terça-feira, 5 de abril de 2011

Mesinha de Cabeceira #8

de 5 abril 2011




Hoje trago: «Uma outra maneira de ser» de Elisabeth Moon



Esta autora de ficção científica escreve sobre autismo com muita propriedade. Sabe o que faz numa arrojada visão de um (im)provável futuro onde a ética e o avanço surpreendente da medicina se cruzam e enleiam. Tendo como ponto de partida um futuro mais ou menos próximo (em que já existe cura para o autismo), escreve sobre um tratamento experimental que faz as pessoas com esta condição ficarem “normais”. Ora, a partir daqui abre-se a discussão na cabeça de cada leitor. Desperta-os para questões sociais, morais e principalmente éticas: Então um indivíduo com autismo é menor? Ao submeter-se ao tratamento, será uma pessoa melhor? Será a mesma pessoa? A quem serve esta homogeneidade? Num naipe de personagens bem pensadas, Elisabeth Moon escreve um livro sublime, tocante e forte, que consegue ajudar a perceber algo tão intrincado como é o autismo. Mesmo para quem não conheça, este é um livro enternecedor.
O trecho que vou ler hoje é um eloquente pensamento da personagem Lou Arrendale, adulto, independente e autista:



1 comentário:

Isabel Barbosa disse...

Ana, tenho o livro e adorei lÊ-lo. Desculpem-me mas, neste preciso momento, não submetia a minha filha a nenhum tratamento, pois ela, é ela; é como é; é perfeitissima à sua maneira e aos meus olhos.

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