Não te conhecia. Escreveste-me um dia uma mensagem com a pior notícia que me poderias dar. O teu irmão Simão, esse sim, meu amigo querido havia partido. Assim, do nada, caiu e foi.
Hoje escrevo-te eu. Queria contar-te uma coisa: A carica da Bock está no meu porta-moedas, Alex. O Simão continua a acompanhar-me a cada dia da minha vida. É uma amigo que não vou esquecer nunca.
Hoje escrevo-te eu. Queria contar-te uma coisa: A carica da Bock está no meu porta-moedas, Alex. O Simão continua a acompanhar-me a cada dia da minha vida. É uma amigo que não vou esquecer nunca.
Ficámos amigos Alex. Primeiro pelo Simão e depois por nós mesmos. Descobri que em Amarante o meu Pedrinho e eu temos uma família, e isso........
A seguir à partida do teu irmão, contactas-te não só a mim, mas aos amigos em geral, tocaste certamente cada um em particular, eu sei, estou a usar a frase do Simão, mas na verdade tu, Alex, fizeste a diferença. O Simão não caiu simplesmente na calçada e morreu. Tu levantaste-o e trouxeste-o de novo até ao seio dos seus amigos, hoje teus amigos, asseguro-te. Criaste uma campanha enorme de amor, de alegria, de bondade, da forma como o Simão nos acostumou com aquele sorriso lindo no olhar, com a palavra carinhosa e malandra como só ele sabia ter.
A Bondade, uma das características do teu irmão Simão, fez-nos amigos. Ele trabalhava em França com jovens e adultos com diferença e conduzia-os a ter uma vida profissional e social. Era para mim um sonho poder existir em Portugal essa oportunidade, aliciei-o muitas vezes em voltar à sua terra e fazê-lo cá... falei nisso até ao 44, lembras-te?
A tua ideia para a campanha Mais Uma Bock com o Simão foi sempre muito simples: reunir os amigos e de bjeca na mão, bebermos uma pelo Simão. Simples. O que tornou a campanha grande foi ter tantooooooos amigos! Todos foram mandando foto do seu momento em particular e a coisa deu-se!! De todos os cantos do mundo... a net tem destas coisas bonitas, e uniu amigos dos amigos que por definição amigos ficaram. Não é verdade, Ema?
Alex, sabes que o Simão foi um amigo muito importante para o meu Pedrinho. Sabes... porque te contei, contei ao mundo! Escrevi sobre o #SimãoC um post emocionado (podem reler aqui), não queria acreditar que Deus nos pregasse essa partida e nos roubasse o Simão...
O meu Pedro ficou muito emocionado com a morte do amigo. Sim ele entende o que é vida e morte, sabe o significado da palavra saudade e sabe o que é ser amigo. Quis fazer parte da tua campanha e isso foi tão bonito!! Tirou uma foto da minha bock com um carrinho seu. Os autistas têm uma forma engraçada de ver a vida, digo engraçada, porque além de usarem de uma maior lógica, juntam-lhe uma boa dose de poesia que nós, os ditos normais passamos por cima como tractores e nem nos damos conta que os "diferentes" somos nós. O Pedro adora carros, é a sua "fascinação" (todos os autistas têm uma) e a base da sua forma de comunicar. Então que melhor forma de representar o próprio Simão se não a de usar o seu carrinho 2CV ? Para nós é apenas um brinquedo? Não. Representa o "Paris de França", representa o azulinho da amizade de ambos, representa o seu amigo Simão no Céu. Comoveu-me tanto... mais tarde pegou na minha carica e fez este desenho. Juntou um outro nosso grande, grande amigo, o Henrique que partiu e candidamente escreveu: "Até sempre aos dois".
Alex, eu guardei a minha carica, sabes? Não foi a da Bock que bebi, não foi. Saí do café muito emocionada nesse dia e, caminhando tropecei em algo. Limpei as lágrimas e não podia acreditar. Eu tropecei numa carica de super bock. Chorei tanto. O malandro do Simão estava ali comigo... Apanhei a carica e fechei-a na mão. Não consegui largá-la e simplesmente guardei-a no meu porta-moedas. Acompanha-me desde então, sabias? Incomoda-me. Porque me pica, quando distraída tiro alguma moeda. Ela pica-me, arranha-me, mas sou incapaz de a deitar fora. Antes, a cada momento que a malandra se faz sentir, eu respondo mentalmente: Bom dia a todos e a ti, Simão, em particular! ou então sorrio e penso: e olha para frente senão cais...
Alex, eu guardei a minha carica, sabes? Não foi a da Bock que bebi, não foi. Saí do café muito emocionada nesse dia e, caminhando tropecei em algo. Limpei as lágrimas e não podia acreditar. Eu tropecei numa carica de super bock. Chorei tanto. O malandro do Simão estava ali comigo... Apanhei a carica e fechei-a na mão. Não consegui largá-la e simplesmente guardei-a no meu porta-moedas. Acompanha-me desde então, sabias? Incomoda-me. Porque me pica, quando distraída tiro alguma moeda. Ela pica-me, arranha-me, mas sou incapaz de a deitar fora. Antes, a cada momento que a malandra se faz sentir, eu respondo mentalmente: Bom dia a todos e a ti, Simão, em particular! ou então sorrio e penso: e olha para frente senão cais...
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