas incalculáveis de dedicação ao seu trabalho, seja ele manual, intelectual ou artístico. </span><br />
<span style="text-align: right;">Formigas e cigarras de mãos dadas entreajudando-se na esperança de um mundo melhor. Talvez, assim - talvez só assim - se possa cumprir o jargão estafado que tanto se ouviu na quarentena de que vamos todos ficar bem. </span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0Aveiro, Portugal40.6405055 -8.653753940.592309 -8.7344349 40.688702000000006 -8.5730729tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-11711803779833114092019-06-08T09:21:00.000+01:002019-06-08T10:33:35.886+01:00Azul e branco às riscas <div style="text-align: justify;">
O meu novo livro está aí! </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfFTPXxbToPpKi_Zsjoc_hWTRk_YQaAF0rg2lNb-WWyX-ZKEpb_NHjyCLwWO4GutGyi1uwvQySSJyXxhVKvliddVezyGkBZmpu7sMVvDuicBUeRCU3_3nA8SZ5c8kc5ZJgU8wEKLbJv2A/s1600/Mockup+Azul+e+branco+a%25CC%2580s+riscas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1226" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfFTPXxbToPpKi_Zsjoc_hWTRk_YQaAF0rg2lNb-WWyX-ZKEpb_NHjyCLwWO4GutGyi1uwvQySSJyXxhVKvliddVezyGkBZmpu7sMVvDuicBUeRCU3_3nA8SZ5c8kc5ZJgU8wEKLbJv2A/s400/Mockup+Azul+e+branco+a%25CC%2580s+riscas.png" width="305" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Quis escrever um livro feliz.<br />
Escrevi com paixão, muito mais que a história de amor do João e da Joana: são nove dias na vida de uma família.<br />
Escrevi sobre sincronicidades e reencarnação, agricultura sintrópica e piscinas sustentáveis, namoro e casamento, Lisboa e Alentejo...<br />
Escrevi com o suspense da ordem, o drama (a tragédia, o horror...!) Ahhh!, o humor, sempre o humor!...<br />
Envolvi tudo à mão, com muito muitooo amor e desalinhei, estremeci o mundo das personagens – pondo-as durante nove dias na dúvida do quero e não posso, posso e não consigo – construindo um paralelismo de duas riscas contínuas a que a vida um dia dá um nó.<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
Um evento inesperado faz surgir uma dúvida aviltante com força para mudar muitas vidas. O que acontece em Azul e branco às riscas durante os nove dias?<br />
<br />
Da vida citadina ao olhar espraiado sobre a planície alentejana, estendendo-se pela margem esquerda do Guadiana, Azul e branco às riscas acontece.<br />
<br />
Espero-os, queridos leitores, até já!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMbP3omVBKw9Tamomih0EvgwFO-wtXTPjqyY2d0iIUVy_fiqW3-i4eHcVblxFOjE5_slxbXjWHm8SgtAh2UxsNkXrz6Ns7BKE5xdZxzySGJMv0-IqbqjqiksOjaCX6GlgdiAHORLpPRNk/s1600/assinatura.bmp" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMbP3omVBKw9Tamomih0EvgwFO-wtXTPjqyY2d0iIUVy_fiqW3-i4eHcVblxFOjE5_slxbXjWHm8SgtAh2UxsNkXrz6Ns7BKE5xdZxzySGJMv0-IqbqjqiksOjaCX6GlgdiAHORLpPRNk/s1600/assinatura.bmp" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
ilustrações de <a href="https://www.facebook.com/isasilva.marciana">Isa Silva</a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgux1aA3YDzsOI7KevfqWxtaFm3YSQceJLm89bXH_xNSaEM-RMh2Jp02AuZANESbBlxD52tqo8AbGNaH4S8lfSjZbnZg2nfC7Zugm5v5Bmj7NuIojyHHh3zlTFduYm2X1H8DC4hYQfjCOI/s1600/ana_-_alentejo2_ok.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1549" data-original-width="1600" height="618" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgux1aA3YDzsOI7KevfqWxtaFm3YSQceJLm89bXH_xNSaEM-RMh2Jp02AuZANESbBlxD52tqo8AbGNaH4S8lfSjZbnZg2nfC7Zugm5v5Bmj7NuIojyHHh3zlTFduYm2X1H8DC4hYQfjCOI/s640/ana_-_alentejo2_ok.jpg" width="640" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: start;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br /></div>
Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-31411507795290277672018-04-25T13:14:00.000+01:002018-06-12T22:14:57.476+01:00Onde é que você estava no 25 de Abril? <div style="text-align: justify;">
Hoje, e porque celebramos o dia 25 de Abril de 1974 e a liberdade que nos trouxe à nossa vida, apetece-me partilhar o início do meu novo livro, chamemos-lhe capítulo zero ou prólogo, porque descrevo justamente este dia e de como uma menina do liceu chamada Alice o percepcionou. </div>
<div style="text-align: justify;">
No dia 23 de Abril, dia do livro, deixei que os leitores espreitassem pelo buraco da fechadura, e lessem algumas palavras do começo do meu novo livro, e hoje, porque tenho a liberdade como autora de mostrar mais do que seria suposto ou politicamente aceitável ou até correcto, faço-o, apenas porque me apetece e celebrando a liberdade de o poder fazer.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRjETr-eMnHN5N6Lr4bvnNsqSb5g3jRd5v78rX6HDSBAzNAQkekrGN2qQqgzZPOz0frUrh2qGZIMzQjljrRJ-8rWqLfN5XwGq8NVfuxkwlpDYFJksPh063DalL0ckAcXUp627_dOwC-N0/s1600/dia+do+livro.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1123" data-original-width="1125" height="398" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRjETr-eMnHN5N6Lr4bvnNsqSb5g3jRd5v78rX6HDSBAzNAQkekrGN2qQqgzZPOz0frUrh2qGZIMzQjljrRJ-8rWqLfN5XwGq8NVfuxkwlpDYFJksPh063DalL0ckAcXUp627_dOwC-N0/s400/dia+do+livro.png" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também porque ao descrever as emoções, sensações e pensamentos de uma menina do liceu, abro uma janela às novas gerações que nem conhecem a carismática pergunta de Baptista Bastos, criada numa personagem de Herman José que o retratava, no programa de humor em 1997, o Herman Enciclopédia:<br />
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=mt_JBJytSzI"><i>Onde é que você estava no 25 de Abril?</i></a></span></blockquote>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/mt_JBJytSzI" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta pergunta de Baptista Bastos (a personagem de Herman José) teve tanto impacto que o escritor, na vida real, acabou por fazer uma série de entrevistas em que colocava esta questão aos seus convidados. E a frase ficou. Hoje os jovens conhecem-na, mas não sabem esta origem. Tão pouco a perguntam, porque a resposta seria: "se nem era nascido..."</div>
