quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Pedófilo, como identificá-lo?

Sabe quem pode molestar o seu filho? 
Hoje as coisas são postas de tal forma que é aterrador pensar que devemos suspeitar até da própria sombra, se não da sombra de todos os que rodeiam os nossos filhos, até das pessoas que naturalmente confiamos. 
Este artigo que transcrevo (e que pode ser lido originalmente clique aqui) parece-me à partida fazer uso de um tom alarmista, mas pensando um pouco, basta acontecer uma só vez e está feito, não se clica undo, e não há como contornar o não termos estado à altura de defender o «nosso bebé».
A "culpa" é uma noção muito nossa, e muito devido à ancestral base da educação judaico-cristã que nos está entranhada até aos ossos. Estranhamos imenso como os povos do norte são meio desligados dos filhos, já nós, somos mais do clube do antes prevenir que remediar, não é?
Alguma vez parou para pensar quantas pessoas adultas lidam com os nossos filhos ao longo do seu dia? Entregamos de manhã ao senhor da carrinha que nos devolve no final do dia. Estiveram nas mãos de quem confiamos, é certo, mas... já apareceu de surpresa na escola, no ATL, na natação ou equitação, nos balneários ou corredores, recreios ou recantos? Percebeu a razão da birra, aquele burro amarrado que não se aguenta, aquela tensão aparentemente sem sentido?
Não diga que não tem tempo.
O filho adolescente de uma tal dona Micas e do Manel das Couves (chamemos-lhe assim), suicidou-se sem deixar um único papel e só souberam depois das marcas de auto-mutilação. Porque o faria?, mas porque o fez?
A sério que nunca leu sobre este tema? Nem em nenhum post facebookiano??

Abuso infantil é mesmo assustador.
Para um livro anterior que escrevi, fiz uma pesquisa bem intensa sobre o tema pedofilia. Consegui chegar à fala com algumas pessoas que haviam sido molestadas repetidamente na infância e ou adolescência. Pessoas que depositaram a sua história de vida nas minhas mãos e eu batalhei muito até conseguir entender completamente o sentir. Depois chorei muito. Decidi não escrever a personagem que tinha pensado e, honestamente, foi a melhor opção. Porque é tão hediondo que não quis suportar a dor do sentir para o descrever.
Ainda este final de semana, num bem disposto almoço com amigos, este tema veio para cima da mesa pela inusitada mão do meu filho Pedro. Contou um episódio da vida dele (de que os meus amigos até sabiam algo, mas não com as palavras inocentes com que ele contou). A ser sincera, nem eu nestes anos todos sabia de alguns detalhes que neste domingo partilhou com todos nós à mesa. Já na época "denunciou" o acto ide igual forma, à mesa, onde sabia reunir várias vozes que o ouviriam. E ouvimos. E como sempre fiz, defendi-o assim que consegui descodificar nas palavras inocentes o dedo que se erguia a apontar o que não queria que lhe fosse feito. Achei uma doçura relatá-lo agora, 13 anos após, quando apenas contávamos uma sucessão de acidentes e disparates feitos ao volante, coisas de almoços de amigos, situações e histórias que todos temos, levezinhas e divertidas, como ficar sem gasolina na estrada ou pneus furados em locais impróprios. Depois da aflição destes momentos, há uma outra leveza de ver e contar estes episódios com uma dose de graça. Para o Pedro foi isso mesmo: um "disparate" que ele cometeu num banco traseiro de um carro e, por isso, partilhou-o connosco com a mesma ligeireza, enquanto todos nos silenciámos (a um gesto meu), quando entendi o que iria sair da sua mente naquele momento. Percebi que o tema foi devidamente conversado, explorado e que estava bem arrumado na sua cabecinha, mas ainda assim, catalogado como algo disparatado de se fazer num carro. Como de resto nos disse à mesa: preferiria ter brincado com os carrinhos...
Sei que de seguida tivemos, os adultos, uma conversa dura sobre a minha tal pesquisa de muitos anos, e a esses amigos relatei com detalhe porque não havia escrito sobre o tema. Enquanto falava, fiquei a brincar com os hashis de marfim nos legumes que arrefeceram na taça sem que os conseguisse ingerir. Aquela velha e visceral náusea apossou-se de mim enquanto lhes relatava o que não sei se algum dia conseguirei escrever por palavras. Mas estão aqui gravadas na minha mente. Fiquei fisicamente doente, com dor de cabeça e uma agonia que me atingiu forte na alma. Não conseguimos mudar de tema e esmiuçámos cada contorno, sem contudo aferir a perversidade destes actos cometidos e que num ápice... lá está, basta acontecer uma só vez e está feito, o eixo da pessoa abusada, a noção de bem ou mal, certo ou errado, é destruído para a vida, e isto é tão mais maléfico que o acto sexual em  si...
Por isso, este artigo de outrem, que partilho, retirado do mural do meu querido amigo Tito de Morais tão atento a estes temas no seu Projecto Miúdos Seguros na Net.
Custa-me este tema, mas não sou de pôr a cabeça debaixo dos arbustos nem deixo que me deitem areia nos olhos. Estejamos atentos, pais e mães. Basta uma vez - que nunca é uma vez, mas muitas vezes.
Como mãe fui, sou, serei sempre feroz na defesa da minha cria. E ainda assim, ai queira Deus que não....
Faça o mesmo.
Leia este artigo e deixe o bom-senso imperar.

