Já me tinha despedido do Pedro em Aveiro, mas ficar sentada a assistir à sua partida pela net e tv era impensável. Desafiei o Mário, um amigo nosso, e fomos ao encontro do Pedro Lapa no ponto de encontro da caravana, nos jardins em Belém. Tínhamos de o acompanhar, levar algumas coisas, tinha... mais um abraço.
Como nós, muitas foram as pessoas que chegaram de porta-bagagens cheios de caixas e sacos. Agasalhos, mantimentos, brinquedos, cadeirinhas de bebé. Sim. As famílias que trarão têm filhos como nós, e é necessário transportá-las em segurança de volta, a casa, às suas novas vidas.
Os dois amigos Nuno Félix e Pedro Policarpo desconheciam quantos carros integrariam a caravana das pessoas que demonstraram intenção de os acompanhar.
Seis carros, os que partiram de Belém. Acredito que dentro de cada carro haja uma história para contar. Eu vou focar-me na do carro que veio de Aveiro.
Condutores, co-pilotos e todo o espaço das seis monovolumes preenchidos pelos inúmeros sacos e caixas, dádivas de tanta voz anónima que se juntou nesta onda maravilhosamente comovente.
Abdul Wahid foi uma das pessoas que apareceu. As mãos cheias de sacos que generosamente distribuiu, um por cada condutor. Sacos repletos de comida bem acondicionada do seu restaurante Zaafran no Largo D. Estefânia em Lisboa.
O Pedro é vegetariano e assim que o Abdul o percebeu, imediatamente teve o cuidado de trocar, de todos
os sacos que levou a mais, refazendo ali o saco do Pedro para todas as opções veggie.
A comunicação social esteve presente. Foi filmando e fotografando em diversos ângulos e olhares o momento sereno e emocionante que antecedeu a partida da caravana.
Na despedida o imenso orgulho de familiares, amigos e pessoas que quiseram simplesmente felicitar esta gente sã que partia para o outro lado da Europa, traziam tanto amor no olhar, nos gestos, nas palavras que disseram, nas que ficaram por dizer... comoveram-me.
Os dois amigos Nuno Félix e Pedro Policarpo desconheciam quantos carros integrariam a caravana das pessoas que demonstraram intenção de os acompanhar.
Seis carros, os que partiram de Belém. Acredito que dentro de cada carro haja uma história para contar. Eu vou focar-me na do carro que veio de Aveiro.
Condutores, co-pilotos e todo o espaço das seis monovolumes preenchidos pelos inúmeros sacos e caixas, dádivas de tanta voz anónima que se juntou nesta onda maravilhosamente comovente.
Abdul Wahid foi uma das pessoas que apareceu. As mãos cheias de sacos que generosamente distribuiu, um por cada condutor. Sacos repletos de comida bem acondicionada do seu restaurante Zaafran no Largo D. Estefânia em Lisboa.
O Pedro é vegetariano e assim que o Abdul o percebeu, imediatamente teve o cuidado de trocar, de todos
os sacos que levou a mais, refazendo ali o saco do Pedro para todas as opções veggie.
A comunicação social esteve presente. Foi filmando e fotografando em diversos ângulos e olhares o momento sereno e emocionante que antecedeu a partida da caravana.
Na despedida o imenso orgulho de familiares, amigos e pessoas que quiseram simplesmente felicitar esta gente sã que partia para o outro lado da Europa, traziam tanto amor no olhar, nos gestos, nas palavras que disseram, nas que ficaram por dizer... comoveram-me.
A Revista Visão acompanhará a caravana do princípio ao fim, com a jornalista Rosa Ruela e o repórter de imagem Tiago Miranda, fazendo uma fascinante reportagem em directo do carro do Nuno Félix ler aqui as primeiras impressões que foram logo publicadas.
Também a SIC apareceu com um carro reportagem, incorporando a caravana todo o percurso de ida e volta, com a jornalista Teresa Conceição e o repórter de imagem João Fontes que, contaram-me, guardarão os conteúdos e a reportagem surgirá depois.
No fim.
Devo confessar - antes de terminar este texto de hoje - que fui eu que ajeitei o Winnie de Pooh na janela do carro do Pedro com o simples intuito de ficar giro para bater esta foto porque a quero mostrar à Madalena, (a filha mais nova do nosso amigo Mário), que ofereceu dos seus brinquedos, para os meninos que não têm nada. Era uma coisa simples, mas num ápice todos os repórteres de imagem viram a mesma 'coisinha fofa' e o ursinho de peluche da Madalena foi amplamente filmado e fotografado, apresentado em todos os telejornais, até roçou o exagero quando a chamaram de 'imagem da noite'.
No fim.
Devo confessar - antes de terminar este texto de hoje - que fui eu que ajeitei o Winnie de Pooh na janela do carro do Pedro com o simples intuito de ficar giro para bater esta foto porque a quero mostrar à Madalena, (a filha mais nova do nosso amigo Mário), que ofereceu dos seus brinquedos, para os meninos que não têm nada. Era uma coisa simples, mas num ápice todos os repórteres de imagem viram a mesma 'coisinha fofa' e o ursinho de peluche da Madalena foi amplamente filmado e fotografado, apresentado em todos os telejornais, até roçou o exagero quando a chamaram de 'imagem da noite'.
Para mim, a imagem que retenho como 'a da noite', foi o Pedro a recusar com tanta serenidade, a jornalista após jornalista, contar a sua história, explicar porque veio de Aveiro, porque isto ou aquilo, apenas porque o fez pelas pessoas...
E o momento da noite deu-se.
A uma jornalista mais respondia no seu tom de voz pausadamente sereno e pleno de amor, explicava que o enfoque seria para quem teve a ideia, o Nuno Félix e o Pedro Policarpo, ele era só um carro mais, que o fazia apenas pelas pessoas, e para poder salvar apenas mais uma família, e quando olho para a senhora jornalista a fazer um esforço imenso para não chorar
com as palavras que ele proferia para explicar a sua recusa em dar a cara, os gestos calmos, o olhar imenso... abeirei-me dela e disse baixinho enquanto o Pedro falava: "ele provoca mesmo esse efeito nas pessoas." O Pedro parou imediatamente de falar e foi quando ela começou, já com as lágrimas não contidas pela cara: "É isso mesmo! Há pessoas que são tão extraordinárias que as percebemos sem precisarem dizer nada......"
Foi tão lindo esse momento e a conversa aconteceu. Sem gravador. O Pedro falou. E a senhora, a vir a escrever alguma coisa, sei que o fará de uma forma iluminada.
Se quiser e puder, ajude nos custos da viagem do carro do Pedro Lapa pelo
NIB 0035 0836 0069 2517 3302 6
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Bem hajam!!!
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