<br />
Apeteceu-me começar este novo livro, respondendo a essa questão: onde Alice estava no 25 de Abril de 1974?<br />
<br />
Pelo novo livro e sua história, os meus queridos leitores terão de esperar o seu momento.<br />
Até breve!<br />
<br />
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif; font-size: 32.0pt; line-height: 150%;">Pr</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif; font-size: 32.0pt; line-height: 150%;">ó</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif; font-size: 32.0pt; line-height: 150%;">logo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif; font-size: 21.0pt; line-height: 150%;">A Malta do Liceu<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Alice
tinha quase 19 anos quando se deu o 25 de Abril de 1974 e lembrava-se
perfeitamente do local onde se encontrava, o que estava a fazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Naquela
madrugada o telefone ressoou pela casa adormecida. Alice prontamente saltou da
sua cama e correu para a saleta, rumo ao aparelho destemperado atendendo a chamada
telefónica, estranhando em primeiro lugar a hora matutina e depois o tom
sombrio, quase enigmático, com que o pai, uma vez chamado, respondia ao amigo
do outro lado do fio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Nem
as meninas foram à escola - a mãe conduziu-as para os seus bordados - nem o pai
saiu para o emprego. Ficaram recolhidos naquela manhã a ouvir baixinho na
telefonia o que só mais tarde entenderia como o fim de uma era. Os quatro em
silêncio, apenas quebrado quando a sua irmã se picou ou com o continuado calcar
dos dentes paternos na ebonite da boquilha do seu cachimbo mordiscado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Recordava-se
de outra curta ligação telefónica, do pai num breve movimento a fazer-lhe sinal
que se levantasse e fosse ligar de imediato o aparelho de televisão, de
esperarem, a contarem os segundos no relógio Omega que o ecrã do televisor
mostrava até aparecer a imagem do Fernando Balsinha, muito compenetrado do seu
papel de anunciar aos espectadores do seu país que, naquela tarde e a partir
daquele momento, a rede emissora da Rádio Televisão Portuguesa estava totalmente
controlada pelo Movimento das Forças Armadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Outra
chamada telefónica, de um tio a perguntar como estavam com a situação em
Lisboa, se estavam todos a salvo, que soube quando os cachopos foram ter com
ele ao trabalho e o alertaram, estavam normalmente na telescola e mandaram-nos para
casa, visto que a emissão fora tomada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Alice
não se recorda muito bem do que o Fialho Gouveia leu na emissão especial do
telejornal, não entendeu porque proclamavam à nação o propósito de salvação do
país, ainda menos entendeu a necessidade de o libertar de um regime que há
longos anos o oprimia. Oprimia? Regime? Na verdade, Alice distraída do seu
bordado, fixou-se no diálogo que estranhou aos seus pais: a mãe a ordenar que
as meninas se recolhessem de imediato ao quarto, ainda no relógio Omega passavam
os segundos na imagem do televisor, e o pai a sobrepor a sua posição, afirmando
que deveriam ficar na sala. Alice não entendeu a mudança repentina: iam
permitir-se ter conversas de adultos frente às duas filhas? Nunca o haviam
feito! Ficaram, mas desabituadas de tanta circunstância a que foram a vida
inteira protegidas, entreolhavam-se, não compreendiam o que eram os
acontecimentos revolucionários que os dois locutores liam uma e outra vez.
Alice lembrava-se de reparar que estariam algo nervosos, enquanto Fernando
Balsinha lia as notícias, Fialho Gouveia fumava ininterruptamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">No final,
Alice recordava-se, para além da Sinfonia nº 3 de Beethoven, que reteve daquelas
horas iniciais um nervosismo desconhecido, tanto em casa observando os pais
como percepcionando-o nos locutores, e de que esse estado de espírito ter ido
dando lugar a uma felicidade que não teve capacidade de assimilar qual a sua
origem mas que com facilidade se deixou contagiar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Recordava
a estranheza que sentiu quando o pai, contrariando o aviso que os locutores
repetiam, saiu para a rua, admirou-se que a senhora sua mãe cantarolasse “E
depois do Adeus” do Paulo de Carvalho, cantor pelo qual em casa não nutriam
particular simpatia, que o Fialho Gouveia largasse o cigarro e a cada
actualização que lhe entregavam, lesse com maior enfâse, até ao empolgamento final
com que agradeceu a fineza de trato que o movimento cuidou ter para com todos,
desde o primeiro momento que ocupou a estação televisiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Recordava-se
exactamente da cor que trabalhava no bordado que fazia naquele dia 25 de Abril,
mais pela peculiaridade do dia do que pelo seu significado já que a sua
ingenuidade não a deixava entender.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Da candura
e estranheza, a deixar-se mergulhar na nova época que esse dia anunciou, foi uma
mudança demasiado rápida e fácil: ninguém a preparou para a abrupta passagem da
rigidez na educação paterna e absolutas regras escolares darem lugar a uma
quase vulgaridade de normas valores e costumes que, dançando e cantando, de
braço no ar revolucionando o que nem compreendia, embarcou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Alice,
mais afoita que a comedida irmã, queria experimentar, tomar o pulso a tudo,
receosa que a liberdade tivesse chegado com breve prazo de validade e tivesse
de voltar ao recato do seu bordado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">No