Criado por Jack.aw, Rafael Bemerguy
Todos os pais querem proteger seus filhos contra predadores, mas como manter seus filhos seguros quando você não sabe identificar o perigo? Qualquer pessoa pode ser um pedófilo, portanto pode ser difícil identificar um, principalmente porque a maioria dos pedófilos inicialmente conquistam a confiança das crianças que sofrem o abuso. Continue lendo para saber a quais comportamentos e características você deve prestar atenção, quais situações deve evitar e como evitar que seus filhos sejam alvos.

Parte 1 de 2: Conhecendo o Perfil de um Pedófilo

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    Entenda que qualquer adulto pode ser um pedófilo. Não há nenhuma característica física, profissão ou tipo de personalidade que todos os pedófilos têm. Eles pode ser de qualquer gênero ou raça e a religião, profissão ou hobbies dessas pessoas podem ser os mais diversos possíveis. Um pedófilo pode ser charmoso, carinhoso e parecer uma pessoa boa enquanto tem pensamentos predatórios. Isso significa que você nunca deve descartar a ideia de que alguém pode ser um pedófilo.[1]
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    Saiba que a maioria dos pedófilos são conhecidos pelas crianças que abusam. Trinta por cento das crianças que sofreram abuso sexual, foram abusadas por um membro da família e 60 por cento por um adulto que conheciam e que não era um membro da família. Isso significa que somente 10 por cento das crianças abusadas foram abordadas por um completo estranho.[2]
    • Na maioria dos casos, o pedófilo é alguém conhecido da criança por meio da escola ou de outra atividade, como um vizinho, professor, membro da igreja, instrutor de música ou uma babá.[3]
    • Os membros da família como os pais, avós, tios, primos, padrastos, entre outros também podem ser predadores sexuais.
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    Conheça as características comuns de um pedófilo. Embora qualquer pessoa possa ser um, a maioria dos pedófilos são homens, sejam suas vítimas meninos ou meninas.[4] Muitos pedófilos têm algum histórico de abuso no passado, seja físico ou sexual.
    • Alguns também têm problemas mentais, como um distúrbio de humor ou personalidade.[5]
    • Os homens heterossexuais ou homossexuais podem ser pedófilos. A ideia de que os homossexuais têm mais tendência à pedofilia é um mito.[6]
    • As mulheres pedófilas têm uma tendência maior de abusarem meninos do que meninas.
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    Fique ciente dos comportamentos comuns demonstrados pelos pedófilos.Normalmente, eles não demonstram tanto interesse por adultos quanto pelas crianças. Eles costumam ter muitos empregos que permitem o contato com crianças de determinada faixa etária ou planejam outras formas para que possam passar algum tempo com crianças, praticando atividades de professores ou babás.[7]
    • Os pedófilos tendem a falar sobre crianças como se estivessem falando sobre adultos. Eles podem fazer referência a uma criança como fariam a um amigo adulto ou companheiro.[8]
    • Os pedófilos normalmente dizem que amam todas as crianças e sentem-se como se ainda fossem crianças.
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    O pedófilo normalmente passa por um processo por meio do qual ele conquista a confiança da criança, algumas vezes até a confiança dos pais.Preste atenção a isso. Durante o período de meses ou até anos, um pedófilo pode tornar-se um amigo confiável da família e pode oferecer-se para cuidar da criança, levá-la ao shopping, para passear ou passar algum tempo com a criança de outras formas. Muitos pedófilos não começam a abusar da criança até que conquistem sua confiança.
    • Os pedófilos procuram por crianças que são vulneráveis a suas táticas, pois têm pouco apoio emocional ou não estão tendo atenção suficiente em casa. O pedófilo tentará ter uma figura paterna para a criança.
    • Alguns pedófilos procuram por crianças de pais solteiros, que não estão tão disponíveis para dar muita atenção.
    • Um molestador de crianças normalmente usará vários jogos, truques, atividades e linguagens para ganhar a confiança e/ou enganar a criança. Entre essas táticas estão: guardar segredos (os segredos são muito valiosos para a maioria das crianças, que sentem-se “adultas” e poderosas), jogos sexuais explícitos, carícias, beijos, toques, comportamentos sexualmente sugestivos, exposição da criança a materiais pornográficos, coerção, suborno, bajulação, e – o pior de todos – afeição e amor. Saiba que essas táticas são usadas basicamente para isolar e confundir a criança.

