Quatro mulheres, quatro gerações, quatro histórias envolvidas em castelo.
E depois o Gil. Ahhh... e o Ernesto!?
Este livro terá mais personagens que não mostro agora.
É apenas um appetizer, gosto da provocação, revelar mais seria estragar tudo.
"Houve tantas complicações querida bisneta – pensou – ganhos e perdas, preconceito, inveja e lágrimas. Dor. Muita. Inultrapassável. Cair de joelhos no chão e não conseguir ver para além do horizonte. Mas se houve trovoadas, houve o apaziguamento após cada borrasca. Orgulho quebrado, nariz no ar. Afundar e voltar à superfície. Cada conquista com travo amargo-doce transformado num sereno renascer adoçado com canela e açúcar amarelo e sempre a entrega e o muito amor em tudo o que fiz na vida.
Sorriu. Tudo se resumia a que estava bem. Sim, era feliz."
"Teresinha e Ernesto tiveram só essa filha a que chamaram Liberdade, num período que foi um desafio feroz ao regime. Já a menina, quando teve idade para entender o peso do seu nome, escolheu ser apenas Lili."
"Sara era uma mulher diferente da força da natureza que era a mãe, ou até a avó. Teresinha por vezes pensava que teria sido devido ao divórcio atribulado, por Sara ter tido um pai completamente ausente na sua vida, mas essa falta também acontecera à Lili nos nove anos que Ernesto esteve preso pela P.I.D.E."
"Teresinha tinha verdadeira paixão pela sua bisneta que tinha uma personalidade forte; não saíra tanto à Sara, herdara toda a fibra de Gil! Era uma miúda pispineta, respondona e impaciente, mas dedicada, meiga e atenciosa."
"Gil escolhera ser médico de família, voltar à terra onde era o rapaz, a cidade que todos o conheciam, sentar-se no consultório sem olhar para o computador, encostar o rosto na palma da mão e perder-se no olhar do paciente, escutá-lo e fazê-lo sentir-se especial no tempo que a consulta demorasse."
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