liceu havia muitas reuniões gerais de alunos, as R.G.A., que foram ganhando
notoriedade entre a população estudantil, foi havendo mais movimentações
politizadas e consequentemente quebras na rotina, muitos momentos sem aulas e
essa ociosidade foi uma das novidades que mais a atraía. Reuniam-se na
pastelaria à frente do liceu, amiúde começou a beber café e, mais por osmose
que por convicção, também a fumar como os colegas. Daí foi alargando as saídas
do liceu em horário escolar que cada vez era mais caótico, primeiro para os
passeios em grupo pela avenida da Igreja, com as obrigatórias idas aos gelados
Itália, depois para o jardim do Campo Grande andarem de barco a remos com os irmãos
das colegas, também desocupados, e nos dias quentes todos juntos em grandes
grupos para as praias da linha do Estoril, faltando deliberadamente às aulas
seguintes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">As
saídas nocturas surgiram naturalmente com a nova vaga educacional que os pais
queriam acompanhar: permitiam-nas desde que as duas filhas fossem juntas. Embora
a irmã preferisse ambientes mais reservados, acompanhava Alice levando consigo
um livro e distanciava-se das escolhas cada vez mais audazes que via a irmã
fazer. Rapazes, drogas, álcool.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Um
final de tarde na Marginal teve um desfecho inesperado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Vinham
de mais um ensolarado dia de praia daquele Verão quente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">A irmã
viu Alice, que ia à pendura na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Zundapp</i>
amarela à frente do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mehari</i> onde
seguia, ser projectada após um embate palerma com um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">DS</i>. O rapaz que ia ao volante já havia comentado que o colega não
deveria estar a conduzir depois do que tinha consumido, ainda para mais de duas
rodas. Quem é que não vê um boca de sapo aproximar? Aconteceu. Pararam,
socorreram, esperaram a ambulância, seguiram até ao hospital, esperaram. Alice
pediu à irmã segredo, nada contarem aos pais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">O que
Alice não esperava era que o segredo fosse maior que ela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Nem à
irmã contou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Uma
médica abeirou-se inquirindo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">-
Quem a está a acompanhar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">- A
minha irmã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">- A
senhora deseja que mande chamar o seu marido?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">-
Marido? Eu sou solteira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">- Compreendo,
menina então. Lamento profundamente, mas devo informá-la que perdeu os seus bebés.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">- Que
bebés? Do que fala?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">- A
menina não tinha conhecimento do seu estado?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">- Que
estado, senhora doutora?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">-
Devo chamar a sua irmã?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">- De
maneira nenhuma! Explique só a mim, de que fala? Eu estou grávida??<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">-
Estava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">-
Gémeos…? Grávida, eu??<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">-
Sim. Dois meninos. Lamento informá-la assim nestas condições.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">A
médica sentou-se na beirada da cama e segurou-lhe a mão. Alice respirou fundo e
levantou o olhar:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">-
Doutora… não chame a minha irmã, por favor, não diga nada!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Alice
saiu do hospital em silêncio. A irmã e os colegas felicitavam-na, que sorte
tivera por escapar só com arranhões, o amigo deles tinha a perna partida e o
condutor do boca de sapo ficara internado em observação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;">Sim,
que sorte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: start;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "cronos pro light" , sans-serif;"><br /></span></div>
<br /></div>
Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-70857105517809474292017-12-17T09:21:00.000+00:002017-12-29T18:05:54.274+00:00Desafio aos leitores Ao Km 32 <span style="text-align: justify;">Comecei por falar a um leitor, depois a outro, hoje desafio todos! </span><br />
<div style="text-align: justify;">
A ideia consiste em tirar uma foto com o livro "<a href="https://bemmequereditora.com/produto/ao-km-32/">Ao Km 32</a>", colocá-la no meu mural de FB (identificar-me), e escrever sobre a primeira impressão assim que o livro lhe chegou às mãos. </div>
<div style="text-align: justify;">