Parte 2 de 2: Protegendo seu Filho dos Predadores

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    Descubra se há pedófilos em seu bairro. Você pode verificar isso com a polícia.
    • É bom estar ciente de predadores potenciais, mas saiba que é ilegal fazer qualquer coisa contra um pedófilo que já cumpriu sua pena.
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    Verifique as atividades extracurriculares de seu filho. A melhor maneira de proteger seu filho contra pedófilos é estando o mais envolvido possível na vida de seu filho. Eles procurarão por uma criança vulnerável e que não recebe muita atenção dos pais. Apareça nos jogos, ensaios, excursões e passe algum tempo com os adultos que participam da vida de seu filho. Deixe claro que é um pai envolvido e presente.
    • Se não puder participar de uma viagem ou passeio, certifique-se de que pelo menos dois adultos que conhece bem serão os responsáveis.
    • Não deixe seu filho sozinho com adultos que não conhece bem. Até os parentes podem ser uma ameaça. O segredo é ficar o mais presente possível.
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    Caso tenha uma babá, coloque uma câmera em sua casa. Em alguns momentos você não poderá estar presente, portanto use recursos para ter certeza de que seu filho estará seguro. Coloque uma câmera escondida para detectar qualquer atividade inadequada. Mesmo que conheça alguém muito bem, é melhor tomar determinadas precauções para a segurança de seu filho.
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    Ensine seu filho sobre segurança na internet. Certifique-se de que ele saiba que as pessoas perigosas podem fingir que são crianças ou adolescentes para atrair as crianças na internet. Monitore seu filho enquanto ele estiver usando a internet e crie regras para estabelecer limites. Converse sempre com seu filho sobre as pessoas com as quais ele está conversando.
    • Certifique-se de que seu filho saiba que nunca deve enviar fotos para uma pessoa que conheceu na internet, nem marcar encontros com essas pessoas.
    • Saiba que as crianças normalmente escondem coisas que fazem na internet, portanto você precisará ter muita atenção para manter-se informado.
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    Certifique-se de que seu filho sinta-se emocionalmente protegido.[9] Como as crianças que não recebem muita atenção costumam ser mais vulneráveis, lembre-se de passar bastante tempo com seu filho para que ele sinta-se protegido. Tenha tempo para conversar com seu filho todos os dias e construa um relacionamento aberto e de confiança.
    • Demonstre interesse por todas as atividades de seu filho, como os trabalhos da escola, as atividades extracurriculares, os hobbies e outras coisas.
    • Faça com que seu filho saiba que pode contar qualquer coisa para você e que você sempre estará disposto a conversar.
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    Ensine seu filho a identificar toques inadequados. Muitos pais usam o método do “toque bom, toque ruim, toque secreto”. Você deve ensinar seu filho que existem alguns toques adequados, como batidinhas nas costas ou nas mãos. Existem também os toques “ruins”, como tapas ou chutes. Além disso, existem os toques “secretos” que são aqueles sobre os quais as pessoas dizem que elas não devem contar a ninguém. Use esse método ou algum outro para ensinar seu filho que alguns toques não são bons e que, quando algum acontecer, ele deve contar a você imediatamente.[10]
    • Ensine seu filho que ninguém deve tocá-lo em suas regiões íntimas. Muitos pais definem essas áreas como aquelas que devem ser cobertas pelas roupas de praia.
    • Diga para seu filho falar “não” e sair quando alguém tentar tocá-lo nessas áreas.
    • Diga a seu filho para procurá-lo imediatamente se alguém tocá-lo de maneira inadequada.
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    Identifique quando alguém estiver agindo de maneira diferente com seu filho.Se perceber que seu filho está tendo um comportamento diferente, aborde o assunto para descobrir o que há de errado. Se perguntar regularmente a seu filho como foi o dia dele, inclusive sobre os toques bons, ruins ou secretos, ajudará a manter uma comunicação aberta. Sempre preste atenção quando seu filho disser que foi tocado de maneira inadequada ou se ele disser que não confia em um adulto. Confie primeiro em seu filho.
    • Nunca descarte o que seu filho disser, mesmo que o adulto em questão seja um membro confiável da sociedade ou parecer incapaz de fazer algo assim. Isso é exatamente o que o molestador quer.
    • Lembre-se que a coisa mais importante que pode fazer para proteger seu filho é prestar atenção a ele. Avalie suas necessidades e desejos, converse com ele e, o mais importante, seja o melhor pai que puder. Para finalizar, lembre-se: se você não prestar atenção a seu filho, outra pessoa prestará.
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Avisos