No final do texto desafiar 2 amigos a fazerem o mesmo (foto com o meu livro, identificando-me + frase primeira impressão), que por sua vez desafiarão mais dois...<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-large;">As primeiras fotos já chegaram:</span></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilbsfXpiEGFNz0rShDYxIuvHN-jN2NZ9_MCNDbZ7l_-gwJeYkamylMX2Bk_wsZ-ejA5_mi2folh29LeRuE4Tm24HRrHnVj-yJwxuPtQTJYozR4x0GbMIMrMyao0OOoLbNMoc4hSgzyreY/s1600/25358470_10212823820528966_8112280461546497048_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="864" data-original-width="1440" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilbsfXpiEGFNz0rShDYxIuvHN-jN2NZ9_MCNDbZ7l_-gwJeYkamylMX2Bk_wsZ-ejA5_mi2folh29LeRuE4Tm24HRrHnVj-yJwxuPtQTJYozR4x0GbMIMrMyao0OOoLbNMoc4hSgzyreY/s320/25358470_10212823820528966_8112280461546497048_o.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Isabel Lopes</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: start;"><b>Isabel Lopes</b> - "Não leio livros até ao fim faz muito tempo </span>pode ser que seja este o momento de viragem para um recomeço de emoções em que o Amor a Gratidão e os Sorrisos são parte de mim deixando-me levar sem medo do que vou sentir... Muito Grata Ana Martins pela oportunidade beijinhos e muitos sorrisos ❤ Namasté"<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3qkm4iE7hpjSOusNl2YMtSe7AUIHlJEL_6HX2JUtjahrRk4znkH1LB-pSFoRI7_GDSCizIA3ioUOLjjo8Nmm_pzP41urNFxLT7KWWJfvzVNJUR6f6seAeKCX5jW_8LQoXE1EccnDvJJQ/s1600/25396255_2018124641531096_2959802238574603566_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3qkm4iE7hpjSOusNl2YMtSe7AUIHlJEL_6HX2JUtjahrRk4znkH1LB-pSFoRI7_GDSCizIA3ioUOLjjo8Nmm_pzP41urNFxLT7KWWJfvzVNJUR6f6seAeKCX5jW_8LQoXE1EccnDvJJQ/s320/25396255_2018124641531096_2959802238574603566_n.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">José Amaro</td></tr>
</tbody></table>
<span style="text-align: start;"><b>José Amaro</b> - "Ana Martins, no remo segurança primeiro!"</span><br />
<span style="text-align: start;"><br /></span>
<span style="text-align: start;">De todos os ensinamentos e ideias que foram sendo debatidas comigo e pela fantástica equipe da Secção Náutica - Remo do Clube dos Galitos de Aveiro, esta foi a mais controversa: como podia colocar a personagem André a remar na Rua da Pêga? </span><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimt0B8cK5JXwsbM4hpeXHyYers30t5sZbe_xljnQiW9wfFLBTG6GkmxXE0iQp9mSWfmr1w9J2K3-mW8Ewc4AU5sa4J3CxmedEsJHsHXPJ0cDK8jh4esf6vP5btsO3Jv5hC_kuUImPHfO8/s1600/25398694_2018124594864434_5465548333186989226_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimt0B8cK5JXwsbM4hpeXHyYers30t5sZbe_xljnQiW9wfFLBTG6GkmxXE0iQp9mSWfmr1w9J2K3-mW8Ewc4AU5sa4J3CxmedEsJHsHXPJ0cDK8jh4esf6vP5btsO3Jv5hC_kuUImPHfO8/s320/25398694_2018124594864434_5465548333186989226_n.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">José Amaro</td></tr>
</tbody></table>
<span style="text-align: start;"><span style="text-align: start;">(não podia, não deveria), mas era tão tãooooooo importante para a história que decidi salvaguardar a personagem (e a boa prática deste desporto), </span>com a frase do José Amaro que assim salvou a situação: </span>“quebrando todas as regras de segurança que aprendera no remo...” e lá está o André a remar, com a mão amiga de todos que me ajudaram a construir esta faceta no amigo da Hala, o André, num dos momentos mais cruciais do livro.<br />
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2gZ-KpxVN8GBCVXOQFJdWVKG0TABEtfVmDl6HKDeXU1HByRa2W-80wo8CaZyJnIlvZ0bGT2yCbWsYlxrPjlLad95MOasdsXtWlpOIHGCvqwGMWprUqlP5EmlMZ2NFum3DujmncALwo8M/s1600/25352257_10212851811548724_9206995920465949822_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="864" data-original-width="1440" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2gZ-KpxVN8GBCVXOQFJdWVKG0TABEtfVmDl6HKDeXU1HByRa2W-80wo8CaZyJnIlvZ0bGT2yCbWsYlxrPjlLad95MOasdsXtWlpOIHGCvqwGMWprUqlP5EmlMZ2NFum3DujmncALwo8M/s320/25352257_10212851811548724_9206995920465949822_o.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Isabel Lopes</td></tr>
</tbody></table>
<b>Isabel Lopes</b> - "Estou aqui agora e sempre ao teu km 32 por toda a Eternidade...❤ Grata<br />
<span style="text-align: right;">«A cada quilómetro teu, Wael, eu es-ta-rei con-ti-go!»</span><br />
in "<a href="https://bemmequereditora.com/produto/ao-km-32/">Ao Km 32</a>" de Ana Martins"<br />
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkD9H9kKgV73ImXxTsUHr026-zd-oemYrTYmI75EruIV2tzoNWD3f6rrkzKsAY6ziDBolV7RYjbyI4exg51Thdqst99RaS1CPoyl7hDAU7x0KiWqF6IEwBTgCQeBylq0caUtv-uPNaAdo/s1600/25438799_2209404145752548_8461194549864347395_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkD9H9kKgV73ImXxTsUHr026-zd-oemYrTYmI75EruIV2tzoNWD3f6rrkzKsAY6ziDBolV7RYjbyI4exg51Thdqst99RaS1CPoyl7hDAU7x0KiWqF6IEwBTgCQeBylq0caUtv-uPNaAdo/s320/25438799_2209404145752548_8461194549864347395_o.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Manuela Coelho</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Dia 19 Dezembro às 18h estarei em Lisboa para a apresentação do livro.<br />
<br />
Temos a habitual fusão literário-gastronómica a cada evento de livro meu, sempre em parceria com a Paula Gamito (ou como mais a conhecem, a nossa Paula Bem Me Quer) e sim, <a href="https://www.facebook.com/obolodechocolatemaisfeiodelisboa/">o Bolo de Chocolate mais Feio de Lisboa </a>marca a sua presença. Será o elemento congregador, já que representa a primeira e última palavra do livro: AMOR!<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large; text-align: right;">e entretanto chegam mais fotos:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b style="text-align: start;">José Noronha</b> - "Ler é um prazer. De pernas para o ar é mais difícil mas nunca desisto de um bom livro."<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJHI22WvnXo5bJU003E366EowJPYP2veOvifidUYOQ3J8MTLGwRcWg5qczkNiFyj7_Q1SJpF9a2xeo6V0ISFJlxuvItU2jbfmX6D2cfsU4w983QhppzorMNbP87DTbr05GyJ5DRELotVQ/s1600/26056021_1565821203496069_6551619621983929415_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="720" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJHI22WvnXo5bJU003E366EowJPYP2veOvifidUYOQ3J8MTLGwRcWg5qczkNiFyj7_Q1SJpF9a2xeo6V0ISFJlxuvItU2jbfmX6D2cfsU4w983QhppzorMNbP87DTbr05GyJ5DRELotVQ/s400/26056021_1565821203496069_6551619621983929415_n.jpg" width="300" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">José Noronha</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu3sck2A60_kQodQG15G86mLR7kHDoAwBfPq0vKi-6cEcrju5bHd_t68KvWkxi0wt9Qlj18VIHCx1a0yQIEu_1dfImyX91wlIC1jCLqFA5sXypZ92bfnUjXSPAO0J-RzjMbMv6nAwkC-0/s1600/26112048_1565821120162744_8433471244920359143_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="720" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu3sck2A60_kQodQG15G86mLR7kHDoAwBfPq0vKi-6cEcrju5bHd_t68KvWkxi0wt9Qlj18VIHCx1a0yQIEu_1dfImyX91wlIC1jCLqFA5sXypZ92bfnUjXSPAO0J-RzjMbMv6nAwkC-0/s400/26112048_1565821120162744_8433471244920359143_n.jpg" width="300" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">José Noronha</td></tr>
</tbody></table>
<b style="text-align: start;">Andreia Coelho - "</b>Obrigada Ana Martins por esta criação! Adorei cada palavra... Só é pena ter ficado sem companhia para o sofá."<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY-hU609_ghT_Ax2PWDQ2rZ_xPlxVJTFQx_TmWIAqHajKqNmGfWOO6dG0YKkXxXlldA60NX_vUBdc7cxiVcz8aybYJ5RBJS0zVFS0iyXjbacraUs4KGk1b8XGQ-Q4drfkGo0ZJB1RvJJg/s1600/25995034_10215594862969376_7428202393510975234_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="528" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY-hU609_ghT_Ax2PWDQ2rZ_xPlxVJTFQx_TmWIAqHajKqNmGfWOO6dG0YKkXxXlldA60NX_vUBdc7cxiVcz8aybYJ5RBJS0zVFS0iyXjbacraUs4KGk1b8XGQ-Q4drfkGo0ZJB1RvJJg/s320/25995034_10215594862969376_7428202393510975234_n.jpg" width="176" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Andreia Coelho</td></tr>
</tbody></table>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcZq_cY2Elu1JIoqyAmzXfx29vB1Twe-EXGSqM-9WP9cAobCG0lBUIAssKX7rExCO-8Jqm0H_Dk_Ndhm7gcLFNNSRx0Ug7iTB8EO6qBOOntdNRiEnFwhX3pTXn-Zilwn6wsIiJujkw7vw/s1600/26166553_10215594863849398_1230467460120070158_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcZq_cY2Elu1JIoqyAmzXfx29vB1Twe-EXGSqM-9WP9cAobCG0lBUIAssKX7rExCO-8Jqm0H_Dk_Ndhm7gcLFNNSRx0Ug7iTB8EO6qBOOntdNRiEnFwhX3pTXn-Zilwn6wsIiJujkw7vw/s400/26166553_10215594863849398_1230467460120070158_n.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Andreia Coelho</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<br />
<br />
E ainda mais surpresas preparadas para os meus queridos leitores e amigos!<br />
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvoabeg6AQR6FlBuVABRFo9gMBomCUsJrDtMieil2tLLSlZUo2qnWR37ZqMfwVyaIT5I6oefOYYuMlfLDTDbS8Jq5pHQsd231zJRgBYD-PzdtJoJxJZFPw1n9CHhGmKYdoT_puSomk61s/s1600/25484921_10155890234666870_361692279_o.jpg" imageanchor="1" style="display: inline; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1199" data-original-width="1600" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvoabeg6AQR6FlBuVABRFo9gMBomCUsJrDtMieil2tLLSlZUo2qnWR37ZqMfwVyaIT5I6oefOYYuMlfLDTDbS8Jq5pHQsd231zJRgBYD-PzdtJoJxJZFPw1n9CHhGmKYdoT_puSomk61s/s640/25484921_10155890234666870_361692279_o.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Espero-vos de coração cheio. Até já!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para encomendas <a href="https://bemmequereditora.com/">clicar aqui</a><br />
<br />
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4HaWFyxLsWMJrsZfknOW4eBAqrf4ripNIF6mlvHIShGC7xTNB3NaizayJ5H-8nLy4FKv5PCZoMveSi1FrazzCR0E884SGTVJTb8yi61eHQhN7gIS8ubCSjeWAITCZYVm1nL1dX9k2Fa8/s1600/Cartaz+Ao+Km+32+Lisboa.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1129" data-original-width="1600" height="450" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4HaWFyxLsWMJrsZfknOW4eBAqrf4ripNIF6mlvHIShGC7xTNB3NaizayJ5H-8nLy4FKv5PCZoMveSi1FrazzCR0E884SGTVJTb8yi61eHQhN7gIS8ubCSjeWAITCZYVm1nL1dX9k2Fa8/s640/Cartaz+Ao+Km+32+Lisboa.png" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: start;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
</div>
Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-64025551319874073442017-11-30T19:15:00.001+00:002017-11-30T19:15:43.147+00:00o primeiro Ao Km 32 <div style="text-align: justify;">
- Ana? - telefonema da minha editora - estou aqui com uma situação que te quero expor: vou agora fazer o envio pelos correios das primeiras encomendas, mas a primeira de todas, percebi por uma conversa vossa no facebook, é uma senhora que vai estar contigo no sábado no lançamento para lhe assinares o livro e, sendo amanhã feriado, se o envio agora só o recebe na segunda-feira. Ora, sendo a primeira encomenda de todas e conhecendo-te... queres tratar de forma diferenciada?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaZ78Q1G2YIpfigKPkJ6g_1SlKh1ze8MMle2E2GlSMlpgAQLTVJ0BaTA1FMCROFP1T4bsu2ettyGL7SC2iT5o0UuPbZFLWv7urmg3oCXy7X7-Ewujpvy7Tcuhy3upQXAkhzwNRw9ju8QY/s1600/24271209_10155844119306870_1337093786_o+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaZ78Q1G2YIpfigKPkJ6g_1SlKh1ze8MMle2E2GlSMlpgAQLTVJ0BaTA1FMCROFP1T4bsu2ettyGL7SC2iT5o0UuPbZFLWv7urmg3oCXy7X7-Ewujpvy7Tcuhy3upQXAkhzwNRw9ju8QY/s320/24271209_10155844119306870_1337093786_o+%25281%2529.jpg" width="198" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Claro que quis. Telefonei à Aldina e expliquei-lhe a situação. Vimos a agenda do nosso dia de quinta-feira e encontramos o nosso momento. Eu quis entregar-lhe o seu novo livro em mãos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obrigada Paula, minha querida editora, por me conheceres tão bem, por saberes que presto atenção aos detalhes, que dou importância a cada um dos meus leitores. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até sábado queridos leitores e amigos! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para encomendas <a href="https://bemmequereditora.com/">clicar aqui</a><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhQPmcPskpI5NLAuYEDMvgqT3KVasDnvlcoa7yOMeTWLqfKeviTBl0sNbZXDbsRk5xKec2juQkd1ykj9IPfcVTHyAWrhr_OXKkXIr1KaRGkmy_n2jJ_UU5JR4FffxzSmM-oFu7K_7pGpE/s1600/Ao+Km+32+Lan%25C3%25A7amento.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1101" data-original-width="1600" height="440" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhQPmcPskpI5NLAuYEDMvgqT3KVasDnvlcoa7yOMeTWLqfKeviTBl0sNbZXDbsRk5xKec2juQkd1ykj9IPfcVTHyAWrhr_OXKkXIr1KaRGkmy_n2jJ_UU5JR4FffxzSmM-oFu7K_7pGpE/s640/Ao+Km+32+Lan%25C3%25A7amento.png" width="640" /></a><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: start;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-4082742396995850372017-11-28T14:02:00.000+00:002017-11-28T16:57:51.014+00:00Lançamento do Livro Ao Km 32 <div style="text-align: justify;">