  • Lembre-se, se uma criança parecer isolada ou chateada, ela pode tornar-se um alvo muito fácil para um molestador. Pergunte sobre a vida escolar de seu filho e descubra quem são seus amigos. Se ele não tiver amigos, ajude-o a mudar isso.
  • Isso não significa que ninguém deve ter compaixão pelo molestador. Simplesmente significa que sempre devemos estar atentos fracassos da sociedade e devemos lutar para corrigir esses problemas sempre, prestando muita atenção a nossos filhos e mantendo uma comunicação aberta.
  • Esclarecimento de termos: Um pedófilo é uma pessoa fundamentalmente atraída a crianças pré-púberes (um erro comum da mídia é definir um pedófilo como qualquer pessoa atraída a alguém menor de idade, estendendo a definição às pessoas que se sentem atraídas por adolescentes, o que é incorreto). Um hebéfilo é alguém fundamentalmente atraído por pré-adolescentes e um efebófilo é uma pessoa atraída por adolescentes ou pessoas no final da adolescência. Um molestador de crianças é, claro, uma pessoa que molesta crianças, independentemente de suas preferências sexuais.
  • Devido ao grande problema de falta de informação, assim como a cobertura de casos pela mídia, as pessoas que sentem esse tipo de atração ficam assustadas e temem pedir ajuda para resolver seu problema. Além disso, os terapeutas nem sempre são tão objetivos quanto deveriam e alguns pedófilos ficam desesperados por não conseguirem a ajuda que precisam. O desespero pode fazer com que comecem a agir.
  • As pessoas devem estar cientes de que, independentemente do que a mídia diz, há diferença entre os termos “pedófilo” e “molestador de crianças”. Nem todos os pedófilos são molestadores ativos de crianças. Da mesma forma, nem todos os molestadores de crianças são pedófilos. Sempre há motivos ocultos para os comportamentos criminosos e algumas pessoas são criminosos situacionais. Ao contrário da crença popular, muitos pedófilos têm o mesmo horror por sua atração do que as pessoas que são molestadas.

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