Queridos leitores a amigos!! </div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFvVaaO2v3pliyT6nCdJjfuC8owu3hDwilY7HZBr9q6OlWls3fo0e9UcrplGhwW8OaOp2Mxmqe7vgaKE_mOctmdTL8F6xLu7fzw3j56hZXUELEXjQZ8Qz_CjbyNsZvNZnDkXEQ3_XeCqE/s1600/capa+do+livro+Ao+km+32.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="968" data-original-width="766" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFvVaaO2v3pliyT6nCdJjfuC8owu3hDwilY7HZBr9q6OlWls3fo0e9UcrplGhwW8OaOp2Mxmqe7vgaKE_mOctmdTL8F6xLu7fzw3j56hZXUELEXjQZ8Qz_CjbyNsZvNZnDkXEQ3_XeCqE/s320/capa+do+livro+Ao+km+32.jpg" width="252" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">
É com enorme gosto que vos convido a juntarem-se a este alegre momento de nascimento de mais um livro, depois de tanto me acarinharem durante os dois anos em que pesquisei e o escrevi. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="text-align: justify;">Nasce dia 2 de Dezembro às 15 horas, no Museu de Arte Nova, em Aveiro, a bonita cidade que é pano de fundo de muitos dos cenários maravilhosos deste meu, agora vosso romance. </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apareçam! Estou mesmo muito feliz!!<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNbdlBUsYwJ9wuA-TBp6ZpJMOjlsjoKjkw1CgMGG_bYKxz-juv-pO3y46aKHnsYiAyFAou07YDKUVcDYZTqJMYNBQ4-iq-qPBA2Y9WmHJnNcxSPxVKZ5T02moLHreixSRyPvPn5ZedB_M/s1600/Ao+Km+32+Lan%25C3%25A7amento.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1115" data-original-width="1600" height="446" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNbdlBUsYwJ9wuA-TBp6ZpJMOjlsjoKjkw1CgMGG_bYKxz-juv-pO3y46aKHnsYiAyFAou07YDKUVcDYZTqJMYNBQ4-iq-qPBA2Y9WmHJnNcxSPxVKZ5T02moLHreixSRyPvPn5ZedB_M/s640/Ao+Km+32+Lan%25C3%25A7amento.png" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Atentem os lisboetas que este Rossio é em Aveiro!<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: x-large;">Eventos Ao Km 32 em Dezembro</span></b></div>
<div style="text-align: start;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<h4 style="text-align: start;">
Dia 1 Dezembro às 14h</h4>
<h4 style="text-align: start;">
<span style="font-weight: normal;">Divulgação do Livro "Ao Km 32" no Glicínias Plaza, Aveiro</span></h4>
</div>
<h4 style="text-align: left;">
Dia 2 Dezembro às 15h</h4>
<div style="text-align: start;">
</div>
<ul>
<li style="text-align: left;">Lançamento do Livro "Ao Km 32" no Museu Arte Nova</li>
<li style="text-align: left;">Sessão de Autógrafos no Cais da Fonte Nova</li>
<li style="text-align: left;">Presença no <i>podium </i>da Maratona São Silvestre na cerimónia de entrega de medalhas para entrega de livros</li>
</ul>
<div style="text-align: left;">
<b>Dia 5 Dezembro às 17h</b></div>
<div style="text-align: start;">
<div style="text-align: left;">
Apresentação do Livro "Ao Km 32" no Auditório Livraria da Universidade Aveiro</div>
</div>
<h4 style="text-align: left;">
Dia 12 Dezembro às 9:30h</h4>
<h4 style="text-align: left;">
<span style="font-weight: normal;">Palestra "Ao Km 32" na Biblioteca da ES Dr. Mário Sacramento, Aveiro</span></h4>
<h4 style="text-align: left;">
Dia 15 Dezembro, Lisboa?</h4>
<div style="text-align: start;">
<div style="text-align: left;">
(data local a serem confirmados)</div>
</div>
<div>
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: start;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div>
<div>
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-67311861437618525102017-11-10T11:26:00.002+00:002017-11-10T11:38:39.669+00:00Fui multada... que bom! <div style="text-align: justify;">
Hoje, o dia que acabo de escrever justamente os agradecimentos e o meu livro "Ao Km 32" segue para a editora, sou multada! E em que momento isso é bom, perguntaram? Neste que vos passo a contar.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA9CyaaOZ7-AG0PJY7n9rgj-PbyQQzCsm9cWIcTeNhqTaYtdHYKrQFc52NC4oMSzQoTIj55UO3uU6pxDicroJO01hbiodBr8EUHsgioimkPPRtx6nEFiH9PZjbsEnbhpsXoYCw0Nj2IU8/s1600/udream.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA9CyaaOZ7-AG0PJY7n9rgj-PbyQQzCsm9cWIcTeNhqTaYtdHYKrQFc52NC4oMSzQoTIj55UO3uU6pxDicroJO01hbiodBr8EUHsgioimkPPRtx6nEFiH9PZjbsEnbhpsXoYCw0Nj2IU8/s320/udream.jpg" width="320" /></a></div>
É uma das muitas situações que me fazem amar a cidade de Aveiro: está sempre a acontecer algo, programas culturais mais ou menos institucionais, espectáculos de rua, acções que envolvem habitantes e turistas, momentos como este, prosaicos que simplesmente nos fazem sorrir. E sorrir, como sempre digo, tem um efeito de leque magnifico! Todos, à vez, sorriem à nossa volta!</div>
<div style="text-align: justify;">
Fui multada hoje, por me ter sido detectado um índice elevado de felicidade, para cima de 900 ml de boa disposição por litro de sangue. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E deixo-vos o texto da ocorrência: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0_IkBau-1bwvoQkkscJDM_yumrPWnZiqc6CYIl9g8aonsFbawINCPlPDMKFPQowdj2blNnl1S1HVm9m7_uSpHshh6pvJ8qUIul7qHSGfS2Kmz01C5E-6iLMkaxd7VBgwY659D_U90FTE/s1600/multa+udream.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0_IkBau-1bwvoQkkscJDM_yumrPWnZiqc6CYIl9g8aonsFbawINCPlPDMKFPQowdj2blNnl1S1HVm9m7_uSpHshh6pvJ8qUIul7qHSGfS2Kmz01C5E-6iLMkaxd7VBgwY659D_U90FTE/s320/multa+udream.jpg" width="239" /></a>"Hoje, tomamos a liberdade de te escrever. Parece-nos que hoje é um bom dia para ser feliz e por isso decidimos que o teu dia devia terminar de forma diferente. </div>
<div style="text-align: justify;">
Por esse motivo, hoje surpreende, liga a quem tens saudades, agradece a quem gosta de ti. É dia de oferecer uma flor, fazer surpresas, deixar aquela mensagem que nunca dizes, um obrigado ou um simples abraço. Hoje escolhe ser feliz e fazer feliz de forma incondicional. E se a vida é feita de escolhas, então hoje escolhe elogiar, escolhe amar, escolhe sorrir mais!<br />
E depois disso?! Faz como nós, multiplica essa vontade de fazer os outros felizes." </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A entidade reguladora desta bonita acção assina <a href="https://www.facebook.com/udream.pt/">U.DREAM</a> e de cada vez que me surpreendem... eu amo! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, logo hoje, que terminei de escrever justamente os agradecimentos no meu livro!<br />
São tantos os momentos que revisitei nestes dois anos de construção deste projecto maravilhoso, ao recordar cada pessoa a que quis agradecer a sua contribuição neste romance pelo qual estou completamente rendida! E precisamente por o ter feito, pela ponta dos meus dedos escrevendo, abracei mentalmente tantas, mas tantas pessoas que comigo estiveram nesta jornada! Escrever - dizem - é um acto solitário. Será. Faço-o a solo, porém, transformo-o num acto de amor em equipe! </div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso, fiquei tão feliz por me terem multado assim que saí à rua, porque é justamente como me sinto, a transbordar de felicidade!! </div>
<div style="text-align: justify;">
Estou expectante pelo início, pelo raiar do do mês de Dezembro, pelo momento de todos os meus leitores terem o livro nas suas mãos e ler, fruir, encantarem-se com este romance, "Ao Km 32", que acima de tudo, é uma história com muito amor!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: start;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div>
</div>
Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-6640069531436619052017-10-03T09:21:00.000+01:002017-10-03T09:25:18.407+01:00A história de Martim Pescador e Sr. Gaspar <div style="text-align: justify;">
A mágica história do pequeno guarda-rios apanhou-me desprevenida. Conhecia o bonito traço nas ilustrações com que o <a href="https://www.facebook.com/profile.php?id=100009028686560" target="_blank">Pedro Suárez</a> nos seduz e faz sorrir, todavia arrebatou-me a narrativa enriquecida, fazendo bom uso de um vocabulário inusitado num autor de tão pouca idade.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn3LjiR29WMpIA57yDc7lmjm09eL-sqITOi730HjIbiHioxfNPyppth_FPC130fNM9on7cE9EYGznI8MpTV4KfY_aLWpM9fQhue4pqJo0yJBIB7npbmOfEyuuX6uLQCGhfrwf7RQi8tWk/s1600/Martim+Pescador+e+Sr+Gaspar.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn3LjiR29WMpIA57yDc7lmjm09eL-sqITOi730HjIbiHioxfNPyppth_FPC130fNM9on7cE9EYGznI8MpTV4KfY_aLWpM9fQhue4pqJo0yJBIB7npbmOfEyuuX6uLQCGhfrwf7RQi8tWk/s400/Martim+Pescador+e+Sr+Gaspar.jpg" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Martim o Pescador, o pequeno pássaro de luxuriante plumagem azul é, desde a Primavera em que nasce, humanizado pelo autor, dando-lhe a par da capacidade de bordejar rio acima, de só mergulhar após uma paciente, porém frutífera pescaria, como bom guarda-rios que aprende com o senhor pássaro seu pai a ser, concede-lhe a inverosímil possibilidade de se quedar biquiaberto com cartas por ele escritas em papel de junco, ou impaciente, de meter duas patas de conversa, sem nunca dar a asa a torcer. </div>
<div style="text-align: justify;">
O autor, à medida que vai construindo com musgos e líquenes a casa e vida do pequeno e atrevido Martim, vai-nos apresentado as deliciosas personagens que o rodeiam e cautelosamente vai-nos deixando, aqui e ali, pistas a entreler uma velada sequela, qual Harry Potter alado em azul-metálico. </div>
<div style="text-align: justify;">
O Senhor Gaspar, a centenária e sapiente tartaruga de lento assobio musical, só nos é apresentada mais tarde, desfazendo um precipitado e imerecido julgamento do jovem passarinho. A abismal diferença de atitude e idade entre estas duas personagens não é fruto de um mero acaso, se não de uma perfeita analogia em que o autor nos guia até ao amadurecimento de Martim. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ao longo de todo o livro, sentamo-nos confortavelmente no largo cadeirão de veludo verde-escuro, deixamo-nos bailaricar ao entrar na casa-árvore quando sorrindo, afastamos com uma mão a exuberante cortina de heras, tomamos pelo outro braço um cesto com pão com uma garrafa de licor e rodopiando um pouco mais, inebriamo-nos na frescura das hortelãs e das cidreiras já totalmente envoltos na doçura das camomilas e das flores de trevo, enquanto as subtis notas das tílias cantam para os confiantes funchos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ahhh…! O Pedro foi passarinho para escrever um bom livro!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: start;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2752777771893096663.post-12280856190230741482017-08-26T15:17:00.001+01:002017-08-26T15:17:20.713+01:00Melhor Dia! <div style="text-align: justify;">
Melhor Dia – diz o Pedro quando quer expressar a sua felicidade a cada momento que sente especial. Hoje para mim é um melhor dia.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEbz-iN4BflE4EdKIuqU8-N96uxsRRk_I7rQcbmC9ZzMARaPmgTiEIS2rgka62hiGsLza-dSVcUVsOsf-ph1JfJuNl47eH5n7-teY4zHQZvU4G2oD9wh7auQEQ0mx-zUdEu8L7FJC6NX8/s1600/Ana+e+Pedro.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEbz-iN4BflE4EdKIuqU8-N96uxsRRk_I7rQcbmC9ZzMARaPmgTiEIS2rgka62hiGsLza-dSVcUVsOsf-ph1JfJuNl47eH5n7-teY4zHQZvU4G2oD9wh7auQEQ0mx-zUdEu8L7FJC6NX8/s400/Ana+e+Pedro.JPG" width="400" /></a></div>
«Amanhã faço 28 anos, igual ao da Carris», disse-me o Pedro ontem. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ao longo da nossa vida de mãe e filho fui escrevendo muito, partilhando uma experiência única de ser mãe a solo de uma criança diferente a quem ensinei tudo, até a sorrir. </div>
<div style="text-align: justify;">
Cedo percebi que o que outra mãe tinha como garantido e natural, para mim teria só após longa conquista. Ensinar um filho a sorrir foi, talvez de tantas, a experiência de que guardo a recordação mais agridoce. O Pedro era um bebé lindo com um profundo olhar aborrecido para a vida e eu, abracei interiormente a ideia de o trazer para a minha vivacidade e alegria. Foi um moroso processo de muitas fases, desânimos e superações, demorou longos oito meses essa primeira de muitas conquistas e, quando o meu filho por fim me sorriu com aquele sorriso encantador que tem, foi um momento avassaladoramente maravilhoso de único, contudo, nesse momento tão feliz, eu mãe não tirei foto, eu chorei. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda hoje sinto esse momento de forma tão vívida, por ter sido o ponto que marcou toda a diferença: iria sempre ser assim. Eu não iria ter a leveza que as outras mães tinham na vida de, a cada momento feliz, a cada sorriso dos seus bebés, tirarem uma foto, imprimirem e mandarem aos avós babados. A comunidade médica foi dura e desenganava-me a cada consulta e exame durante os primeiros dez meses de vida dele: o meu bebé nem iria ter vida, não iria fazer, não iria conseguir. Porém eu respirei fundo e acreditei nele. E o Pedro fez e o Pedro conseguiu. Chegou à adolescência como um jovem promissor, chamavam-lhe a estrelinha da companhia por ter superado tanto, por ter conseguido o inimaginável. Até ao dia que ele tomou consciência que não teria o futuro que desejava. </div>
<div style="text-align: justify;">
Eu sei que criei, mais que tudo, uma pessoa boa, com valores, carácter e bom coração. E sei que ao meu filho dei vida duas vezes. A terceira, a que eu sonho para ele, falhei. Até ver. Na vida, às vezes, temos de dar um passo atrás para depois conseguir caminhar os dois seguintes em frente. </div>
<div style="text-align: justify;">
Escrever e catarse são grandes amigas que vivem de mãos dadas e eu abracei-as profusamente desde a adolescência até à idade adulta do meu filho. Quando releio algo meu, tenho dificuldade em relembrar que foi assim e logo sou assaltada por memórias que escolhi esquecer. </div>
<div style="text-align: justify;">
Gostaria que tivesse sido diferente, ao amargo Inverno que atravessamos nos últimos dez anos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tornou-se impossível vivermos juntos, e de tantas decisões difíceis que tomei como mãe a solo, esta foi a mais dolorida e amarga. Foi também a mais sã. Eu sei, a coragem que tive para dar esse passo foi imensa, submergi muitas vezes, no antes e no depois, mas sempre com o olhar posto na linha de água. </div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje o Pedro faz 28 anos. Há muito que amadureço a ideia que vou ter coragem de mais um passo que sinto tenho de dar para voltar a ser gente: voltar a estar com o meu filho sem sentir medo dele. Foram dez anos de uma profunda e horrenda violência de que não tenho vontade de voltar a escrever. Antes desejo muito chegar ao capítulo seguinte, mas sinto que não posso folhear, passar em frente sem vivenciar cada página desta nossa história, deste medo insano que escondo até de mim. </div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje vamos estar juntos, hoje vamos ter um melhor dia! </div>
<div style="text-align: justify;">
O Pedro não sabe. Vai ser uma surpresa para ele. Nem poderia ser de outra forma, já que na ansiedade da antecipação do que tanto anseia, perde-se. Eu quis muito encontrá-lo, ao Pedro que se perdeu pelos 16 anos. Talvez eu mesma tenha aprendido da pior forma que o mundo das minhas expectativas é um e o real é outro. Talvez eu não tenha tido tempo de crescer como mulher, presa que estava a ser mãe. A par de ensinar o Pedro a sorrir, guardei a Ana numa gaveta para depois mais tarde a viver. Tinha 25 anos. Só vim a reabrir essa gaveta com 52 e não soube o que fazer com aquela menina, não me reconhecia nela, mas também não sabia o que a de 52 queria. Então dei-me esse tempo, “permiti-me pensar-me” e aconteceu: cresci. </div>
<div style="text-align: justify;">
A esperança é uma malandra que sempre correu na minha frente, abanando o rabiosque, fazendo caretas, desafiando-me. A menina da gaveta ficou onde deveria permanecer: no passado. Tal como o meu Pedro brilhante e promissor. Hoje é o adulto que completa 28 anos que perdeu muitas dessas capacidades. Mas tem tantas outras! E a génese, o que eu amo profundamente no meu filho, está lá toda! Bendita esperança que me faz ver a sua bondade – de quem literalmente tira do corpo para dar a outro, o seu intenso sentido de justiça – quando fala claro o que os seus pares não verbalizam para se poderem defender, a pureza cristalina do seu sorriso – quando me olha directamente nos olhos e faz com que apareça em linha de rodapé a incontornável melodia da sua vozinha a bradar bem alto: «Melhor dia!»</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s1600/risco+de+ganga.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmqVhNB4ulevtK4XyvKRWFLgqmF6yTfVY-Jrk4HtZ6umKZlWinI5lJ3qok0LFUaIkW45s-hGGzExeMGglH2DmCOtgAZKQGVEPACCYa9T7pNAipg3i84TNhxgP-NmJ8zaMnUxG7_ir95Ow/s400/risco+de+ganga.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s1600/AO-site.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixs2WbtyGSDwkd-JSvvXU5dDFU2alQydl7dYoboZAWXriECF-aY7PMALWXw9nzIEooWqf1JKsnkjaPpqTojxvrtp02mwevP7xzn7Pt-lMMbJ-2dhJSNjAThBuzWScpW1JYYFTNMhniw3s/s400/AO-site.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: 'Traveling _Typewriter'; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
</div>
</div>
Ana Martinshttp://www.blogger.com/profile/10062279178905263786noreply@blogger.com1